Via Costeira gera novas polêmicas
Repórter: Wagner Lopes
PDN - Altura de novos prédios na Via Costeira volta a ser debatida na CMN
“Tudo na vida tem de ter bom senso. Restam apenas seis lotes. Por que não manter o gabarito atual (15 m de altura) e se preocupar com coisas mais importantes. Ribeira, saneamento, entre outras?” questiona o empresário Sami Elali. Sua empresa, a G5, possui terrenos na área e, assim como nos demais espaços, os projetos já vinham sendo elaborados, porém terão de ser mudados se a emenda proposta pelo Executivo for aprovada. “Caso o limite valesse desde o início, tudo bem, mas muito já se construiu e não pode se mudar a regra no meio do jogo”, critica Elali.
A opinião é semelhante à do presidente estadual da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Enrico Fermi. Segundo ele, os proprietários dos seis lotes restantes, todos investidores nacionais, vinham buscando parceiros para construir em seus espaços. “Acho essa proposta um retrocesso, pois vai inviabilizar totalmente os empreendimentos novos da Via Costeira”, analisa. O principal argumento é que, para respeitar a altura da pista, só poderão ser construídos hotéis de até 200 apartamentos. “Vai ser difícil competir com os atuais, de 300 e 400 apartamentos, até porque o custo fixo de um hotel é basicamente o mesmo, independente do tamanho”, explica.
A Semurb, porém, faz previsões bem diferentes. “Mesmo com essas limitações, será possível erguer hotéis de 400 a 1 mil apartamentos, com o mesmo padrão dos que já funcionam. Não haverá prejuízos”, defende o chefe do setor de Planejamento Urbanístico, Márcio Henrique Yacyszyn. Segundo ele, alguns empreendimentos poderão ter até seis pavimentos.
Bate Papo
Florésia Pessoa - chefe de departamento
Por que impedir as construções acima do nível da pista?
Logo quando surgiu aquela polêmica dos espigões em Ponta Negra, observamos que o problema quanto à vista da paisagem também se repetia na Via Costeira. Daí a necessidade de definirmos uma regra para preservar as últimas janelas que tínhamos com relação a essa vista.
Os críticos da idéia chegam a dizer que isso criaria uma espécie de reserva de mercado para quem já construiu, impedindo novos empreendimentos. Como a senhora vê isso?
Ninguém ali saiu perdendo. Todos já se beneficiaram desde a construção da Via Costeira. Está na hora da cidade, Natal, também ter sua parcela. E é possível, sim, construir com o novo gabarito.
E por que não promover a mudança quando houver a revisão da lei específica que trata da (Área de Especial Interesse Turístico) Via Costeira?
Estamos trabalhando na revisão dessas áreas, mas é muita coisa ainda a ser feita e a equipe que temos não permite uma agilidade maior. No mínimo, no mínimo, vamos levar uns seis meses para isso. Até lá pode não haver mais o que preservar.
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