>>> Fique atento para deixar na mão dos outros seu próprio futuro e o futuro da cidade! Saiba o que não querem que você saiba. Pelo nível de divulgação dá para notar que não nenhum interesse da Prefeitura em compartilhar o debate sobre revisão no Plano Diretor de Natal. Antes de alterar qualquer coisa, precisa colocar em prática o que ainda nem foi regulamentado como o Plano Setorial de Ponta Negra e a Área Especial de Interesse Social na Vila de Ponta Negra. #
A regulamentação das zonas de proteção ambiental de Mãe Luíza, Morro do Careca, Estuário do Potengi e Rio Doce, pendente há 17 anos, será alvo de audiência pública nos dias 1 e 3 de junho. As propostas já estão no site da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), acompanhadas de diagnósticos e relatórios da situação de cada uma das ZPAs. A consulta pública é uma exigência do Estatuto das Cidades.
Júnior Santos
ZPA do Estuário do Potengi deve ser uma das mais polêmicas
Depois do debate, onde instituições e entidades ambientais e que representam comunidades do entorno das ZPAs poderão apresentar sugestões e recomendações, as minutas de regulamentação seguem para apreciação do Conselho Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Conplam) e depois da Câmara Municipal de Natal.
O principal desafio na regulamentação, segundo o secretário adjunto de Planejamento Urbanístico e Ambiental, Carlos da Hora, é conciliar o crescimento da cidade com a preservação dos recursos naturais. “O zoneamento ambiental, como está no nosso Plano Diretor é adequado, criou um cinturão que protege a cidade, permitindo qualidade de vida. Queremos construir coletivamente uma regulamentação que mantenha essa qualidade”, disse o secretário.
Juntas, as ZPAs, localizadas em vários bairros da cidade, somam mais de 6.200 hectares, que reúnem lagoas, rios, cordões dunares e manguezal. A de maior fragilidade é a ZPA-8, que soma mais de 2.200 hectares, compreende bairros das zonas oeste e norte, e agrega todo o ecossistema de mangues, ao longo do estuário dos rios Potengi/Jundiaí. Na política urbana de Natal, elas foram consolidadas no Plano Diretor de Natal, de 2007 (Lei Municipal n° 082, de 21 de junho de 2007).
As Zonas de Proteção Ambiental são as áreas nas quais as características do meio físico restringem o uso e ocupação do solo urbano, visando à proteção, manutenção e recuperação dos aspectos paisagísticos, históricos, arqueológicos e científicos.
Segundo Carlos da Hora as ZPAs Parque das Dunas (02) e Pitimbu (03), embora já regulamentadas, também serão submetidas à revisão e estarão em discussão na audiência pública. “Em virtude do crescimento da cidade, existem distorções que precisam ser corrigidas, com adequações ambientais. A dinâmica da cidade exige essas atualizações”, disse ele.
Discussão inclui outros pontos do Plano Diretor
Além da regulamentação das Zonas de Proteção Ambiental, a Semurb vai apresentar na audiência pública as minutas que tratam de outros quatro pontos: a Transferência de Potencial Construtivo, a Outorga Onerosa do Direito de Construir, a Operação Urbana Consorciada (Centro Histórico Ribeira - Cidade Alta) e os Planos setoriais, entre eles, o de Ponta Negra.
“De uma única vez, o município vai apresentar a proposta de regulamentação dessas cinco ZPAs e dos instrumentos importantes para o e ordenamento urbano, construídos a partir de uma visão que concilia crescimento e sustentabilidade”, resumiu Carlos da Hora.
A Transferência de Potencial Construtivo cria a possibilidade de novas áreas para implantação de equipamentos comunitários. Quando é aplicado a TPC, o proprietário de terreno em ZPA pode fazer a compensação com uma área adensável. Segundo Carlos da Hora, à pedidos de instituições ou entidades, a Prefeitura do Natal pode realizar outras audiências públicas para debater essas regulamentações.
No caso da ZPA 7 (Forte dos Reis Magos), ainda não regulamentada, o projeto já está no Conplam, tendo em vista que passou por duas audiências públicas convocadas pelo Ministério Público, entre outubro e novembro de 2010.
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