por Jacirema da Cunha Tahim

"Estamos apenas sobrevivendo (alguns) no que chamo de Casa do Desamparo -- nosso país. É preciso, sim, de um mutirão, mas para obrigar aos governos das três esferas a estabelecer, em caráter emergencial, como o estatuto do desarmamento, uma lei severa que puna com pesada multa ou prisão, ou prestação de serviço para a comunidade (como agente de saúde ou como ASG, nos hospitais onde pacientes agonizam com dengue). São assassinos, a maioria reincidente, doentes mentais ou matadores em série, que deixam a água parada exposta para atrair o mosquito e ninguém se importa com as mortes daí advindas.

"E sabe como funciona o “0800” da prefeitura? Eles querem que você se identifique, depois vão a sua casa, só depois pensam no denunciado. Eles não querem fazer o serviço sozinhos, sequer agradecem pela denúncia. O primeiro penalizado é o denunciante. Já pensaram em denunciar seu vizinho com uma enorme piscina que nunca lava? Já pensaram no número de prédios com essas piscinas?

"É preciso ter alguém para denunciar? Por que não vão eles mesmos fazer a fiscalização? Não é para isto que pagamos à prefeitura e ao estado? Um repelente caseiro é muito bem-vindo, mas para formigas e moscas, não para 5.000 afetados, em um "Estado de Emergência”.

"Alguém já se perguntou, como foi que chegamos até aqui? De quem é o dever primordial de zelar pela saúde da população? E por que pagamos IPTU tão alto? Vamos nos unir, sim, junto ao judiciário. O Ministério Público não tem se mostrado tão ágil como deveria. Vamos juntos, através da internet e através de abaixo-assinado dirigido aos governos. Ou a vida, nós mesmos, nosso futuro, nossos sonhos, filhos, idosos e entes queridos não merecem um CLAMOR Á ALTURA DO SOFRIMENTO QUE NOS ESTÁ SENDO IMPINGIDO, por indiferença, negligência, falta de autoridade e impunidade? Como costumava dizer o professor Waldson Pinheiro: “No Brasil sobra autoritarismo e falta autoridade”!