Com 72 anos de idade, o arquiteto argentino Héctor Vigliecca coordena uma equipe de profissionais que atua em várias regiões do Brasil. O escritório comandando por ele é reconhecido como um dos mais importantes do país. No currículo de Héctor, consta a participação em mais de 80 concursos de arquitetura nacionais e internacionais e a premiação em mais de 40 deles. A idade não pesa nos ombros do hermano que, agora, tem como foco trazer seu talento para terras potiguares. A porta de entrada pode ser o projeto de urbanização da Praia da Pipa e Tibau do Sul.
Héctor está na ativa há 44 anos. A formação acadêmica aconteceu em do em 1968, em Montevidéu, e a pós-graduação em urbanismo foi feita em Roma. Mas foi no Brasil, a partir de 1975, que o profissional resolveu atuar. "Me considero um brasileiro", diz sem cerimônias. Em Natal pela terceira vez, Héctor recebeu a reportagem da TRIBUNA DO NORTE e contou o que pretende fazer por aqui. "Estamos interessando em participar da licitação das obras de urbanização na praia de Pipa e temos intenção de fazer outros trabalhos em Natal".
O Nordeste brasileiro não é território desconhecido. É do escritório de Héctor o projeto arquitetônico da Arena Castelão, futuro palco dos jogos da Copa do Mundo 2014 em Fortaleza-CE. "O projeto não é meu. O projeto é nosso, do nosso escritório. Ninguém faz um projeto desses sozinho. A equipe é muito grande", faz questão de salientar. Além da capital cearense, Aracaju também tem projetos com a assinatura do argentino.
Os projetos de grandes estádios e complexos esportivos fazem parte do portfólio do escritório comandado por Vigliecca. Mas ele mesmo reconhece que os trabalhos envolvendo reurbanização despertam maior interesse. "Praticamente desde à época da criação do escritório que trabalhamos com urbanização de áreas como favelas. Todo trabalho de arquitetura é complexo, mas quanto mais complexo, mais empolgante ele é", diz.
As vindas à Natal despertaram um interesse para um problema que afeta os natalenses há muito tempo: o avanço do mar e a consequente ameaça das construção próximas à praia. "É a terceira vez que venho à Natal. Tenho uma ideia do problema, mas não me tornei um expert da situação", diz. Héctor acredita que há negligência com relação ao assunto e faz uma crítica. "O que percebemos é que Natal, historicamente, deu as costas para o litoral. A orla é tratada como o fundo de um quintal qualquer".
Por não ter conhecimentos mais específicos do que ocasiona o avanço do mar e a destruição de calçadões, por exemplo, o profissional experiente prefere não adiantar alguma solução para o problema. "É difícil adiantar alguma solução. A orla é comprida, com setores diferentes dificuldades, com condições paisagísticas diferentes. Difícil dizer. A solução tem que vir de uma equipe multidisciplinar para dizer quais os caminhos apropriados a seguir".
Nos próximos meses, o escritório Vigliecca & Associados Arquitetura e Urbanismo tem um desafio a cumprir: elaborar o projeto de reurbanização do Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro. O território, com cerca de seis mil domicílios, foi ocupado pela Polícia há pouco mais de um ano.
Um leigo pode imaginar que a reurbanização de um espaço é feita com a implantação de novos equipamentos públicos que tragam a sensação de segurança e comunidade ao local. Não é bem assim. "Reurbanização não quer dizer instalação de equipamentos públicos. Há favelas que têm hospital, praça, parques, transporte público e não são urbanizada", explica. "A reurbanização da favela nada mais é do que transformá-la em cidade. Isso não quer dizer que a gente quer transpor as formas da cidade formal para a favela. Não é isso. Há um modo especifico para a favela se transformar em um âmbito com qualidade urbana boa. Esse é o desafio", completa.
Rodrigo SenaHéctor Vigliecca acredita que a solução para a orla natalense englobaria uma série de aspectos
Héctor está na ativa há 44 anos. A formação acadêmica aconteceu em do em 1968, em Montevidéu, e a pós-graduação em urbanismo foi feita em Roma. Mas foi no Brasil, a partir de 1975, que o profissional resolveu atuar. "Me considero um brasileiro", diz sem cerimônias. Em Natal pela terceira vez, Héctor recebeu a reportagem da TRIBUNA DO NORTE e contou o que pretende fazer por aqui. "Estamos interessando em participar da licitação das obras de urbanização na praia de Pipa e temos intenção de fazer outros trabalhos em Natal".
O Nordeste brasileiro não é território desconhecido. É do escritório de Héctor o projeto arquitetônico da Arena Castelão, futuro palco dos jogos da Copa do Mundo 2014 em Fortaleza-CE. "O projeto não é meu. O projeto é nosso, do nosso escritório. Ninguém faz um projeto desses sozinho. A equipe é muito grande", faz questão de salientar. Além da capital cearense, Aracaju também tem projetos com a assinatura do argentino.
Os projetos de grandes estádios e complexos esportivos fazem parte do portfólio do escritório comandado por Vigliecca. Mas ele mesmo reconhece que os trabalhos envolvendo reurbanização despertam maior interesse. "Praticamente desde à época da criação do escritório que trabalhamos com urbanização de áreas como favelas. Todo trabalho de arquitetura é complexo, mas quanto mais complexo, mais empolgante ele é", diz.
As vindas à Natal despertaram um interesse para um problema que afeta os natalenses há muito tempo: o avanço do mar e a consequente ameaça das construção próximas à praia. "É a terceira vez que venho à Natal. Tenho uma ideia do problema, mas não me tornei um expert da situação", diz. Héctor acredita que há negligência com relação ao assunto e faz uma crítica. "O que percebemos é que Natal, historicamente, deu as costas para o litoral. A orla é tratada como o fundo de um quintal qualquer".
Por não ter conhecimentos mais específicos do que ocasiona o avanço do mar e a destruição de calçadões, por exemplo, o profissional experiente prefere não adiantar alguma solução para o problema. "É difícil adiantar alguma solução. A orla é comprida, com setores diferentes dificuldades, com condições paisagísticas diferentes. Difícil dizer. A solução tem que vir de uma equipe multidisciplinar para dizer quais os caminhos apropriados a seguir".
Nos próximos meses, o escritório Vigliecca & Associados Arquitetura e Urbanismo tem um desafio a cumprir: elaborar o projeto de reurbanização do Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro. O território, com cerca de seis mil domicílios, foi ocupado pela Polícia há pouco mais de um ano.
Um leigo pode imaginar que a reurbanização de um espaço é feita com a implantação de novos equipamentos públicos que tragam a sensação de segurança e comunidade ao local. Não é bem assim. "Reurbanização não quer dizer instalação de equipamentos públicos. Há favelas que têm hospital, praça, parques, transporte público e não são urbanizada", explica. "A reurbanização da favela nada mais é do que transformá-la em cidade. Isso não quer dizer que a gente quer transpor as formas da cidade formal para a favela. Não é isso. Há um modo especifico para a favela se transformar em um âmbito com qualidade urbana boa. Esse é o desafio", completa.
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