TRIBUNA DO NORTE - 04/out/2009
Texto e foto: Roberta Trindade
A manhã de ontem foi movimentada na Vila de Ponta Negra, zona Sul da capital. Às 10 horas, moradores da região se mobilizaram com faixas para chamar a atenção das autoridades e evitar a desocupação de uma área utilizada pela população desde 1951. Conhecido como Campo do Botafogo, o local possui 6.962,02 metros quadrados e está avaliado, segundo o laudo de avaliação mercadológica de imóvel em R$ 6.962 milhões. A juíza Divone Maria Peixoto da 17ª Vara Cível de Natal determinou no dia 29 de julho, deste ano, a desocupação da área em 30 dias, sob pena de desocupação compulsória e multa diária de R$ 300.
O documento foi recebido por Onofre Gomes de Lima, presidente do Botafogo Futebol Clube, no dia 23 de setembro.
A partir do mandado, os moradores se mobilizaram e querem evitar que a desocupação se concretize. Para os manifestantes, o Campo do Botafogo é a única área de lazer pública, na Vila de Ponta Negra. “O impasse se arrasta na justiça desde 2003 quando o dono de uma imobiliária se apresentou com proprietário da área, mas quem vendeu? Não existe documento. Em 1951, na região existia a mata fechada. Os pescadores devastaram o local. Queriam um espaço para jogar futebol”, frisa Onofre.
O Botafogo Futebol Clube detém a área há 58 anos, porém em 1993 o governo do Estado concedeu uso gratuito por tempo determinado do local. “Foi estipulado dez anos de concessão que só poderia ser revogada caso alguma cláusula do processo fosse descumprida. O que não aconteceu”, lembra Onofre.
De acordo com o morador Yuno Silva, o Campo do Botafogo é utilizado, não só para o lazer dos moradores, que utilizam a área para jogar futebol diariamente. Através do Gabinete de Gestão integrada (GGI), órgão ligado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, o local é utilizado para vários projetos. Um deles é o “Projeto de Cuidados e Promoção da Paz e da Cidadania em Ponta Negra”. “É o único espaço público que temos onde se pratica esporte, cultura, lazer e educação”.
Aquém de toda movimentação que envolve o Campo do Botafogo, durante toda a manhã de sábado, Expedito Rodrigues, carregava carrinhos de terra, embaixo de sol forte, na intenção de tapar pequenos buracos e preparar o terreno para o jogo de futebol que acontece hoje, no Campo do Botafogo, entre os jogadores veteranos do bairro. “É aqui que temos nosso lazer. É a distração de todos os moradores da Vila”, completa.
>>> Comentário Pertinente: O programa que o GGI (vinculado à Secretaria de Segurança Pública do Estado) quer implantar na Vila de Ponta Negra trata-se de uma ação de Segurança Pública Comunitária que deverá envolver, além da comunidade, instituições como Universidades, Forças Armadas, Polícia e Justiça Federal, organizações religiosas, Ongs, Associações de moradores e secretarias municipais. A proposta é buscar reduzir os índices de violência através de ações educativas, esportivas, culturais, de qualificação profissional, entre outras. Portanto, se a comunidade perder definitivamente o Campo do Botafogo - única área pública de lazer do bairro - essas atividades terão seu desenvolvimento prejudicado.
O documento foi recebido por Onofre Gomes de Lima, presidente do Botafogo Futebol Clube, no dia 23 de setembro.
A partir do mandado, os moradores se mobilizaram e querem evitar que a desocupação se concretize. Para os manifestantes, o Campo do Botafogo é a única área de lazer pública, na Vila de Ponta Negra. “O impasse se arrasta na justiça desde 2003 quando o dono de uma imobiliária se apresentou com proprietário da área, mas quem vendeu? Não existe documento. Em 1951, na região existia a mata fechada. Os pescadores devastaram o local. Queriam um espaço para jogar futebol”, frisa Onofre.
O Botafogo Futebol Clube detém a área há 58 anos, porém em 1993 o governo do Estado concedeu uso gratuito por tempo determinado do local. “Foi estipulado dez anos de concessão que só poderia ser revogada caso alguma cláusula do processo fosse descumprida. O que não aconteceu”, lembra Onofre.
De acordo com o morador Yuno Silva, o Campo do Botafogo é utilizado, não só para o lazer dos moradores, que utilizam a área para jogar futebol diariamente. Através do Gabinete de Gestão integrada (GGI), órgão ligado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, o local é utilizado para vários projetos. Um deles é o “Projeto de Cuidados e Promoção da Paz e da Cidadania em Ponta Negra”. “É o único espaço público que temos onde se pratica esporte, cultura, lazer e educação”.
Aquém de toda movimentação que envolve o Campo do Botafogo, durante toda a manhã de sábado, Expedito Rodrigues, carregava carrinhos de terra, embaixo de sol forte, na intenção de tapar pequenos buracos e preparar o terreno para o jogo de futebol que acontece hoje, no Campo do Botafogo, entre os jogadores veteranos do bairro. “É aqui que temos nosso lazer. É a distração de todos os moradores da Vila”, completa.
>>> Comentário Pertinente: O programa que o GGI (vinculado à Secretaria de Segurança Pública do Estado) quer implantar na Vila de Ponta Negra trata-se de uma ação de Segurança Pública Comunitária que deverá envolver, além da comunidade, instituições como Universidades, Forças Armadas, Polícia e Justiça Federal, organizações religiosas, Ongs, Associações de moradores e secretarias municipais. A proposta é buscar reduzir os índices de violência através de ações educativas, esportivas, culturais, de qualificação profissional, entre outras. Portanto, se a comunidade perder definitivamente o Campo do Botafogo - única área pública de lazer do bairro - essas atividades terão seu desenvolvimento prejudicado.
0 comentários:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.