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Quebra-mar é solução para conter avanço em Ponta Negra

Diário de Natal - 13 de maio de 2012 




Em matéria do Diário de Natal veiculada no último dia 8, Venerando Amaro disse que a situação da praia é dramática e que combater a erosão é que poderá mudar a geografia da praia. A contenção com uma barreira de pedras, chamada popularmente de "quebra-mar" é a solução mais simples para se evitar problemas de erosão costeira. Mas ao passo que combate a erosão, também tira a beleza da praia. "As intervenções precisam ser feitas, mas é preciso se conhecer muito bem o problema que causa a erosão costeira", disse Venerando Amaro. Ele assegurou que antes de fazer as intervenções é necessário conhecer o processo costeiro. 

"Fazer o levantamento das condições hidrodinâmicas, como atuam as ondas, as correntes e os ventos ao longo de pelo menos 14 meses. Teríamos um ciclo, períodos de chuva, períodos secos, e assim por diante" e também frisou a importância de se considerar o viés turístico de Ponta Negra ao se pensar em soluções. "No caso de Areia Preta, a solução encontrada foi um quebra-mar porque lá é uma praia menor. A solução para o problema aqui tem que atender também à questão turística. Ninguém quer Ponta Negra com um quebra-mar na frente, a não ser que isso seja submerso. Existem várias alternativas", conclui o professor da UFRN.

Um grupo de banhistas potiguares que andava pelas areias da praia próximo ao quiosque 12, onde a situação de destruição e entulhos do calçadão, é mais crítica, foi abordado pela reportagem do Diário de Natal para saber como o natalense vem percebendo a situação. Em uma só voz o grupo demonstrou a preocupação e o medo em perder a sua praia. Um ambulante que trabalha na área, Thiago Silva, diz que vários turistas já comentaram e reclamaram com ele sobre o novo cenário que se desenha em Ponta Negra. Thiago diz ainda que não é surpresa que o mar iria avançar, mas a queda no movimento de pessoas que frequentam a praia já é nítido e preocupa os que, como ele, tiram seu sustento do local.

Segundo a assessoria de imprensa da Seturde, já está em andamento um estudo mais complexo e abrangente sobrea orla potiguar e que contribuirá para traçar soluções a médio e longo prazo para boa parte dos problemas de Ponta Negra, como a erosão costeira. Um Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) está sendo feito por técnicos e especialistas contratados pela secretaria municipal para se certificar da dimensão do caso e também de que as intervenções que venham a ser feitas em Ponta Negra não causem prejuízos em outras áreas costeiras.

O titular da Seturde, Murilo Barros Junior diz que esse estudo detalhado, realizado através de um convênio com a Fundação de Apoio ao IFRN (Funcerne), não possui um prazo estipulado de conclusão, mas estima-se que leve de 10 à 12 meses. Após o término dos estudos costeiros deve ser convocada uma audiência pública com o Ministério Público Estadual e demais secretarias e entidades interessadas para apresentar resultados e debater soluções de médio e longo prazo.

2 comentários:

luciano disse...

A solução para ponta negra é devolver toda aquela área da avenida erivan frança com os comércios de volta para a "praia". Fizeram urbanização em cima da praia e agora o mar/praia que de volta o que lhe tomaram. Aquelas pequenas dunas q se formam na região do pós-praia são muito importantes pois são fonte de sedimentos quando os processos erosivos estão mais atuantes. Quando esses não estão atuando, as dunas se formam.....é um ciclo. Acabaram com isso! Portanto a solução mais barata e definitiva (do ponto de vista urbano) é desapropriar tudo aquilo e delimitar uma faixa de pelo menos 50m a partir do nível de maré mais alta de sizígia para o continente para ser uma área de proteção permanente!

Luciano disse...

Um outro detalhe: O mar nao AVANÇOU, isso é um erro!! O que está acontecendo é q a erosão alí está mais forte e atingiu as construções. Por que o mar nao avançou em outros pontos de ponta negra?

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