Diário de Natal - 11 de julho de 2012
Governadora se coloca à disposição. Na praia, comerciantes correm atrás do prejuízo
Destruição do calçadão já chega a 360 metros. Trecho de 700 metros foi isolado com redes. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press |
A terça-feira foi de muito trabalho para os barraqueiros e proprietários de quiosques na praia de Ponta Negra. Com a orla parcialmente destruída e numa manhã de maré alta, eles tentavam recuperar o que restava do calçadão destruído montando uma estrutura nova de escada para ter acesso à praia. Na Avenida Erivan França, que fica à beira-mar, outro grupo enchia sacos de náilon com areia. O calçadão de Ponta Negra já chega a mais de 360 metros de destruição, e tem 700 metros de redes de isolamento nesses e em outros trechos que ameaçam cair. A prefeitura avalia decretar estado de calamidade pública para ter acesso a verbas do Governo Federal, só que fará isso apenas no final da semana, quando a prefeita Micarla de Sousa (PV) se reunirá com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Ontem o Governo do Estado ofereceu ajuda ao município para solucionar o problema.
A governadora Rosalba Ciarlini reiterou que a obra é responsabilidade do município, mas disse queo Governo também se preocupa porque se trata da deterioração de um cenário turístico. "Nos colocamos à disposição para somar força junto ao município no Ministério do Turismo. Queremos um projeto definitivo, seguro e que seja bom para Natal. Nós já tivemos uma reunião onde o governo se colocou à disposição, mas tudo depende da prefeita porque não podemos colocar recursos ali a não ser que seja formalizado esse apoio". Apesar de a prefeita ter anunciado que pediria apoio através de ofício, até o final da manhã de ontem Rosalba Ciarlini ainda não havia recebido nenhum comunicado oficial.
Em visita a Natal essa semana, técnicos do Ministério do Turismo manifestaram preocupação com o problema. Decretar calamidade pública não é uma medida que já foi tomada porque, segundo o secretário municipal de Segurança e Defesa Social (Semdes), Carlos Paiva, isso já foi feito anteriormente e o município não obteve êxito. "No ano passado, tivemos aqueles problemas de encostas com risco de desabar. Decretamos calamidade públicaem abril e os técnicos vieram em dezembro. Não foi liberada uma ruela sequer", disse Paiva, sobre o dinheiro. Na época o município pediu ao Ministério das Cidades R$ 18 milhões para resolver o problema.
Por ora, uma equipe de 20 homens contratados pela Vecom Engenharia trabalha na orla de Ponta Negra. Eles fazem os reparos contratados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) no começo do ano, orçados em torno de R$ 466 mil. "A previsão é concluir os serviços até o dia 20 desse mês", prevê o secretário da Semsur, Luiz Antônio Lopes. Ele se refere à parte que foi contratada, antes das destruições do último mês.
Para esse novo problema, Lopes disse que agora a própria prefeita assumiu toda a articulação pela solução. "Emergencialmente, a Semsur tirou e relocou os postes e colocando a iluminação em local mais afastado, onde antes havia riscos. Também retiramos os quiosques que ruíram ou os que ainda possam ruir. Escolhemos um agrônomo para verificar se há árvores em risco de cair para ajudar na contenção do local. Vamos, em parceria com a Urbana, fazer a limpeza na parte de areia onde há pedras. E as equipes da Defesa Civil estão a postos para monitorar a iminência nos locais de queda".
Na orla há muito entulho e restos de árvore atrapalhando o trânsito de pessoas. Um risco aos desavisados. A prefeitura sinalizou as árvores com raízes expostas com um sinal vermelho. "As equipes da Defesa Civil estão de prontidão. Uma viatura da Guarda Municipal foi designada para atuar na área, após a determinação da Justiça no final de semana, que interditou os trechos mais críticos", disse Carlos Paiva, titular da Semdes.
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