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Obras do calçadão de ponta Negra ficam para o próximo prefeito

Tribuna do Norte - 13 de Outubro de 2012

As obras de reconstrução da orla de Ponta Negra serão terminadas pela próxima gestão de Natal. Ontem, a Prefeitura publicou no diário oficial do Município um decreto que prorroga a calamidade no calçadão por mais 90 dias. Contudo, segundo o coordenador da Defesa Civil, Carlos Paiva, não será possível finalizar as obras no prazo de três meses. "Poderemos adiantar, encaminhar, mas finalizar não", admitiu. Atualmente, o Município discute qual o projeto mais pertinente para a área, que sofreu com a maré alta este ano e tem vários pontos do calçadão destruídos.
Magnus NascimentoSem obras preventivas, calçadão de Ponta Negra foi destruído pelas ondas do mar em 12 pontosSem obras preventivas, calçadão de Ponta Negra foi destruído pelas ondas do mar em 12 pontos

Carlos Paiva informa que na próxima segunda-feira haverá uma reunião envolvendo a defesa civil, os peritos e o Ministério Público. A intenção é esclarecer que projetos e alternativas já existem para se resolver o problema. "Optamos por fazer o depósito judicial para a contratação da perícia. Nesta reunião vamos verificar o que já existe em termos de solução", aponta o coordenador da Defesa Civil, citando a possibilidade de instalar espigões, a exemplo do que foi feito na praia do Meio, e de aumentar o tamanho da faixa de areia, como foi feito no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro.

A situação de calamidade está decretada a respeito da orla de Ponta Negra há exatos três meses. No dia 13 de julho deste ano, um decreto da prefeita estabeleceu a calamidade na área. Posteriormente, o Governo Federal liberou R$ 4 milhões para restaurar a orla. Desde aquele dia, o calçadão de Ponta Negra está interditado em vários pontos. Os visitantes contudo continuam a usar o espaço da praia sem maiores problemas, mesmo com o cenário de destruição que tomou conta do lugar em vários pontos do passeio público.

O calçadão de Ponta Negra não resistiu à força das marés e ruiu em cerca de doze pontos,ao longo dos 2,5 quilômetros do passeio. No último dia 7 de julho, o juiz da 4ª Vara Civil de Natal Otto Bismarck determinou a interdição do calçadão,em caráter liminar. A  decisão atendeu ação civil impetrada pela Promotoria de Meio Ambiente, que busca a reordenação da Orla de Ponta Negra. Além de medidas de isolamento e sinalização dos trechos, a decisão determinou a elaboração de laudo para apontar soluções emergenciais e definitivas na luta contra a erosão costeira. De acordo com levantamento da Semsur, a extensão dos danos causados no local chegam "a cerca de 300 metros"- aparentemente,os estragos no calçadão correspondem a pelo menos o triplo do divulgado no documento da Secretaria. Embora a interdição tenha sido determinada entre os quiosques 12 e 18, os problemas começam já a partir da descida para a Avenida Erivan França, a partir dos quiosques 5.

O dinheiro liberado pelo Governo Federal não foi utilizado até agora, segundo Carlos Paiva, por conta da falta de um estudo mais aprofundado acerca da questão. "É preciso um estudo mais aprofundado, que leve em conta várias situações, a dinâmica daquela área. Executar uma obra naquele local sem ter esse estudo é jogar dinheiro fora", disse o coordenador. "O mar vem avançando em todas as cidades costeiras. Não é um problema unicamente de Natal", encerra.

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