Blog do BG - 25 de julho de 2012
“As coisas em Ponta Negra só pioram. Quem olha por nós?”. O depoimento emocionado da artesã Maria Sônia Marinho, de 68 anos, descreve o abandono do bairro pela Prefeitura
O encontro realizado no bairro de Ponta Negra mobilizou dezenas de moradores. Entre o grupo, o sentimento era o de abandono. De acordo com a comunidade, a situação no local só piora. Entra ano e sai ano os problemas se agravam sem que ninguém tome uma atitude. Um exemplo clássico, segundo a população, é o caso do calçadão da praia. “Há quanto tempo temos essa vergonha num dos cenários mais lindos da nossa capital? Cadê a Prefeitura que não se manifesta?”, diz revoltado o aposentado de 69 anos, José Vicente Nunes.O candidato do PMDB à prefeitura do Natal, Hermano Morais, ouviu atento às reivindicações dos moradores e debateu junto com o grupo, alternativas para solucionar o problema. Hermano reforçou a gravidade da situação e mostrou toda a sua indignação com a inoperância do gestor municipal. “O problema se agravou agora, mas não apareceu hoje. Isso vem se arrastando há muito tempo sem que ninguém tenha coragem de encarar e resolver. Nós temos propostas concretas na nossa plataforma de governo para solucionar de vez a questão”, frisa. Uma das alternativas, segundo o candidato, é fazer o aterro ou a engorda da praia, que nada mais é do que o alargamento da faixa de areia que delimita a área da quebra de água.
Presidente fundadora do Grupo da Melhor Idade Felisbela, moradora do bairro de Ponta Negra desde 1981, a artesã Maria Sonia Marinho (68), não vê evolução do bairro desde então, a não ser no número de empreendimentos lançados. “As coisas em Ponta Negra só pioram. A gente vê muita coisa construindo, mas os serviços públicos para dar conta disso não acompanham. Quem olha por nós?”, questiona.
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