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PARECE PIADA: Análise do Itep não consegue diferenciar Crack de Oxi

Oxi. Quem usa tem em média um ano de vida. A droga composta de querosene, cal virgem e pasta de cocaína vicia e mata em velocidade maior que o crack. Mas no Rio Grande do Norte, a exemplo outros estados, não há laboratórios equipados e com metodologia voltada à realização de “ensaios de pureza” capazes de identificar todos os componentes da droga. As análises se restringem à presença de cocaína na amostra.


Para saber se  o entorpecente está, de fato, nas bocas de fumo em Natal é necessária a realização dos ensaios de pureza, através do qual pode-se distinguir o crack do “oxi”. E, hoje, o Itep-RN só consegue confirmar se há ou não presença de cocaína no material apreendido. O que, segundo a Denarc, não é suficiente porque o próprio crack tem como base a cocaína.

A diferenciação, segundo as autoridades, tem sua importância muito mais do ponto de vista social e de saúde pública. Para as polícias é importante saber se há ou não outra droga em circulação e a partir daí mapear sua origem. Mas quem é flagrado traficando ou consumindo o produto sofre as mesmas sansões previstas no Código Penal Brasileiro, independente se é “oxi” ou “crack”.

O titular da Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc), Odilon Teodósio, afirma que não há evidências suficientes para distinguir se a droga apreendida nessa quinta-feira em poder de um traficante na comunidade Passo da Pátria seja o “oxidado”. “O aspecto não é suficiente. Somente um exame apurado pode dizer isso”. O relato do traficante, associado à constatação dos policiais militares, são na opinião do delegado aspectos merecedores de atenção.

“Mas somente testes apurados podem oferecer certeza. Aqui mesmo [na Denarc], apreendemos crack de vários tipos de coloração”, afirma Odilon. O bioquímico chefe do laboratório de análises e pesquisas forenses do Itep-RN, Fabrício Fernandes, explica que o Instituto está adquirindo equipamentos que serão suficientes à realização desses ensaios.

“Os esquipamentos estão inclusos em um investimento de R$ 5,2 milhões. Com esses equipamentos e a metodologia adequada será possível, quando necessário, distinguir a composição química. É a partir dessa composição que se pode, tecnicamente, dizer se a amostra é de “oxi”.

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