>>> Uma das coisas que o SOS Ponta Negra sempre defendeu ainda na época dos espigões: qualificação profissional. Se 90% da mão de obra que constrói os prédios de Natal vem de fora, imagine para erguer estádios, planejar projetos de mobilidade urbana e/ou prestar serviços no setor do Turismo.
Se os gestores não acordarem a tempo, o RN será um estado de analfabetos funcionais que precisa de mão de obra qualificada de outras partes do país para continuar a busca pelo desenvolvimento. #
Renata Moura
Editora de Economia
Dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Rio Grande do Norte fechou 2009, ano em que ainda havia resquícios da crise financeira mundial no mercado, com o segundo menor crescimento do país no número de trabalhadores assalariados e com 93,9% do pessoal ocupado sem ter ensino superior. O retrato faz parte do Cadastro Central de Empresas (Cempre), elaborado pelo órgão, e mostra a necessidade de o estado investir em políticas de estímulo à geração de emprego e à qualificação da força de trabalho, segundo o analista do IBGE, Ivanilton Passos. “Essa necessidade persiste mesmo que nos anos seguintes tenha havido recuperação econômica”, analisa.
Ao todo, em 2009, o RN gerou 6.235 novas oportunidades de ocupação com salário e carteira assinada. O número elevou para 311.571 o contingente de pessoas ocupadas assalariadas no mercado formal, mas representou um crescimento de apenas 2,0% em relação ao total alcançado em 2008. No país, o percentual só não foi mais baixo que o atingido pelo estado do Maranhão: 1,5%.
A marcha lenta potiguar teria sido puxada por setores como a indústria, que reduziu o quadro de pessoal em 6,5% na comparação com 2008. Na agropecuária, três anos seguidos de “baixas” também serviram de impulso para que o índice tenha aumentado abaixo de outras unidades da federação. Outro fator que jogou contra foi o fato de o comércio e a construção civil terem crescido, em termos de geração de empregos, mas abaixo da média do Brasil. “Precisamos de políticas de incentivos para que as empresas produzam mais, vendam mais e consequentemente absorvam mais mão de obra”, observa Passos.
A crise financeira mundial, que começou no segundo trimestre de 2008 e se estendeu até o primeiro semestre de 2009, afetou, na avaliação dele, a todas as unidades da federação. Quase todas elas, porém, conseguiram aumentar a geração de empregos, apesar do cenário desfavorável. “Alagoas, Paraíba e Piauí, que têm economias do mesmo porte do potiguar, cresceram mais que no ano anterior”, acrescenta. A paraíba teve 9,8% a mais de contratação de pessoal assalariado e isso foi mais do que cresceu em anos antes da crise”, compara.
O analista também defende o desenvolvimento de novas atividades econômicas no estado, como forma de melhorar os indicadores. A qualificação de pessoal também é apontada como essencial, na avaliação dele.
O Cempre reúne informações cadastrais e econômicas de empresas e outras organizações (administração pública, entidades sem fins lucrativos, pessoas físicas e instituições extraterritoriais) formalmente constituídas e suas respectivas unidades locais (endereços de atuação das empresas e outras organizações).
Média salarial do Estado ficou abaixo da registrada no país
O salário médio mensal pago pelas empresas no país em 2009 foi R$ 1.361,52 (três salários mínimos). Os trabalhadores do sexo masculino receberam, em média, R$ 1.513,78 (3,3 salários mínimos), enquanto o salário médios das mulheres ficou em R$ 1.083,10 (2,3 salários mínimos). No Rio Grande do Norte, o salário médio foi de 2,6 salários.
Os homens representavam 66,9% do assalariados de empresas no Rio Grande do Norte em 2009. A realidade é semelhante à nacional, considerando que, no país, “eles” representavam 64,5% do total assalariado no período, enquanto as mulheres respondiam por 35,5% do total das vagas.
Outro dado apresentado é que a média de salário do trabalhador sem nível superior correspondia a aproximadamente 30% do valor que recebia o trabalhador com nível superior. O Rio Grande do Norte acompanhava também essa realidade. “Também é importante observar que quanto maior o porte da empresa, maior a participação do pessoal assalariado de nível superior. Maior é a exigência de pessoas com qualificação”, observa Ivanilton Passos, analista do IBGE no RN.
Dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Rio Grande do Norte fechou 2009, ano em que ainda havia resquícios da crise financeira mundial no mercado, com o segundo menor crescimento do país no número de trabalhadores assalariados e com 93,9% do pessoal ocupado sem ter ensino superior. O retrato faz parte do Cadastro Central de Empresas (Cempre), elaborado pelo órgão, e mostra a necessidade de o estado investir em políticas de estímulo à geração de emprego e à qualificação da força de trabalho, segundo o analista do IBGE, Ivanilton Passos. “Essa necessidade persiste mesmo que nos anos seguintes tenha havido recuperação econômica”, analisa.
Ao todo, em 2009, o RN gerou 6.235 novas oportunidades de ocupação com salário e carteira assinada. O número elevou para 311.571 o contingente de pessoas ocupadas assalariadas no mercado formal, mas representou um crescimento de apenas 2,0% em relação ao total alcançado em 2008. No país, o percentual só não foi mais baixo que o atingido pelo estado do Maranhão: 1,5%.
A marcha lenta potiguar teria sido puxada por setores como a indústria, que reduziu o quadro de pessoal em 6,5% na comparação com 2008. Na agropecuária, três anos seguidos de “baixas” também serviram de impulso para que o índice tenha aumentado abaixo de outras unidades da federação. Outro fator que jogou contra foi o fato de o comércio e a construção civil terem crescido, em termos de geração de empregos, mas abaixo da média do Brasil. “Precisamos de políticas de incentivos para que as empresas produzam mais, vendam mais e consequentemente absorvam mais mão de obra”, observa Passos.
A crise financeira mundial, que começou no segundo trimestre de 2008 e se estendeu até o primeiro semestre de 2009, afetou, na avaliação dele, a todas as unidades da federação. Quase todas elas, porém, conseguiram aumentar a geração de empregos, apesar do cenário desfavorável. “Alagoas, Paraíba e Piauí, que têm economias do mesmo porte do potiguar, cresceram mais que no ano anterior”, acrescenta. A paraíba teve 9,8% a mais de contratação de pessoal assalariado e isso foi mais do que cresceu em anos antes da crise”, compara.
O analista também defende o desenvolvimento de novas atividades econômicas no estado, como forma de melhorar os indicadores. A qualificação de pessoal também é apontada como essencial, na avaliação dele.
O Cempre reúne informações cadastrais e econômicas de empresas e outras organizações (administração pública, entidades sem fins lucrativos, pessoas físicas e instituições extraterritoriais) formalmente constituídas e suas respectivas unidades locais (endereços de atuação das empresas e outras organizações).
Média salarial do Estado ficou abaixo da registrada no país
O salário médio mensal pago pelas empresas no país em 2009 foi R$ 1.361,52 (três salários mínimos). Os trabalhadores do sexo masculino receberam, em média, R$ 1.513,78 (3,3 salários mínimos), enquanto o salário médios das mulheres ficou em R$ 1.083,10 (2,3 salários mínimos). No Rio Grande do Norte, o salário médio foi de 2,6 salários.
Os homens representavam 66,9% do assalariados de empresas no Rio Grande do Norte em 2009. A realidade é semelhante à nacional, considerando que, no país, “eles” representavam 64,5% do total assalariado no período, enquanto as mulheres respondiam por 35,5% do total das vagas.
Outro dado apresentado é que a média de salário do trabalhador sem nível superior correspondia a aproximadamente 30% do valor que recebia o trabalhador com nível superior. O Rio Grande do Norte acompanhava também essa realidade. “Também é importante observar que quanto maior o porte da empresa, maior a participação do pessoal assalariado de nível superior. Maior é a exigência de pessoas com qualificação”, observa Ivanilton Passos, analista do IBGE no RN.
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