Diário de Natal - 20 de julho de 2012
Calçadão de Ponta Negra receberá a partir de hoje 400 sacos de areia especiais para conter marés
A solução provisória e emergencial para conter a força das marés no calçadão de Ponta Negra é uma velha conhecida dos proprietários de quiosques e hotéis na orla. A partir de
Big Bags serão colocadas numa profundidade de 50 centímetros e enchidas para proteger o calçadão das marés altas. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press |
Foi uma tentativa de dar pronta-resposta à reunião de quarta-feira com a prefeita Micarla de Sousa (PV), que pediu a seus auxiliares soluções a curto, médio e longo prazo para o problema. Após a vistoria, os representantes se reuniram no Hotel Praiamar, próximo ao calçadão. Foi definida a operação: as Big Bags serão colocadas numa profundidade de aproximadamente 50 centímetros. Dai serão enchidas e fechadas. O trabalho será iniciado com uma escavadeira e deve durar dois dias. O município garantiu providenciar outra para dar celeridade à operação. Quem estabelece em dois dias o prazo é o proprietário da empresa, Adier Azevedo, que visitou a praia ontem, junto aos representantes do município.
Os sacos de areia Big Bags não são sacos comuns, desses pequenos que são colocados na parte da costa que ameaça cair. "São sacos maiores e mais adequados para conter a área degradada. É uma solução paliativa para evitar novos desabamentos, tendo em vista que as maiores marés do ano estão previstas para início de agosto. Se der certo, atuaremos na reconstrução dos trechos que já cederam, e posteriormente faremos uma solução definitiva. Cogitamos, inclusive, a engorda da praia", disse o secretário municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Luiz Antônio Lopes, que esteve na vistoria. Esses sacos são mais adequados, por exemplo, do que pedras, que poderiam lesionar banhistas que utilizam a praia.
George Gosson, vice-presidente da ABIH-RN, lembrou que o problema no calçadão de Ponta Negra tem urgência e emergência, tendo em vista que prejudica o turismo, uma das principais atividades econômicas do Estado. "O processo já está judicializado, e inclusive foi nomeado um perito para avaliar o problema. O juiz determina três perspectivas de prazos. A primeira, a curto prazo, é evitar que novos trechos venham a ruir, a segunda, que os trechos que já ruíram sejam recuperados, e a terceira, mais definitiva, é a solução para a erosão marinha nessa região de Ponta Negra", disse. "A gente sabe que a instalação desses sacos não é definitiva. Mas estamos otimistas, esperamos que isso realmente evite que novos trechos venham a cair. Como o calçadão é construído em muro de arrimo, os rodapés precisam dessa proteção".
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