A ressaca marítima que atingiu a praia de Ponta Negra ao longo desta semana causou estragos e se tornou motivo de preocupação aos donos de quiosques instalados na orla. A força com a qual as ondas quebram no calçadão provocou a erosão do banco de areia e expôs o alicerce de uma trecho de aproximadamente 10 metros nas proximidades do Quiosque 7. Um poste de iluminação elétrica e um dois coqueiros correm o risco de cair, caso a estrutura de concreto e pedras graníticas que sustentam o passeio público não suportem o impacto da força das águas.
Ao longo da praia, a maioria dos donos de quiosques mais próximos da linha da maré, colocou sacos com areia para amortecer o impacto das ondas. Em alguns pontos, porém, o esforço parece não surtir efeito. Vários trechos do calçadão estão com a estrutura de sustentação exposta. A assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros esclareceu que o serviço de responsabilidade do órgão foi feito, que era justamente isolar a área em torno do Quiosque 7 para evitar acidentes.
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) foi procurada para informar quando os técnicos da pasta fariam uma visita ao local para determinar como a área seria recuperada. A assessoria de imprensa, entretanto, não retornou as ligações realizadas pela reportagem para prestar esclarecimentos sobre o problema apresentado.
Em outro ponto da praia, trabalhadores iniciavam as medições para dar andamento aos reparos no Quiosque 15. Na terça-feira passada, toda a estrutura em torno do imóvel ruiu. Por pouco, o quiosque não desabou. As informações a respeito do incidente ainda não convergem para uma única causa. De acordo com o proprietário do quiosque, Alessandro Alves, o rompimento de uma tubulação da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), provocou o desabamento da estrutura de sustentação do comércio. A assessoria de imprensa da Caern afirmou que o relatório técnico ainda não havia sido finalizado mas, mesmo assim, a Companhia autorizou que a empresa de engenharia terceirizada, Canteiro Construções, a iniciar os reparos no empreendimento.
Segundo o engenheiro Eriberto Lins, que coordenava o trabalho dos serventes no local na manhã de ontem, a rede de esgotos que passa pelo local será removida. "Iremos colocar os tubos debaixo da calçada, próximo da outra tubulação", explicou. Além disso, uma nova estrutura, mais reforçada em relação à anterior, será erguida no entorno do quiosque. Enquanto isto, o dono do imóvel terá que improvisar a comercialização de bebidas. Ontem, Alessandro Alves estava vendendo os produtos numa caixa de isopor próximo à obra. A expectativa é que os reparos estejam prontos em duas semanas.
Estrutura do calçadão precisa de reforços
Uma análise prévia feita por um engenheiro civil sobre as condições atuais da estrutura do calçadão de Ponta Negra mostrou que é uma questão de tempo e do avanço da maré para que outros problemas surjam no local.
Eriberto Lins afirmou que as fundações são rasas e chegará ao ponto que a força das águas irá causar a queda da estrutura. Para ele, uma possível solução seria colocar uma rede de pedra granítica ou "barruada" ao longo do calçadão.
"Vai acontecer o que aconteceu em Recife, por exemplo. Será necessário colocar pedras para amortecer a ação das águas e preservar o alicerce do calçadão", alertou o engenheiro Eriberto Lins.
A análise sobre Ponta Negra aplica-se, de forma geral, a toda orla marítima na capital. O natalense já se acostumou a ver problemas relacionados a buracos e desabamentos nos calçadões das praias do Meio, dos Artistas e Areia Preta.
No dia 9 de fevereiro do ano passado, um trecho de 50 metros do calçadão de Areia Preta, nas proximidades do Relógio do Sol, desabou no exato momento em que um grupo de 10 militares do 17º Batalhão fazia sua corrida habitual. Em consequência, um trecho de 300 metros do calçadão e boa parte da pista de rolamento no sentido Praia do Meio foram interditados. Duas pessoas ficaram feridas.
As obras de reparo duraram quase um ano para ficarem prontas. Em julho do mesmo ano, por causa da força das águas da chuva, o trecho inicial do calçadão da praia de Ponta Negra ruiu e abriu uma cratera de pelo menos três metros de diâmetro.
De Ponta Negra à Praia do Forte, partes do passeio público deram lugar, nos últimos anos, à crateras. Sucessivamente, elas foram surgindo. Para urbanização de toda a orla marítima de Natal, as obras paliativas já consumiram, de agosto de 2008 até agora, mais de R$ 2 milhões.
Frankie MarconeComerciantes tentam proteger quiosques com sacos de areia. Janeiro e fevereiro são meses de marés altas
É nos meses de janeiro e fevereiro que, historicamente, ocorrem as marés mais cheias e revoltas. De acordo com informações de funcionários do quiosque, o mar começou a atingir o calçadão no início da semana. "Na quarta-feira, o buraco começou a se formar e nós chamamos o Corpo de Bombeiros que isolou a área. De ontem para hoje (da madrugada de quinta para sexta-feira), a situação piorou", relatou o garçom Felipe.Ao longo da praia, a maioria dos donos de quiosques mais próximos da linha da maré, colocou sacos com areia para amortecer o impacto das ondas. Em alguns pontos, porém, o esforço parece não surtir efeito. Vários trechos do calçadão estão com a estrutura de sustentação exposta. A assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros esclareceu que o serviço de responsabilidade do órgão foi feito, que era justamente isolar a área em torno do Quiosque 7 para evitar acidentes.
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) foi procurada para informar quando os técnicos da pasta fariam uma visita ao local para determinar como a área seria recuperada. A assessoria de imprensa, entretanto, não retornou as ligações realizadas pela reportagem para prestar esclarecimentos sobre o problema apresentado.
Em outro ponto da praia, trabalhadores iniciavam as medições para dar andamento aos reparos no Quiosque 15. Na terça-feira passada, toda a estrutura em torno do imóvel ruiu. Por pouco, o quiosque não desabou. As informações a respeito do incidente ainda não convergem para uma única causa. De acordo com o proprietário do quiosque, Alessandro Alves, o rompimento de uma tubulação da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), provocou o desabamento da estrutura de sustentação do comércio. A assessoria de imprensa da Caern afirmou que o relatório técnico ainda não havia sido finalizado mas, mesmo assim, a Companhia autorizou que a empresa de engenharia terceirizada, Canteiro Construções, a iniciar os reparos no empreendimento.
Segundo o engenheiro Eriberto Lins, que coordenava o trabalho dos serventes no local na manhã de ontem, a rede de esgotos que passa pelo local será removida. "Iremos colocar os tubos debaixo da calçada, próximo da outra tubulação", explicou. Além disso, uma nova estrutura, mais reforçada em relação à anterior, será erguida no entorno do quiosque. Enquanto isto, o dono do imóvel terá que improvisar a comercialização de bebidas. Ontem, Alessandro Alves estava vendendo os produtos numa caixa de isopor próximo à obra. A expectativa é que os reparos estejam prontos em duas semanas.
Estrutura do calçadão precisa de reforços
Uma análise prévia feita por um engenheiro civil sobre as condições atuais da estrutura do calçadão de Ponta Negra mostrou que é uma questão de tempo e do avanço da maré para que outros problemas surjam no local.
Eriberto Lins afirmou que as fundações são rasas e chegará ao ponto que a força das águas irá causar a queda da estrutura. Para ele, uma possível solução seria colocar uma rede de pedra granítica ou "barruada" ao longo do calçadão.
"Vai acontecer o que aconteceu em Recife, por exemplo. Será necessário colocar pedras para amortecer a ação das águas e preservar o alicerce do calçadão", alertou o engenheiro Eriberto Lins.
A análise sobre Ponta Negra aplica-se, de forma geral, a toda orla marítima na capital. O natalense já se acostumou a ver problemas relacionados a buracos e desabamentos nos calçadões das praias do Meio, dos Artistas e Areia Preta.
No dia 9 de fevereiro do ano passado, um trecho de 50 metros do calçadão de Areia Preta, nas proximidades do Relógio do Sol, desabou no exato momento em que um grupo de 10 militares do 17º Batalhão fazia sua corrida habitual. Em consequência, um trecho de 300 metros do calçadão e boa parte da pista de rolamento no sentido Praia do Meio foram interditados. Duas pessoas ficaram feridas.
As obras de reparo duraram quase um ano para ficarem prontas. Em julho do mesmo ano, por causa da força das águas da chuva, o trecho inicial do calçadão da praia de Ponta Negra ruiu e abriu uma cratera de pelo menos três metros de diâmetro.
De Ponta Negra à Praia do Forte, partes do passeio público deram lugar, nos últimos anos, à crateras. Sucessivamente, elas foram surgindo. Para urbanização de toda a orla marítima de Natal, as obras paliativas já consumiram, de agosto de 2008 até agora, mais de R$ 2 milhões.
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