Brasília (AE) - Pesquisa sobre a mobilidade urbana indicou que 41% da população brasileira acha que o serviço de transporte público é ruim no país. O modelo está repleto de distorções e a avaliação da população é negativa com relação a rapidez, eficiência e custo do transporte público, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Feita de 8 a 29 de agosto de 2011, a pesquisa, em sua segunda edição, abrangeu 3.781 pessoas de todas as regiões, níveis de renda e escolaridade em 212 municípios.
A radiografia mostrou que o carro é o meio de transporte preferido dos brasileiros, por seu conforto e rapidez, mas também pelo status que representa. Mostra também que o incentivo a essa opção, como tem sido feito, é nocivo como política pública. "Se todos usarem automóvel, as cidades param, como já ocorre em várias delas", afirmou o técnico em planejamento Ernesto Galindo, responsável pela divulgação da pesquisa.
A moto, pelos acidentes que provoca e os custos que acarreta à saúde pública, é o vilão do trânsito, embora tenha facilitado a mobilidade urbana dos mais pobres. Ela já é o veículo mais utilizado para deslocamentos em muitas áreas das regiões Norte e Nordeste. O ônibus passou de raspão na avaliação dos brasileiros, com média 5,6. Não porque o povo rejeite, mas porque ele é a maior vítima da falta de prioridade ao transporte público no País, explicou Galindo.
A maioria dos entrevistados respondeu que os ônibus são caros, em geral mal conservados e impontuais. Conforme a maioria dos entrevistados, eles demoram muito no percurso porque não há corredores exclusivos e disputam espaços com todo tipo de veículo, desde caminhões a motos e carros, no trânsito engarrafado das grandes cidades.
A boa notícia é que a situação parou de piorar e as previsões para o futuro são otimistas devido a três fatores: os investimentos maciços do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) em infraestrutura; as obras viárias voltadas para a Copa do Mundo, como VLTs, metrôs e corredores exclusivos e a nova Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana, sancionada em 3 de janeiro último.
O congestionamento do trânsito é percebido nas cinco regiões como o fator que mais compromete a ida e vinda dos cidadãos, revelando a qualidade precária do transporte público. O estudo recomenda investimentos em metrô, VLT e trem, porque integram e comportam mais pessoas, são mais rápidos e poluem menos, representando solução de melhor qualidade. "Essas modalidades, em substituição aos automóveis e ônibus, diminuiriam o fluxo de veículos, os atrasos, o desconforto da população e a emissão de gases poluentes na atmosfera, beneficiando a saúde pública", alerta o estudo.
Alex RégisBrasileiros consideram transporte público ruim e ultrapassado e reclamam da demora das viagens
A radiografia mostrou que o carro é o meio de transporte preferido dos brasileiros, por seu conforto e rapidez, mas também pelo status que representa. Mostra também que o incentivo a essa opção, como tem sido feito, é nocivo como política pública. "Se todos usarem automóvel, as cidades param, como já ocorre em várias delas", afirmou o técnico em planejamento Ernesto Galindo, responsável pela divulgação da pesquisa.
A moto, pelos acidentes que provoca e os custos que acarreta à saúde pública, é o vilão do trânsito, embora tenha facilitado a mobilidade urbana dos mais pobres. Ela já é o veículo mais utilizado para deslocamentos em muitas áreas das regiões Norte e Nordeste. O ônibus passou de raspão na avaliação dos brasileiros, com média 5,6. Não porque o povo rejeite, mas porque ele é a maior vítima da falta de prioridade ao transporte público no País, explicou Galindo.
A maioria dos entrevistados respondeu que os ônibus são caros, em geral mal conservados e impontuais. Conforme a maioria dos entrevistados, eles demoram muito no percurso porque não há corredores exclusivos e disputam espaços com todo tipo de veículo, desde caminhões a motos e carros, no trânsito engarrafado das grandes cidades.
A boa notícia é que a situação parou de piorar e as previsões para o futuro são otimistas devido a três fatores: os investimentos maciços do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) em infraestrutura; as obras viárias voltadas para a Copa do Mundo, como VLTs, metrôs e corredores exclusivos e a nova Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana, sancionada em 3 de janeiro último.
O congestionamento do trânsito é percebido nas cinco regiões como o fator que mais compromete a ida e vinda dos cidadãos, revelando a qualidade precária do transporte público. O estudo recomenda investimentos em metrô, VLT e trem, porque integram e comportam mais pessoas, são mais rápidos e poluem menos, representando solução de melhor qualidade. "Essas modalidades, em substituição aos automóveis e ônibus, diminuiriam o fluxo de veículos, os atrasos, o desconforto da população e a emissão de gases poluentes na atmosfera, beneficiando a saúde pública", alerta o estudo.
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