Deputado acredita que os problemas de abastecimento de água em Natal são frutos da má gestão da companhia.
Texto e foto: Júlio Pinheiro
José Dias acredita que Caern deveria seguir exemplo da Cosern.
Em pronunciamento na tarde desta quarta-feira (19), o deputado estadual José Dias (PMDB) julgou necessário um processo de privatização da Caern para que o abastecimento de água em Natal seja solucionado. A má gestão da companhia é, no entendimento do parlamentar, a causa dos problemas na distribuição de água na cidade.
Apontando matérias veiculadas em jornais da cidade, em que a Caern teria admitido uma acentuada diminuição na capacidade de abastecimento em Natal – com um déficit de 40% para atender toda a população –, José Dias disse que as medidas de remanejamento de água que podem ser tomadas pela companhia escondem o que realmente deverá ser feito.
“Eles dizem que fazem um remanejamento, mas o que estão fazendo é um racionamento. Eles estão usando esse eufemismo para maquiar a realidade, que é a falta de água para a população”, disparou o deputado.
A privatização, na opinião do deputado, seria o melhor caminho para que os serviços da companhia tivessem uma melhora, já que o parlamentar não acredita que a Caern possa modificar a atual situação de abastecimento através de uma administração pública.
“Podem questionar se não é possível que uma gestão pública possa melhorar a situação de abastecimento de água em Natal, mas a gestão pública sempre terá os entraves políticos, o administrador estará sempre ‘dentro de uma garrafa’”, declarou.
Um exemplo que a Caern poderia seguir, segundo Dias, é o da Cosern, que foi privatizada e que hoje oferece melhores serviços do que no tempo em que era uma empresa estatal.
“Deixamos de ser um ‘importador’ de energia para sermos fornecedores. E isso é fruto da gestão privada que foi implantada na Cosern. Se não tivesse ocorrido a privatização, a situação estaria igual à da Caern”, analisou José Dias, ressaltando a geração de empregos que a Termoaçu será responsável no estado.
Com relação à possibilidade de que a privatização da Caern elevasse os custos da água para a população, José Dias acredita que os contratos de privatização prevêem o controle sobre os preços para a água fornecida.
Contudo, o deputado entende que o acesso à água de qualidade já é exclusividade da população “rica”, e que os pobres não têm água mesmo que possam pagar.
“Só temos água para os ricos. Com a privatização, os pobre poderão cobrar eficiência do abastecimento e terão a oportunidade de ter um abastecimento de água de qualidade”, disse o deputado.
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