GLOBO ESPORTE - 12/jul/2009
por João Gabriel Rodrigues, de Florianópolis
foto: Diego Freire/ZDL
O WQS seis estrelas da Praia Mole ainda não acabou, mas Jadson André já sai do campeonato como maior vencedor. Independentemente dos resultados do último dia de competição, o surfista potiguar já garantiu a liderança do ranking da divisão de acesso após a etapa e está cada vez mais perto de selar sua passagem para a elite mundial em 2010. Um belo salto para o brasuca, que começou a pegar suas primeiras ondas “de brincadeira” na praia de Ponta Negra, em Natal.
No dia anterior às finais em Florianópolis, Jadson recebeu o GLOBOESPORTE.COM na casa onde está hospedado na cidade. Com a fala rápida e agitada, ele diz que surfou pela primeira vez aos 10 anos, por acaso, ao lado de amigos. Pouco tempo depois, já brilhava nas competições estaduais e chamou atenção de gente como Ademir Kalunga, a quem o surfista considera ser seu padrinho dentro do esporte. Aos poucos, outras pessoas o indicavam, e seu nome passou a ser reconhecido na região. A decisão de sair de casa em busca de melhores condições não demorou muito.
- Eu comecei com 10 anos, de brincadeira, e tinha uns 13 anos quando comecei a levar a sério mesmo o surfe. E eu fui evoluindo devagar, aconteceu naturalmente. Foi dando certo, fui bem em brasileiros e mundiais mirins e acabei me mudando para o Guarujá (litoral paulista) aos 15 anos para poder crescer, né? Foi difícil, deixar pai, mãe, mas eles sabiam que era importante para mim. Em Natal, não tinha muita gente surfando para valer, a maioria levava na brincadeira – disse o surfista, de 19 anos.
Jadson revela que até hoje é muito ligado aos pais. O potiguar conta que muitos de seus objetivos na carreira são em função de sua família.
- Sempre falo com eles, não todo dia, mas quase sempre. É bom escutar a voz da mãe, né? Eu sou um privilegiado por ter pais que me apoiam tanto. Eu tenho um sonho na vida, de ajudar minha família, de dar o melhor para eles.
Campeão mundial amador em 2007, Jadson afirma que foi ali que começou a ganhar confiança para valer no seu talento. Ele confessa que, até então, era difícil se imaginar tão longe.
- Eu tive sorte por chegar ao título do Mundial Amador. E é incrível, né? Porque aqueles ali serão os surfistas que vão estar entre os melhores do mundo em, sei lá, dez anos. Então, te dá confiança. Nos meus planos, eu conseguiria a classificação para o circuito mundial neste ano. No ano passado, quase consegui, mesmo não sendo meu objetivo. Agora, é o meu planejamento e eu estou perto. Quando fui para São Paulo, não pensava tão alto. Mas, quando os resultados foram aparecendo, tracei meus objetivos e vou fazer de tudo para alcançá-los.
Jadson acorda cedo e pega ondas de duas a três vezes todos os dias para treinar. O ritmo forte tem dado certo, e os resultados nos circuitos nacional e internacional comprovam isso. Ele, porém, diz não ser tão conhecido ainda no mundo do surfe. Sem pressa, tudo no seu tempo.
- Cada vez que você se destaca nas competições, as pessoas vão te conhecendo melhor. Não sou tão conhecido ainda, mas tudo bem, não tem problema. Vou crescendo aos poucos. Tenho que passar uma imagem boa. Não quero ser mais um louco no surfe.
Para não ser “mais um louco no surfe”, Jadson afirma que conta com uma boa estrutura montada pela sua equipe. Ele diz que isso é primordial para que possa render sempre bem nas competições e não ficar perdido com tantas viagens ao redor do mundo. Afirma, mais uma vez, ser privilegiado.
- Por causa da estrutura que me criaram, eu me acostumei muito fácil.Nunca tive problemas com fuso, por exemplo. Passo o dia acordado para me acostumar. Tenho uma estrutura muito boa por trás. Nunca fiquei numa roubada. Fico nos melhores lugares e tenho os melhores equipamentos. Sou um privilegiado. Tenho até psicóloga. E tenho de dar os parabéns a ela por me aturar.
Neste domingo, Jadson terá um dos mais experientes surfistas brasileiros pela frente nas quartas de final do WQS em Florianópolis: Neco Padaratz. O potiguar, porém, tem seu objetivo claro na mente.
- Quero vencer aqui para aumentar ainda mais a minha pontuação e chegar ainda mais perto da vaga. Vai ser alucinante disputar o circuito mundial. Não posso relaxar e tenho de evoluir a cada etapa. Faço tudo para alcançar meus objetivos. E espero conseguir alcançar este.
>>> Comentário pertinente: Jadson, legítimo filho da Vila de Ponta Negra, prova que é possível 'escapar de um destino provável' com dedicação e força de vontade. É disso que a galera precisa, de bons exemplos!
No dia anterior às finais em Florianópolis, Jadson recebeu o GLOBOESPORTE.COM na casa onde está hospedado na cidade. Com a fala rápida e agitada, ele diz que surfou pela primeira vez aos 10 anos, por acaso, ao lado de amigos. Pouco tempo depois, já brilhava nas competições estaduais e chamou atenção de gente como Ademir Kalunga, a quem o surfista considera ser seu padrinho dentro do esporte. Aos poucos, outras pessoas o indicavam, e seu nome passou a ser reconhecido na região. A decisão de sair de casa em busca de melhores condições não demorou muito.
- Eu comecei com 10 anos, de brincadeira, e tinha uns 13 anos quando comecei a levar a sério mesmo o surfe. E eu fui evoluindo devagar, aconteceu naturalmente. Foi dando certo, fui bem em brasileiros e mundiais mirins e acabei me mudando para o Guarujá (litoral paulista) aos 15 anos para poder crescer, né? Foi difícil, deixar pai, mãe, mas eles sabiam que era importante para mim. Em Natal, não tinha muita gente surfando para valer, a maioria levava na brincadeira – disse o surfista, de 19 anos.
Jadson revela que até hoje é muito ligado aos pais. O potiguar conta que muitos de seus objetivos na carreira são em função de sua família.
- Sempre falo com eles, não todo dia, mas quase sempre. É bom escutar a voz da mãe, né? Eu sou um privilegiado por ter pais que me apoiam tanto. Eu tenho um sonho na vida, de ajudar minha família, de dar o melhor para eles.
Campeão mundial amador em 2007, Jadson afirma que foi ali que começou a ganhar confiança para valer no seu talento. Ele confessa que, até então, era difícil se imaginar tão longe.
- Eu tive sorte por chegar ao título do Mundial Amador. E é incrível, né? Porque aqueles ali serão os surfistas que vão estar entre os melhores do mundo em, sei lá, dez anos. Então, te dá confiança. Nos meus planos, eu conseguiria a classificação para o circuito mundial neste ano. No ano passado, quase consegui, mesmo não sendo meu objetivo. Agora, é o meu planejamento e eu estou perto. Quando fui para São Paulo, não pensava tão alto. Mas, quando os resultados foram aparecendo, tracei meus objetivos e vou fazer de tudo para alcançá-los.
Jadson acorda cedo e pega ondas de duas a três vezes todos os dias para treinar. O ritmo forte tem dado certo, e os resultados nos circuitos nacional e internacional comprovam isso. Ele, porém, diz não ser tão conhecido ainda no mundo do surfe. Sem pressa, tudo no seu tempo.
- Cada vez que você se destaca nas competições, as pessoas vão te conhecendo melhor. Não sou tão conhecido ainda, mas tudo bem, não tem problema. Vou crescendo aos poucos. Tenho que passar uma imagem boa. Não quero ser mais um louco no surfe.
Para não ser “mais um louco no surfe”, Jadson afirma que conta com uma boa estrutura montada pela sua equipe. Ele diz que isso é primordial para que possa render sempre bem nas competições e não ficar perdido com tantas viagens ao redor do mundo. Afirma, mais uma vez, ser privilegiado.
- Por causa da estrutura que me criaram, eu me acostumei muito fácil.Nunca tive problemas com fuso, por exemplo. Passo o dia acordado para me acostumar. Tenho uma estrutura muito boa por trás. Nunca fiquei numa roubada. Fico nos melhores lugares e tenho os melhores equipamentos. Sou um privilegiado. Tenho até psicóloga. E tenho de dar os parabéns a ela por me aturar.
Neste domingo, Jadson terá um dos mais experientes surfistas brasileiros pela frente nas quartas de final do WQS em Florianópolis: Neco Padaratz. O potiguar, porém, tem seu objetivo claro na mente.
- Quero vencer aqui para aumentar ainda mais a minha pontuação e chegar ainda mais perto da vaga. Vai ser alucinante disputar o circuito mundial. Não posso relaxar e tenho de evoluir a cada etapa. Faço tudo para alcançar meus objetivos. E espero conseguir alcançar este.
>>> Comentário pertinente: Jadson, legítimo filho da Vila de Ponta Negra, prova que é possível 'escapar de um destino provável' com dedicação e força de vontade. É disso que a galera precisa, de bons exemplos!
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