Parque de Capim Macio comemora 4 anos com Brechó Cultural no domingo (18/nov)

Separe seus cacarecos, roupas, livros, discos, DVDs, comidinhas, mudas, artesanato, sapatos e acessórios que o Brechó Cultural do Parque de Capim Macio está chegando. A edição especial de aniversário, a última deste ano, acontece neste próximo domingo (18 de novembro), das 10h às 17h, na área verde que fica logo atrás do Extra da Av. Eng. Roberto Freire. O evento é aberto a qualquer pessoas interessada em expor, trocar, vender e doar produtos novos ou usados. 

A programação musical traz para a sombra das árvores apresentações do grupo Minotauro de viola, do cantor e compositor Júlio Lima, e da dupla Fabio Rocha e Clara Pinheiro. Haverá ainda vivência de capoeira com grupo Egbé. Nesta última edição do ano, o Brechó conta com parceria do grupo de teatro Facetas, Mutretas e Outras Histórias (equipamento de som) e do produtor William Collier (banheiros químicos).

Será cobrada uma taxa simbólica de R$ 5 de cada expositor, com o intuito de viabilizar a manutenção da área. No sábado (17), moradores e voluntários realizam mutirão de limpeza a partir das 9h - participe! 

SOBRE O BRECHÓ
O Brechó do Parque de Capim Macio é coletivo e está aberto a qualquer pessoa interessada. A regra é conjugar os verbos vender, trocar, doar, reciclar, renovar e, principalmente, confraternizar, interagir, conhecer. Detalhe: como ainda não há infraestrutura, só dispomos de UM único ponto de energia; e cada expositor deve montar sua própria estrutura: canga, tapete, mesa, cadeira, arara, cordas. Caso necessite de energia elétrica, trazer extensões.

AMIGOS DO PARQUE
Os Amigos do Parque de Capim Macio é um grupo formado por pessoas que tem um objetivo em comum: CUIDAR da última área verde do bairro. Queremos transformar o espaço, que esteve abandonado nos últimos quatro anos pelo poder público, em um local agradável, social e tranquilo. Nossa meta é cuidar e deixar o Parque com uma "cara" bacana, para que ele seja convidativo e que faça parte da vida das pessoas. Para ser um Amigo do Parque é simples, basta chegar junto com o mesmo espírito transformador e boas ideias. Sejam bem vindos!

HISTÓRICO
Há 4 anos, no dia 14 de novembro de 2008, um grupo de moradores de Capim Macio se uniram para proteger o último resquício de Mata Atlântica do bairro. Literalmente enfrentando motosserras, a comunidade conseguiu impedir que 3,6 hectares de área verde fosse transformada em uma imensa lagoa de captação. Formado por mangabeiras, cajueiros, sapoti, ipê, pitangueiras, mangueiras, pau ferro, pau mulato, coqueiros, jamelão... o pomar encravado na zona Sul acabou se tornando um ícone de resistência para um grupo cada vez mais numeroso de pessoas que acreditam na possibilidade de transformar o lugar em um grande Parque ecológico urbano.

Contando com apoio do Ministério Público Estadual e Federal, Advocacia Geral da União, entidades ambientais, associações e ongs, o Parque de Capim Macio foi incorporado definitivamente ao projeto de drenagem de águas pluviais do bairro. Diante da inércia da Prefeitura de Natal, que não realizou as benfeitorias previstas na área apesar de existir projeto elaborado, verba específica e decisão judicial determinando a construção do Parque, cuja proposta foi elaborada pelos técnicos da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura com auxílio da população, os moradores resolveram assumir a responsabilidade de manter o espaço em constante movimento. 

Ocupar o lugar com cultura e educação, atividades lúdicas, ações ambientais e mutirões comunitários voluntários de limpeza foi a melhor maneira de preservar e garantir a preservação do Parque de Capim Macio do abandono e do descaso.

INFORMAÇÕES
(84) 8838-5881 | 9938-6462 | 8827-2006

SERVIÇO
Brechó Cultural do Parque de Capim Macio - Edição Especial de Aniversário
Domingo, 18 de novembro de 2012, das 10h às 17h. Entrada gratuita. 
Rua Missionário Joel Carlson (área verde por trás do hipermercado, rua entre o Extra da Roberto Freire e o Posto Shell)

Obras do calçadão de ponta Negra ficam para o próximo prefeito

Tribuna do Norte - 13 de Outubro de 2012

As obras de reconstrução da orla de Ponta Negra serão terminadas pela próxima gestão de Natal. Ontem, a Prefeitura publicou no diário oficial do Município um decreto que prorroga a calamidade no calçadão por mais 90 dias. Contudo, segundo o coordenador da Defesa Civil, Carlos Paiva, não será possível finalizar as obras no prazo de três meses. "Poderemos adiantar, encaminhar, mas finalizar não", admitiu. Atualmente, o Município discute qual o projeto mais pertinente para a área, que sofreu com a maré alta este ano e tem vários pontos do calçadão destruídos.
Magnus NascimentoSem obras preventivas, calçadão de Ponta Negra foi destruído pelas ondas do mar em 12 pontosSem obras preventivas, calçadão de Ponta Negra foi destruído pelas ondas do mar em 12 pontos

Carlos Paiva informa que na próxima segunda-feira haverá uma reunião envolvendo a defesa civil, os peritos e o Ministério Público. A intenção é esclarecer que projetos e alternativas já existem para se resolver o problema. "Optamos por fazer o depósito judicial para a contratação da perícia. Nesta reunião vamos verificar o que já existe em termos de solução", aponta o coordenador da Defesa Civil, citando a possibilidade de instalar espigões, a exemplo do que foi feito na praia do Meio, e de aumentar o tamanho da faixa de areia, como foi feito no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro.

A situação de calamidade está decretada a respeito da orla de Ponta Negra há exatos três meses. No dia 13 de julho deste ano, um decreto da prefeita estabeleceu a calamidade na área. Posteriormente, o Governo Federal liberou R$ 4 milhões para restaurar a orla. Desde aquele dia, o calçadão de Ponta Negra está interditado em vários pontos. Os visitantes contudo continuam a usar o espaço da praia sem maiores problemas, mesmo com o cenário de destruição que tomou conta do lugar em vários pontos do passeio público.

O calçadão de Ponta Negra não resistiu à força das marés e ruiu em cerca de doze pontos,ao longo dos 2,5 quilômetros do passeio. No último dia 7 de julho, o juiz da 4ª Vara Civil de Natal Otto Bismarck determinou a interdição do calçadão,em caráter liminar. A  decisão atendeu ação civil impetrada pela Promotoria de Meio Ambiente, que busca a reordenação da Orla de Ponta Negra. Além de medidas de isolamento e sinalização dos trechos, a decisão determinou a elaboração de laudo para apontar soluções emergenciais e definitivas na luta contra a erosão costeira. De acordo com levantamento da Semsur, a extensão dos danos causados no local chegam "a cerca de 300 metros"- aparentemente,os estragos no calçadão correspondem a pelo menos o triplo do divulgado no documento da Secretaria. Embora a interdição tenha sido determinada entre os quiosques 12 e 18, os problemas começam já a partir da descida para a Avenida Erivan França, a partir dos quiosques 5.

O dinheiro liberado pelo Governo Federal não foi utilizado até agora, segundo Carlos Paiva, por conta da falta de um estudo mais aprofundado acerca da questão. "É preciso um estudo mais aprofundado, que leve em conta várias situações, a dinâmica daquela área. Executar uma obra naquele local sem ter esse estudo é jogar dinheiro fora", disse o coordenador. "O mar vem avançando em todas as cidades costeiras. Não é um problema unicamente de Natal", encerra.