TRIBUNA DO NORTE - 24/jan/2010
Foto: Elisa Elsie
Comerciantes fazem “panelaço” na praia contra operações de apreensão de mercadorias, durante a presença da equipe da Semurb
Trabalhadores informais com atuação na orla de Ponta Negra protestaram na manhã de ontem contra operações de apreensão de mercadorias conduzidas por órgãos ligados à prefeitura na área. A movimentação, que incluiu panelaço e gritos em coro de “queremos trabalhar”, foi realizada no calçadão da praia, sob olhares curiosos dos turistas.
Durante a movimentação, uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) apareceu no local, acompanhada de guardas municipais. O técnico fiscal urbanístico, Rana Pereira dos Santos, garantiu, no entanto, que a presença deles nada tinha a ver com os trabalhadores informais. A ação não seria de repressão à categoria.
“Viemos fiscalizar os estabelecimentos fixos. Ver se estão de alguma maneira obstruindo o passeio público. É uma operação de rotina. Quem tem competência para fiscalizar os ambulantes é a Semsur”, argumentou o técnico, se referindo à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur). Não foi essa, no entanto, a sensação que tiveram os artesãos, que acusavam os fiscais a todo o momento de mentirosos.
De acordo com o presidente da Associação dos Trabalhadores Informais de Ponta Negra, Marcos Martins, numa reunião realizada na sexta-feira membros da Semsur teriam prometido intensificar a fiscalização e ameaçado não mais devolver as mercadorias apreendidas. A reunião ocorreu um dia após 11 trabalhadores terem tido mercadorias como biquines, colares e brincos, comercializados na areia da praia, apreendidos.
As apreensões ocorreram próximo a um hotel na região, o mesmo em que a prefeitura realizava um workshop, de acordo com Martins. Outros artesãos que participavam do panelaço disseram que esse tipo de operação é rotineira e que envolve também a Semurb. “São ações arbitrárias”, reclamavam, alegando que tiveram autorização para continuar no local, contanto que não atrapalhassem o trânsito de pessoas na calçada.
Para cumprir o “acordo”, o jeito que encontraram foi encostar as mercadorias nas margens do calçadão. Mas nem isso tem garantido sossego para as vendas.
O artesão Júlio Alceu, que vende quadros de R$ 60 a R$ 200 na orla da praia, disse que “trabalha com medo”. Ele afirma que há pouco mais de um ano teve 67 quadros apreendidos e posteriormente devolvidos numa operação da prefeitura na área. “Eles jogaram tudo em cima do caminhão, sem o mínimo cuidado. O artesanato é a única fonte de renda que eu e minha mulher temos. Esse tipo de operação é complicada”, conta o cearense, que mora no Rio Grande do Norte há quatro anos e vende cerca de 10 quadros por semana.
No caso dos artesãos que tiveram produtos recolhidos na semana passada, a Semsur liberou mercadorias para os que assinaram um Termo de Compromisso, “reconhecendo que estavam praticando comércio em área não permitida e se comprometendo a não voltar a vender nessas áreas”. Um dos trabalhadores que se recusou a assinar e que já havia tido o material recuperado, teria sido mais uma vez alvo dos fiscais, disse Martins.
Trabalhadores informais com atuação na orla de Ponta Negra protestaram na manhã de ontem contra operações de apreensão de mercadorias conduzidas por órgãos ligados à prefeitura na área. A movimentação, que incluiu panelaço e gritos em coro de “queremos trabalhar”, foi realizada no calçadão da praia, sob olhares curiosos dos turistas.
Durante a movimentação, uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) apareceu no local, acompanhada de guardas municipais. O técnico fiscal urbanístico, Rana Pereira dos Santos, garantiu, no entanto, que a presença deles nada tinha a ver com os trabalhadores informais. A ação não seria de repressão à categoria.
“Viemos fiscalizar os estabelecimentos fixos. Ver se estão de alguma maneira obstruindo o passeio público. É uma operação de rotina. Quem tem competência para fiscalizar os ambulantes é a Semsur”, argumentou o técnico, se referindo à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur). Não foi essa, no entanto, a sensação que tiveram os artesãos, que acusavam os fiscais a todo o momento de mentirosos.
De acordo com o presidente da Associação dos Trabalhadores Informais de Ponta Negra, Marcos Martins, numa reunião realizada na sexta-feira membros da Semsur teriam prometido intensificar a fiscalização e ameaçado não mais devolver as mercadorias apreendidas. A reunião ocorreu um dia após 11 trabalhadores terem tido mercadorias como biquines, colares e brincos, comercializados na areia da praia, apreendidos.
As apreensões ocorreram próximo a um hotel na região, o mesmo em que a prefeitura realizava um workshop, de acordo com Martins. Outros artesãos que participavam do panelaço disseram que esse tipo de operação é rotineira e que envolve também a Semurb. “São ações arbitrárias”, reclamavam, alegando que tiveram autorização para continuar no local, contanto que não atrapalhassem o trânsito de pessoas na calçada.
Para cumprir o “acordo”, o jeito que encontraram foi encostar as mercadorias nas margens do calçadão. Mas nem isso tem garantido sossego para as vendas.
O artesão Júlio Alceu, que vende quadros de R$ 60 a R$ 200 na orla da praia, disse que “trabalha com medo”. Ele afirma que há pouco mais de um ano teve 67 quadros apreendidos e posteriormente devolvidos numa operação da prefeitura na área. “Eles jogaram tudo em cima do caminhão, sem o mínimo cuidado. O artesanato é a única fonte de renda que eu e minha mulher temos. Esse tipo de operação é complicada”, conta o cearense, que mora no Rio Grande do Norte há quatro anos e vende cerca de 10 quadros por semana.
No caso dos artesãos que tiveram produtos recolhidos na semana passada, a Semsur liberou mercadorias para os que assinaram um Termo de Compromisso, “reconhecendo que estavam praticando comércio em área não permitida e se comprometendo a não voltar a vender nessas áreas”. Um dos trabalhadores que se recusou a assinar e que já havia tido o material recuperado, teria sido mais uma vez alvo dos fiscais, disse Martins.
0 comentários:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.