Com a obra em andamento, população cobra as licenças ambientais e pedem garantias ao poder público que não haverá contaminação
Repórter: Leonardo Dantas
A má repercussão dos problemas enfrentados pelos moradores de Nova Descoberta e Morro Branco com a lagoa do Jacaré, está levantando dúvidas entre os populares de Ponta Negra, que, em breve, também, terão uma lagoa de captação pluvial. O medo dos moradores é que os problemas enfrentados em Morro Branco se repitam em Ponta Negra, ou seja, o despejo de esgotos irregulares onde era apenas para existir água de chuva.
O aposentado Albertino de Castro Pereira Neto já procurou a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente para expor o medo de alguns moradores e cobrar do Poder Público municipal as licenças ambientais que autorizem a construção da lagoa no local. "Aqui era área de duna e eles destruíram tudo para fazer essa lagoa de captação. Como eles me garantem que só vai chegar água da chuva, se o bairro de Ponta Negra só está 20% saneado? Neste local existia uma lagoa natural, que emanou quando eles cavaram. O problema é que não queremos um foco de proliferação de doenças em nosso bairro, além de mais devastação", disse o morador.
Além disso, Albertino cita que há poucos metros de onde está sendo cavada a lagoa de captação, existe um poço da Caern, por isso, pede um exame para medir o nível de contaminação do lençol freático, com efeito de comparar quando a lagoa estiver em atividade. "Sei que antes de fazer a lagoa a Prefeitura queria jogar essa água no mar, mas logo apareceram as autoridades para proibir alegando que iria poluir Ponta Negra. Mas o interessante é que aqui foi permitido. Gostaria que as coisas fossem melhor esclarecidas", questiona o morador.
O secretário municipal de Obras e Viação, Damião Pita comenta que a situação de Ponta Negra e Morro Branco são totalmente diferentes, esclarecendo que a água destinada ao primeiro bairro virá de Capim Macio, que passa por obras de esgotamento sanitário, sendo essencialmente, águas de chuva. Damião adianta que, caso o nível da água ultrapasse o limite da lagoa, será montado um emissário que jogará o excesso no mar.
"São situações diferentes. Temos um bairro num processo de saneamento e outro que não é saneado. Todos os estudos foram feitos e as licenças asseguradas. Aquela lagoa receberá somente água da chuva, proveniente de Capim Macio, e não esgotamento sanitário.
Quanto a Morro Branco, adianto que a partir de março a Caern começa o saneamento lá", informa Damião Pita.
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