Abelinha.com, por Eliana Lima - 27/out/2009
Natal: futura capital de praias fecais?
Aliás, são o Emissário de Esgotos e o Emissário de Extravasamento de Águas Pluviais de Capim Macio, os dois previstos para desaguarem na ainda bela e pura praia de Ponta Negra.
Durante uma reunião ocorrida semana passada na Caern, foi apresentada a última versão do Projeto do Emissário de Esgoto de Ponta Negra, e apenas mencionado os planos do Emissário Capim Macio x Ponta Negra.
Segundo um dos participantes, um projeto "equivocado", de "estudos muito superficiais; alguns tendenciosos e todos imediatistas", alerta.
Para piorar, decidiram agilizar as obras retirando uma necessidade garantida no projeto anterior: o Tratamento Terciário (eliminação de agentes patogênicos). Ou seja: "a carga de agentes patogênicos (fezes) que será despejada no mar é estimada em - "apenas", como afirmam os projetistas e consultores - 70 mil coliformes fecais por cada 100 ml de água".
Fala-se em um estudo que se trouxe da Espanha, o que, para quem entende do assunto, é coisa de programa de computador. A coluna recebeu outras informações ainda mais graves e está checando.
Um observador de outro Estado disse que esse não deveria ser o Emissário de Ponta Negra, mas sim o "Emissário do Inferno", já que vai sair na Barreira do Inferno.
Entre os exemplos inviáveis dos locais que já receberam emissário que leva dejetos ao mar, um foi o construído em Ipanema, no Rio de Janeiro, na década de 70, que levou pessoas esclarecidas a não tomar mais banho na famosa e bela praia carioca. Outro é em Montevideo, Uruguai, onde o emissário poluiu, sem volta, o Rio Da Prata.
Natal ainda vai muito ouvir falar em projeção da pluma...
O desenho abaixo mostra o comportamento das correntes marítimas "defronte" a Ponta dos Três Irmãos (Caiçara do Norte), do artigo científico escrito pelo geólogo Fernando Fortes.
Correntes que correspondem as de Ponta Negra, na capital dos magos-fecais.
Segundo especialistas em contato com o blog: "As correntes colidem com a "Ponta Negra" (de pedra) e, devido ao atrito causado por essa colisão, sofrem uma difração. A partir desse ponto de colisão, um "braço" dessa corrente segue adiante, percorrendo toda a praia defronte o que seria a Via Costeira, rumo ao Norte.
O outro "braço" percorre toda a faixa a praia de Ponta Negra, rumo ao Sul, findando por depositar toda a "mundiça" transportada em suspenção (sargaço, sacos plásticos e após o emissário: todos os coliformes fecais... éca!), no local onde hoje está o Morro do Careca.
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