Emissário Submarino deveria estar pronto em 2010

Nominuto.com - 29/nov/2009, por Maiara Felipe
Fotos: Vlademir Alexandre, Maiara Felipe e César Augusto

A morosidade das ações está prendendo a utilização de R$ 81 milhões, recurso garantido para obra pelo PAC.

O convênio foi assinado no final de 2007. Passou 2008, está terminando 2009, e provavelmente nem mesmo em 2010, data que era prevista inicialmente a conclusão do projeto, as obras do emissário submarino serão iniciadas. A torcida na Companhia de Água e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) é que a execução seja iniciada pelo menos até o final do próximo ano.

Ninguém declara oficialmente, mas o medo é que projeto de destinação final dos esgotos da zona sul de Natal, custeado pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), seja vetado com o fim do atual mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva, caso ele não eleja um sucessor nas próximas eleições. Mas a troca de Governo por si só, não justificaria o veto, a morosidade das ações está prendendo a utilização de R$ 81 milhões, recurso garantido para obra.

No primeiro semestre deste ano, a Caern correu contra o tempo para não perder a verba do Governo Federal. A concessionária precisava fazer o primeiro pagamento referente ao emissário até o final de setembro, sob pena de ter o dinheiro destinado para outra obra do estado. O gerente de projetos da Caern, Josildo Lourenço (foto), garante que o convênio não determina o tempo final da obra, mas ressalta que não se pode prender um recurso por tanto tempo. Ele reconhece que as discussões sobre o projeto são necessárias. Porém, é preciso chegar a um consenso, seja para colocar o emissário em prática ou não.

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“Hoje o problema é a falta de informação. As pessoas acham que o emissário é um tubo que vai jogar esgoto na praia de Ponta Negra. O que existe muito é distorção de informação”, acredita Josildo.

O primeiro projeto da Caern, pretendia fazer uma tubulação de 5 quilômetros para lançar esgoto com apenas tratamento preliminar – retirar somente grandes detritos - assim como é feito nos 22 emissários do país. O Conselho Municipal de Saneamento (Consab) e o Ministério Público pediram estudos mais aprofundados sobre a seguridade do projeto.

“Encomendamos um estudo a Copptec (UFRJ), depois a Start ( consultora), baseada nesse estudo apresentou as 12 opções de destinação final do esgoto da zona Sul. O emissário de 2.732 metros com tratamento secundário ( retira 97% dos coliformes fecais e 92% da carga orgânica ) foi o mais viável ambientalmente e economicamente”, resumiu o gerente de projetos.

A opção foi apresentada as autoridades do setor ambiental, como o Ministério Público, passou por alguns debates na Câmara Municipal, a Caern promete ainda convocar os conselhos comunitários dos bairros atingidos e ainda esclarecer a todos que pediram mais informações sobre o projeto.

Mesmo assim, para ter uma segunda opinião sobre os estudos, a promotora do Meio Ambiente, Gilka da Mata, pediu a um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que faça um “estudo do estudo”. A promotora está preocupada com a extensão do emissário que diminuiu e ainda com a capacidade da Caern de tratar o esgoto antes de lançá-lo ao mar. Para Josildo, as pessoas que realizaram os estudos têm credibilidade para isso e não arriscaria assinar projetos que não acreditassem.

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O Idema já está de posse do que será o emissário e marcou uma audiência pública para o dia 28 de dezembro, mas o por perdido do Ministério Público, o encontro deverá ser adiado por 90 dias. Partindo da data dessa audiência, que deve ser em março de 2010, a Caern aponta o seguinte cronograma: conclusão do projeto executivo (julho); licitaçãointernacional (outubro), deve durar três meses caso não haja recursos da empresas concorrentes; ordem de serviço sairia em novembro ou dezembro.

“Acho que corremos o risco de perder esses recursos. Estamos postergando uma decisão comprovadamente boa. Na semana passada, convocamos os empresários do turismo pra uma reunião e apenas três pessoas apareceram. Mas é a sociedade quem sabe o que quer. Se acha que o emissário não é viável agora, discutiremos mais, agora, recurso não bate na porta todo dia”, declarou Josildo.

Tratamento terciário

Uma das críticas mais ouvidas em relação ao emissário é o tipo de tratamento escolhido para o esgoto. Para algumas pessoas, o tratamento terciário que permite o reuso da água, é o mais adequado. Josildo informa que a Caern poderia até escolher essa opção, mas o Rio Grande do Norte precisa de um projeto que desenvolva, em vária áreas, a aceitação desse tipo de água.

“Os estudos apontaram que o esgoto poderia ser lançado a 2 mil metros com tratamento preliminar. Por uma questão se segurança, colocamos com tratamento secundário. Utilizar terciário, seria utilizar uma metralhadora para matar um passarinho”,declarou.

O emissário

A previsão mínima de duração da obra do emissário submarino são dois anos. Mesmo assegurado os R$ 81 milhões, não é de conhecimento da Caern ainda se esse recurso será todo utilizado, somente o projeto executivo poderá apontar, mas se estima o uso de apenas R$ 45 milhões. “Quando a extensão era de 5 quilômetros, era esse valor, mas como diminuiu não sabemos ainda. Porém, a tubulação diminui e surgiu uma Estação de Tratamento”, esclareceu Josildo.

A rede coletora de esgotos de diversos bairros da zona Sul de Natal e Nova Parnamirim terá como destino a Estação de Tratamento e depois a tubulação do emissário, que ficará no terreno da Barreira do Inferno. O projeto prevê a destinação dos esgotos produzidos por mais de 265 mil habitantes, chegando a 445,6 mil habitantes até 2029.

21 perguntas sobre o emissário submarino
por Zenaide Castro

O projeto é polêmico e vem gerando discussões, manifestações por parte de entidades ambientalistas e questionamentos da sociedade. Saiba como funciona, quais os benefícios e os riscos que poderão ocorrer com a implantação de um emissário submarino em Natal.

1 - O que é um emissário submarino?

Emissários submarinos são estruturas físicas construídas principalmente de tubulações apropriadas para o lançamento no mar, de esgotos sanitários ou industriais depois de tratados. No processo, aproveita-se a elevada capacidade de autodepuração das águas marinhas que promovem a diluição, dispersão e o decaimento de cargas poluentes remanescentes dos processos de tratamento aplicados.

2 - Quais as vantagens desse sistema?

A eficiência na disposição e tratamento dos esgotos domésticos e industriais; a poluição mínima em terra; o baixo custo de operação, e a preservação dos rios costeiros.

3 - Como funciona um emissário submarino?

Geralmente os emissários são enterrados nos primeiros 300 metros da costa. A partir daí, são assentados no fundo do mar, ancorados por estruturas especiais destinadas a mantê-los submersos e fixos. A tubulação que constitui um emissário é apenas o meio de transporte que conduz os esgotos até o ponto afastado da costa litorânea, de modo que a partir deste ponto se dê a dispersão e a diluição sem afetar as condições de balneabilidade da zona de praia.

4 - Qual a distância entre a praia e o local onde serão despejados os dejetos?

O emissário submarino lançará o esgoto no mar a uma distância de 2.732 metros. Os dejetos receberão o tratamento denominado do tipo secundário, onde serão retirados os sólidos grosseiros como areia, óleos, graxas e lavagem de gases. O projeto terá ainda lagoas de polimento e filtros para a retenção de algas.

5 - Qual será a sua localização?

O projeto do emissário foi feito para se implantado em um terreno sob domínio da Barreira do Inferno, margeando o muro que separa a Vila de Ponta Negra do terreno da barreira e penetrando no mar na praia de Alagamar, em um ponto distante aproximadamente 1.500 metros do Morro do Careca.

6 - Quanto vai custar o investimento?

A obra está orçada em R$ 81.400.000,00 (oitenta e um milhões e quatrocentos mil reais).

7 - E o que garante que o emissário não irá poluir a costa?

Os esgotos são previamente tratados e bombeados através dos emissários para que possam alcançar o ponto de lançamento final.

8 - Como se dá o processo de tratamento?

A estrutura que envolve um emissário submarino começa com a coleta dos esgotos domiciliares ou industriais de uma cidade litorânea. Os esgotos são recolhidos e bombeados para as estações de pré-condicionamento - EPC - ou tratamento preliminar, ou de tratamento primário/secundário.

9 - E o tratamento do esgoto é seguro?

Na EPC o esgoto recebe um tratamento preliminar, que se constitui em três etapas de limpeza. Primeiro, o esgoto passa por grades que retém garrafas, embalagens plásticas, pedaços de madeira, trapos e toda a espécie de detritos lançados na rede. Depois, um conjunto de peneiras remove resíduos mais finos que podem chegar até o diâmetro de um milímetro. Em seguida, nas caixas de areia são retidos os sólidos grosseiros e são filtradas as substâncias como óleos e graxas.

10 - E quando o esgoto é jogado ao mar?

Antes de seguir para o emissário, o esgoto tratado poderá ser até desinfetado, se necessário. Nos últimos metros do emissário ficam os difusores (zona de mistura), furos por onde o esgoto é lançado ao mar. A zona de mistura passa por um monitoramento constante para verificar se o emissário não está provocando algum impacto ambiental. Em seguida, o esgoto lançado se dispersa no local formando uma pluma. Após alguns segundos, em contato com a água do mar, a concentração dele é reduzida em 100 vezes, predominando o carreamento da pluma sempre para fora da zona de balneabilidade.

11 - O projeto pode ser readaptado, depois de implantado?

O que caracteriza a solução de tratamento e o emissário projetado para a Zona Sul de Natal é a futura reversibilidade da destinação final, sem alterações significativas nas unidades de tratamento. Até mesmo o emissário, em seu trecho marítimo, poderá ser reaproveitado para lançamento de águas pluviais das bacias de drenagem de Ponta Negra.

12 - Que garantia a população tem de que o emissário não irá provocar um desastre ecológico, em caso de rompimento?

Uma das exigências do IDEMA é que o emissário seja constantemente monitorado. Em caso de rompimento da tubulação, a operadora dos serviços ficará obrigada a priorizar o imediato reparo do sistema.

13 - Em que locais esse sistema já foi implantado?

Em diversos países. Atualmente, existem mais de duzentos emissários em todo o mundo, como na África, Argentina, Austrália, Bermuda, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Portugal, entre outros.

14 - E no Brasil existem emissários em funcionamento?

Sim. No Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Fortaleza, Manaus e Maceió.

15 - Por que a Zona Sul de Natal foi escolhida para receber o emissário submarino?

Foram estudadas diversas alternativas de destinação final para os esgotos da Zona Sul da cidade, incluindo o lançamento nos rios Pirangi, Potengi, Jundiaí, a infiltração, injeção forçada no solo e reuso agrícola. Entretanto, todas essas opções foram descartadas. A solução encontrada foi instalar o sistema em Ponta Negra.

16 - Quem irá decidir pela implantação do emissário?

A sociedade civil organizada, através dos órgãos de fiscalização e controle ambiental. Todos os estudos solicitados pelos órgãos competentes foram apresentados pela CAERN em audiência pública. O próximo passo será submeter o projeto ao IDEMA, onde qualquer cidadão poderá ter acesso aos estudos e fazer as reivindicações que julgar convenientes.

17 - A sociedade está consciente do projeto de implantação do emissário em Natal?

Segundo a Associação dos Moradores, Empresários e Amigos de Ponta Negra (AMEPONTANEGRA), a sociedade só está tomando conhecimento do assunto através de algumas reportagens veiculadas nos meios de comunicação.

18 - E o que está sendo feito para levar o assunto ao conhecimento público?

Devido à pouca transparência do projeto, as entidades daquela região, como a SOS Ponta Negra, a Associação Filhos de Ponta Negra, a Associação Potiguar Amigos de Ponta Negra, entre outras, estão se mobilizando para alertar à população sobre os riscos para o meio ambiente que poderão ocorrer com a implantação do projeto.

19 - E o que já foi feito neste sentido?

No dia 14 de novembro foi realizado um abraço simbólico no mar de Ponta Negra, com o objetivo de chamar a atenção para o problema. As entidades defendem que os esgotos sejam reaproveitados como matéria-prima para setores como a agricultura, com o uso de tecnologia adequada, e não que sejam jogados ao mar como irá acontecer com a implantação do emissário submarino.

20 - Os estudos complementares apresentados pela CAERN são considerados suficientes pelo Ministério Público?

De acordo com o site SOS Ponta Negra, em 22/10/09 a CAERN apresentou o resultado final dos estudos complementares realizados. Antes mesmo de levar os estudos complementares para o órgão licenciador (que é o IDEMA, que está atuando por delegação do IBAMA), a CAERN realizou na sede da empresa duas apresentações públicas sobre os estudos. O Ministério Público elogiou a transparência da CAERN em apresentar os estudos antes mesmo de serem encaminhados ao IDEMA, mas nas oportunidades que teve de se manifestar registrou ainda a ausência de estudos sobre a biota marinha, sobre a atividade pesqueira do local. Portanto, para o MP os estudos ainda não são suficientes.

Outro questionamento do órgão para a CAERN foi relativo à suficiência dos dados que alimentaram o estudo de modelagem computacional. Segundo os técnicos que realizaram os estudos para a CAERN, a garantia da balneabilidade da praia é dada pelo resultado do estudo de modelagem computacional, que simula como seria o comportamento da pluma de contaminantes que chega ao mar. O resultado desse estudo é que permite sugerir a extensão do emissário. A questão que mais preocupa é se os dados que alimentaram esse modelo foram realmente suficientes.

21 - Quais são as maiores preocupações do Ministério Público em relação ao emissário submarino?

As principais estão relacionadas com a possibilidade de contaminação do meio marinho por microorganismos. Há também as relativas ao excesso de nutrientes que podem levar à eurofização (com a proliferação de algas) e o aumento da turbidez (a água fica com aparência turva). A maior preocupação diz respeito à garantia da balneabilidade da praia. Os estudos precisam ser muito completos para não restar nenhuma dúvida acerca dessa questão.

O Nominuto.com ouviu a Caern, o geólogo Eduardo Bagnoli - presidente da Associação dos Moradores, Empresários e Amigos de Ponta Negra (AMEPONTANEGRA) e o SOS Ponta Negra.

.: Pré-Conferência da Cidade do Natal dia 30/nov

Participe da 4ª Conferência da Cidade do Natal

Será nos próximos dias 10 e 11 de dezembro a 4ª Conferência da Cidade do Natal. O evento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) terá como tema “Cidades para Todos e Todas com Gestão Democrática Participativa e Controle Social” e “Avanços, Dificuldades e Desafios na Implementação da Política de Desenvolvimento Urbano”.

No dia 30 de novembro acontecerá a Pré-Conferência, onde serão eleitos 140 delegados para atuar na Conferência. Os gestores, administradores públicos e legislativos contabilizaram 59 delegados, os movimentos sociais e populares terão 37 delegados, já os trabalhadores, através dos sindicatos, poderão eleger 14 delegados, os empresários relacionados à produção e ao financiamento do desenvolvimento urbano poderão ter a mesma quantidade de delegados que os sindicalistas, as entidades acadêmicas escolherão seis e as ONGs poderão ter 10 delegados.

A Semurb instalará uma comissão preparatória que definirá o regimento municipal contendo os critérios de participação para a conferência e para a eleição de delegados da etapa estadual. A secretaria também marcará data, local e pauta da Conferência, contemplando as questões municipais e regionais, além dos temas estaduais e nacionais.

As atividades acontecerão no auditório da UnP da Floriano Peixoto, Petrópolis.

CALENDÁRIO

. 30 de novembro de 2009
4ª Pré-Conferência da Cidade do Natal

. 10 e 11 de dezembro de 2009
4ª Conferência da Cidade do Natal

. 18 a 20 de março de 2010
4ª Conferência das Cidades do Rio Grande do Norte

. 24 a 28 de maiode 2010
4ª Conferência Nacional das Cidades

A representação dos diversos segmentos na 4ª Conferência da Cidade do Natal/RN deverá ter a seguinte composição:

- Gestores, administradores públicos e legislativo municipal - 42,3% = 59 delegados(as);

- Movimentos sociais e populares - 26,7% = 37 delegados(as);

- Trabalhadores, por suas entidades sindicais - 9,9% = 14 delegados (as);

- Empresários relacionados à produção e ao financiamento do desenvolvimento urbano - 9,9% = 14 delegados (as);

- Entidades profissionais, acadêmicas e de pesquisa e conselhos profissionais - 7,0% = 10 delegados (as)

- ONG’s com atuação na área - 4,2% = 6 delegados (as).

.: IV Conferência Municipal de Saneamento Básico, de 26 a 28/nov

Convite

A Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento Básico do Município de Natal (ARSBAN) realizará, no período de 26 a 28 de novembro, no auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves -CEMURE (bairro Nossa Senhora do Nazaré - próximo à Rodoviária Nova), a IV CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO.

Esse ano o tema será “Saneamento básico: um direito Universal, responsabilidade de todos.” Os eixos temáticos serão:

1. Estado da arte e acompanhamento dos projetos e planos de saneamento da região metropolitana do Natal;

2. Gestão Integrada do Saneamento;

3. Controle Social: Instrumento e perspectiva;

4. Educação Sanitária e Ambiental como instrumento de cidadania.

Sua participação é muito importante para reunir críticas e sugestões sobre o saneamento da nossa cidade, formar um diagnóstico da situação atual e sinalizar diretrizes e metas voltadas à construção e aprimoramento de políticas públicas para o setor de saneamento básico.

Informações: 3232-9316

Caern diz que resistência ao Emissário é “falta de informação”

Nominuto.com - 24/nov/2009, por Marília Rocha | Foto: Ohara Oliveira

Gerente de Projetos, Josildo Lourenço, defende a obra como solução para tratamento dos esgotos da zona Sul de Natal.

O emissário submarino foi tema da entrevista do Jornal 96, da 96 FM na manhã dessa terça-feira (24) com o gerente de projetos da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), Josildo Lourenço. Ele afirmou que o emissário é a solução para o tratamento dos esgotos da Zona Sul de Natal.

“O movimento contra o projeto do Emissário é motivado pela falta de informação e por isso, a partir dessa semana a Caern realiza encontros com todas as classes envolvidas para explicar o projeto”, destaca Josildo.

O engenheiro e responsável pelo projeto do Emissário Submarino, Josildo Lourenço, conta que o interesse da Caern é tratar o esgoto e não poluir, como dizem os contrários ao projeto. “Não há risco de contaminação. O esgoto que vai ser transportado na estação de tratamento biológica e será tratado de forma que não teremos prejuízos com poluição”, afirma.

As regiões beneficiadas serão as da Zona Sul nos bairros de Capim Macio, Neópolis, Ponta Negra. Ele explicou o que é o Emissário Submarino e os benefícios para a população. “O Emissário é uma tubulação que vai conduzir em alto mar, mais de 2.732 metros de distancia da praia, o esgoto já tratado”, destaca Josildo.

Além disso, Josildo destaca as vantagens para Natal. “Vamos estar coletando o esgoto sul de forma segura do ponto de vista sanitário e ambiental, com estação de tratamento próximo a Rota do Sol. Essa é uma solução técnica, econômica e seguro de tratar os esgotos de Natal”, frisa o engenheiro.

Ele apontou que no Brasil existem 22 projetos de emissários, todos sendo conduzidos por equipes técnicas de engenheiros e sanitaristas. No Rio Grande do Norte, o projeto possui nível secundário, ou seja, o mais desenvolvido, sendo superior ao projeto preliminar e primário.

“O conselhos de especialistas que teria que ter o nível maior de tratamento secundário no Rio Grande do Norte. O projeto potiguar tem estudos de hidrodinâmica costeira, condicionamento e garantia de distanciamento do tratamento preliminar dos esgotos”, destaca.

Sobre o possível mau cheiro causado nos arredores da Barreira do Inferno, Josildo garante. “Os gases vão ser lavados, para evitar mal cheiro no entorno. O presidente pretende instalar a desinfecção total dos coliformes, antes de serem lançados ao mar”, justifica.

O Emissário Submarino tem investimento avaliado em R$ 700 mil com preservação da fauna e da flora marinha e deve ficar pronto em meados de 2012.

.: Fotos de Ponta Negra: poluição e descaso, por Guttenberg Martins

[clique nas imagens para ampliar]

"Caro Yuno,

Estive sábado pela manhã (21/nov) em Ponta Negra para colher algumas imagens por puro lazer. Contemplei algumas não muito saudáveis.

Envio as fotos em anexo.

A boca de lobo está situada em frente ao antigo Patronato (hoje Hotel DBeach, próximo ao Morro do Careca).

Abs

Guttenberg Martins"

>>> Sem comentários, as fotos justificam NOSSA luta! Obrigado Guttenberg pelas imagens e pela atenção de sempre.


.: Ong Baobá convida: Dia Mundial sem Carne, dia 25 no Alecrim

C O N V I T E

Sustentando a Vida na Alimentação Saudável

Quando?
25/nov (quarta-feira), das 9h às 12h

Onde?
Calçadão do Comércio do Alecrim/Natal/RN

O quê?
1. Palestra sobre alimentação vegetariana
2. Distribuição de mudas de Pau-brasil
3. Doação livro de Mª Laura Packer
4. Exibição de filmes ambientais
5. Mostra fotográfica
6. Distribuição de arroz integrar
7. Yoga – Paz e benefícios para saúde
8. Campanha Ônibus Elétrico Híbrido
9. Exposição de veículos elétricos

Por que?

Viver de Modo Sustentável no Planeta. Queremos contribuir com a educação e conscientização coletiva sobre os efeitos climáticos e como podemos minimizar esse problema ambiental com relação ao aquecimento atmosférico, provocado em parte pela criação de animais para o consumo humano.

Apoios

Evetech – veículos elétricos

Kero Kero Alimentos

Lucgraf

Curso de Nutrição da UnP

Ibama

Secretaria Estadual de Saúde

Semob

Horto Florestal Pq das Serras

Instituto Reação Periférica

Instituto de Valorização Amb. e Humana

Casa do Bem

Manoa Park

JB Vídeo

Projeto Tamar

JM locadora Festa

Mestre Sala Produções e Eventos

Contato
Haroldo Mota – tel.: 9927.6555
ongbaobacontato@gmail.com
haroldofmota@gmail.com

Aguardamos vocês!

.: Ponta Negra está suja e banguela - por Alexandro Gurgel

Foto: Alex Gurgel
www.grandeponto.blogspot.com


O mais conhecido cartão postal de Natal, a praia de Ponta Negra está imprópria para banho. A afirmação foi feita pelo IFRN (Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Norte) e pelo IDEMA (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente), de acordo com um estudo de balneabilidade.

O estudo identificou três locais impróprios para banho: Ponta Negra, nas proximidades do Morro do Careca; foz do Rio Potengi, na praia da Redinha; e o balneário do Rio Pium, em Parnamirim. As três praias contêm altos índices de coliformes fecais, que excedem o limite permitido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

No caso da praia próxima ao Morro do Careca, a explicação do professor e geólogo do IFRN, Ronaldo Fernandes Diniz, que coordena o estudo da balneabilidade, está no sistema de esgotamento sanitário. Ele disse que houve rompimento de instalações de esgoto em Ponta Negra, que contribuiu para tornar a praia do Morro do Careca impróprio para banho.

O rompimento nas instalações de esgotos se deu pelo excesso de “ligações clandestinas” na rede principal, o que ocasionou o acúmulo de dejetos nas tubulações. Não adianta ficar culpando o Poder Público pela má qualidade da água da praia porque os próprios empresários e moradores (tá certo, que nem todo mundo) de Ponta Negra estão contribuindo para poluir a praia.

.: Aphoto promove Expedição Fotográfica em Ponta Negra

A Associação Potiguar de Fotografia reúne neste sábado (21) seus sócios e simpatizantes para um passeio fotográfico pela praia de Ponta Negra, o mais famoso cartão postal da cidade.

O objetivo da expedição fotográfica é captar as belezas e as mazelas de Ponta Negra, sem esquecer de observar a diversidade dos frequentadores da praia, onde gringos e natalenses se encontram em dias de sol para se esbaldar nas suas águas mansas.

Um grupo vai sair às 08h00 da manhã, do Practical Cursos (atrás da Igreja do Galo na Cidade Alta), para se juntar a outros grupos no local do encontro final, na Igreja da Vila de Ponta Negra. Os aventureiros começam a expedição às 08h30 a partir da Igreja.

Qualquer fotógrafo (profissional ou amador) pode se juntar ao grupo para fotografar a praia de Ponta Negra. Não será cobrado nenhum tipo de taxa.

Expedição Fotográfica em Ponta Negra
Dia: 21 de novembro (sábado)
Horário: a partir das 08h30
Ponto de encontro: Igreja da Vila de Ponta Negra
Contato: 8896-5436 (Alex Gurgel) / alex-gurgel@oi.com.br

* Fonte: www.grandeponto.blogspot.com

** A divulgação da atividade acabou se tornando um registro por motivo de saúde: gripe braba me tirou de tempo, mas foi curada com chá de alho com limão, mel e própolis.

.: Caern vai [tentar] explicar à população o emissário submarino no dia 28/dez

>>> Antes do dia 28/dez, a Caern irá TENTAR explicar o projeto do emissário submarino durante a Audiência Pública marcada para esta quinta, dia 19, às 9h30, na Assembléia Legislativa.

DIÁRIO DE NATAL - 17/nov/2009

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) vai desenvolver, a partir desta semana, uma campanha educativa com o objetivo de detalhar, para todos os segmentos da sociedade, o que é um emissário submarino, como funciona e onde já foi implantado com segurança comprovada. A campanha dará ênfase ao projeto do Emissário Submarino da Barreira do Inferno, indicado por estudos técnicos como a melhor solução para o destino final dos esgotos coletados e tratados da zona Sul de Natal e Nova Parnamirim.

Além de produzir panfletos educativos que serão distribuídos à população, a Caern vai realizar oficinas e palestras específicas, atingindo toda a população setorialmente, destacando as áreas diretamente envolvidas. Os públicos-alvos da campanha serão os empresários do turismo, pescadores, surfistas, banhistas, moradores dos bairros que serão beneficiados com a coleta e tratamento dos esgotos e os setores mais técnicos, como universidades e faculdades. Serão também considerados as entidades representativas do comércio, da indústria e classistas, como Fecomércio, Fiern, Crea e Ministério Público.

Estudos

Depois de realizar estudos de alternativas, que gradativamente foram se aprofundando, os técnicos chegaram à conclusão que o emissário submarino é a solução mais viável para destinação final dos esgotos tratados da zona Sul de Natal e parte de Parnamirim. Após a conclusão dos estudos, que foram realizados por alguns dos maiores especialistas da área de saneamento ambiental do país, a Caern expôs o projeto para representantes do Instituto de desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Ibama), Ministério Público e Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Município de Natal (Arsban). O passo seguinte foi o envio do projeto para o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema).

“O Idema e o Ibama vão formar uma equipe multi-disciplinar para avaliar os estudos, desde a modelagem matemática até o impacto ambiental da obra”, explica o sub-coordenador de Licenciamento e Controle Ambiental do Idema, Hugo Alexandre Meneses Fonseca. Segundo ele, a audiência pública deverá ocorrer no dia 28 de dezembro, oportunidade em que a população, em todos os seus segmentos, poderá analisar e discutir minuciosamente todos os aspectos do projeto emissário submarino.

O diretor-presidente da Caern, engenheiro Walter Gasi, destaca que, embora a audiência pública só esteja marcada para o final do ano, a Companhia não vai esperar até lá para detalhar o projeto para a sociedade. Ele lembra que algumas audiências técnicas já foram realizadas para apresentar o projeto para órgãos ambientais, Prefeitura de Natal, Ministério Público e imprensa. “Nenhuma decisão será tomada sem consultar a população. A Caern vai dialogar com a sociedade e ouvir o Ministério Público, para tornar o processo transparente, sem nenhuma dúvida ou ponto questionável”, ressaltou Walter Gasi.

Após a avaliação do Idema, e em caso de aprovação dos estudos, a Caern terá 120 dias para fazer o projeto executivo, um prazo de três meses para licitação e dois anos para execução da obra, que tem assegurados recursos da ordem de R$ 81,4 milhões.

* Fonte: Assessoria de Comunicação da Caern

>>> Comentário pertinente: Espero que, mesmo com essa infeliz data agendada pela Caern para a tal explicação (uma segunda-feira, dia 28 de dezembro, em local ainda indefinido), possamos contar com a presença de um bom público interessado e interessante.

.: Emissário Submarino = 43,2 trilhões de coliformes por dia no mar | Audiência Pública sobre o assunto nesta quinta (19)

Se a informação estiver correta*, o projeto do Emissário Submarino apresentado pela Caern irá lançar - nada mais nada menos que - 43 trilhões, 243 bilhões e 200 milhões de coliformes fecais por dia no mar de Ponta Negra!!!!!

Para evitarmos o pior, sinta-se convidado a participar da Audiência Pública sobre o tema nesta quinta-feira (dia 19), às 9h30, na Assembléia Legislativa. Participe! Multiplique! O emissário é uma ameaça para toda a população - inclusive VOCÊ!!!

Os dados para o cálculo são os seguintes:

1. 70 mil coliformes a cada 100 ml de efluente lançado
2. 715 litros por segundo é a vazão prevista para o emissário
3. Com uma regrinha simples de 3 chegamos ao espantoso número de 700 mil coliformes por litro/segundo
4. A partir daí é só multiplicar por 60 e temos a quantidade por minuto
5. Nova multiplicação e teremos o valor por hora
6. Esse total ainda é multiplicado por 24 horas e teremos a quantidade por dia

= 43.243.200.000.000 de coliformes fecais por dia para 'nos esbaldarmos' no mar que banha a cidade.

Quero ver se o turista vai gostar dessa novidade 'aromática' e 'saudável'!? Quero ver se os vôos charters vão aumentar!? Quero ver se o Turismo será alavancado!? Quero ver o mercado imobiliário crescer!? Vamos prestar atenção, refletir e perceber que do jeito que está o emissário submarino será o tiro de misericórdia na vocação turística da capital do RN.

Pergunto: para quem os construtores/incorporadores/corretores/imobiliárias vão vender os imóveis depois que a coisa feder? Sim, eles são os grandes e principais interessados na implantação do emissário submarino, pois 'resolvendo' o problema do saneamento básico as construções serão totalmente liberadas.

E os empresários com atividades ligadas ao Turismo (hotéis/receptivos/restaurantes/locadoras de carro), vão fazer o que depois que a EME estiver feita? E os trabalhadores que tiram seu sustento da praia? E nós natalenses? Surfistas, pescadores, nadadores, banhistas... Se não agirmos com união e bom senso vamos ficar, literalmente, no meio da EME. E não é só em Ponta Negra, vai espalhar por todo o litoral da Grande Natal.

Lembro que em 2010 tem revisão do Plano Diretor. Alguém aí já parou para pensar nisso?! E o Plano Setorial de Ponta Negra? E a Área Especial de Interesse Social na Vila? Até agora nada, nem água - só coliforme!

* Informações divulgadas na imprensa

.: Esgoto joga dejetos na praia e irrita os turistas

TRIBUNA DO NORTE - 14/nov/2009

Os turistas e moradores de Natal que visitaram a praia de Ponta Negra na manhã de ontem não tiveram uma boa surpresa. Um bueiro entupido jorrava água de esgoto na avenida Erivan França, nas proximidades do Morro do Careca, que deixou o local com um mau-cheiro.

“É triste chegar aqui e ver que esse tipo de coisa acontece com o principal cartão postal. É um descaso com a população e com o turista que vem visitar a cidade”, disse o turista carioca Roberto Ferreira, que nunca tinha ido a Ponta Negra.

Roberto veio a Natal a convite do amigo Rômulo Mendes, que ficou envergonhado ao chegar em Ponta Negra. “Trouxe um convidado para conhecer Ponta Negra, mas não vamos ficar aqui. Cancelamos o almoço e vamos procurar outro lugar porque com esse fedor não dá para ficar aqui”, disse o aposentado Rômulo Mendes.

Segundo Cristiane Weber, gerente do hotel que fica em frente ao bueiro, o problema começou na manhã da última quinta-feira, mas até o final da manhã de ontem não havia sido resolvido.

“Eu liguei inúmeras vezes para a Caern, informei o problema e eles disseram que estariam mandando uma equipe, mas até agora nada. Isso não pode continuar assim, vamos perder clientes”, reclamou a gerente.

A assessoria de imprensa da Caern informou que uma equipe técnica foi enviada ao local no início da tarde de ontem para resolver o problema.

A companhia pede à população que quando ocorrer esse tipo de problema, é interessante ligar imediatamente para a ouvidoria do órgão e informar o ocorrido. Os telefones da Ouvidoria da Caern são 3232-4562 (das 7h30 às 11h30 e 13h30 às 17h30) ou o plantão 0800 840195.

.: Via Costeira: Carro bate e derruba poste novo

DIÁRIO DE NATAL - 16/nov/2009
Foto: Eduardo Maia/DN/D.A Press

Prejuízo: Fiat Uno subiu canteiro e levou ao chão poste implantado na reforma

Um acidente na Via Costeira ocorrido por volta das 13h30 de ontem (15) levou ao chão o primeiro poste implantado recentemente durante as obras que vêm acontecendo na avenida. Um Fiat Uno vinho, com placas MYM 4300, de Ceará-Mirim, teve um dos pneus dianteiros estourados. Perdendo por completo o controle da direção, o design gráfico Gileno Brandão, 31 anos, que estava acompanhado da esposa, Marileide Brandão, 26, subiu no canteiro central e colidiu com um poste.

Apesar dos estragos, os dois sofreram ferimentos leves, receberam atendimento do Samu no local e passam bem.

De acordo Gil Cleto, irmão de Gileno que estava no local, o casal havia saído de um encontro de casais que ocorreu pela manhã em um dos hoteis da Via. "Eles são evangélicos e a batida não foi motivada por bebida alcóolica, mas só não houve algo mais sério porque eles usavam cinto de segurança", informou.

O trecho do acidente, próximo ao hotel Imirá Plaza, permaneceu congestionado por alguns instantes até a retirada do veículo. A reportagem não conseguiu informações sobre quem vai arcar com os prejuízos do poste.

>>> Comentário pertinente: Não precisa nem dizer que a obra de duplicação da Via Costeira é uma grande piada! Não há espaço para acostamento, não há espaço para os pontos de ônibus, não há espaço para calçadão nem ciclovia... sem falar que a duplicação 'meia-boca' só tornou a via ainda mais perigosa. Até quando vamos assistir a implantação de obras mal-feitas, remendos... tudo nas coxas! Sem comentários.

.: Associação não quer ‘emissário’

TRIBUNA DO NORTE - 15/nov/2009
Foto: Júnior Santos

Um abraço simbólico no mar. Essa foi a forma que a Associação dos Moradores, Empresários e Amigos de Ponta Negra (AME-Ponta Negra) encontrou para protestar contra o emissário submarino que a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte pretende implantar na praia mais famosa de Natal.

Surfistas e frequentadores da praia se reúnem para um abraço simbólico no marNa manhã de ontem, surfistas, empresários e frequentadores da praia se reuniram para mostrar a insatisfação com o projeto da Caern. “Esse tipo de obra é arcaica. Hoje em dia ninguém mais utiliza emissários. O correto seria a reutilização dessa água em uma série de setores como indústria e jardinagem, por exemplo”, disse o presidente da AME-Ponta Negra, Eduardo Bangoli.

Ainda segundo Eduardo, a Caern poderia construir um aqueduto, que seria uma espécie de submarino ao contrário. Ele explicou ainda, que o tipo de tratamento sugerido pela Caern não será suficiente para tirar todas as impurezas.

“Os dados apresentados pela Caern não são confiáveis. O emissário é totalmente inseguro porque o tratamento secundário não retira todas as impurezas, ou seja, vão jogar água suja no mar e acabar poluindo ainda mais o oceano”, justificou Bangnoli.

O bugueiro Atamir Trajano também é contra o emissário. “Nós temos exemplos concretos de que esse emissário não é viável. Boa parte das praias urbanas de Fortaleza e Maceió está imprópria para banho em virtude dos dejetos lançados pelos emissários. Não queremos que Natal fique assim”, disse o bugueiro.

Para o presidente da AME, o emissário submarino é o tiro de misericórdia que falta para acabar com o turismo em Natal.

Para finalizar a movimento, a Associação colocou uma faixa de 30 metros em cima do Morro do Careca, com a frese: ‘QUE EMISSÁRIO É ESSE?’. As crianças e os adolescentes do projeto Pau e Lata, da Vila de Ponta Negra também fizeram uma apresentação no local.

Emissário

Para a Caern, a melhor opção para resolver o problema de saneamento em Ponta Negra é o emissário submarino longo, de 2.732 metros, sendo 2.600 de emissário submarino e 132 metros de rede difusora. O tratamento denominado do tipo secundário terá lagoas de polimento e filtros para retenção de algas.

Somente após o tratamento, o esgoto será lançado no emissário que terá dois trechos distintos. A parte terrestre com 3.500 metros, será construída dentro da área da Barreira do Inferno e toda ela será enterrada. A parte marítima terá 2.732 metros a partir da zona da praia.

A promessa da Caern é de implantar o emissário depois de discutir todo o processo com a população e o Ministério Público. Para isso o projeto estará disponível no Idema e na própria Caern. A primeira audiência pública foi marcada para o dia 28 de dezembro (segunda-feira).

>>> Comentário pertinente: Antes Antes da Audiência marcada pela Caern, teremos no próximo dia 19/nov, às 9h30, na Assembléia Legislativa, uma Audiência Pública sobre o caso do Emissário Submarino. Participem!

.: Que emissário é esse? - por Canindé Soares

[Fotos de Canindé Soares - clique nas imagens para ampliar]

CANINDESOARES.COM - 14/nov/2009

Sábado, dia 14, pela manhã na praia de Ponta Negra as Ongs AMEPONTANEGRA, SOS Ponta Negra, Filhos de Ponta, ASPOAN, Surfistas de Cristo, grupo de percussão Resistência da Lata, amigos, freqüentadores e moradores da Natal limpa, organizaram e participaram de um protesto contra a construção do emissário submarino da CAERN, obra que levará para o alto mar os dejetos orgânicos de Ponta Negra, Capim Macio e Parnamirim.



Enquanto uma faixa enorme era colocada no topo do morro do careca com a frase “Que emissário é esse?”, surfistas entravam no mar para um abraço simbólico.

[Fotos de Canindé Soares - clique nas imagens para ampliar]

.: Querem apodrecer Ponta Negra!!!

[foto: Eduardo Bagnoli]

DeSaboya.com - 15/nov/2009

A cidade, ontem, assistiu a uma manifestação daquelas bem indignadas, responsáveis, gritos sem fim! Tem cabimento o governo querer fazer dos mares de Ponta Negra um esgoto?!

Sim! Sim!

E ontem, surfistas, batedores de lata, gente que ama Natal apareceu. Hum... eco-terroristas atacam o Morro do Careca?! Peraí! Não seriam eles os eco-conscientes? Na faixa que escorreu pelo tão sofrido Morro do Careca... "Que Emissário é esse?".

Foi um dia de gritos e bastas. De amor por Natal!

Só senti falta de uns xiitas, que foram gritar contra a construção civil, certa vez, dali. Quer dizer que coco pode, prédios não!!

O que vale é que a população está se movimentando. Para um basta nessa ideia de jerico.

>>> Comentário pertinente: Primeiro queremos agradecer ao jornalista Chrystian de Saboya pela atenção e apoio à causa (que é de todos nós!); segundo que precisamos corrigir uma pequena informação: o mesmo grupo que lutou contra a construção dos cinco prédios de 15 andares ao lado do Morro do Careca também protagonizaram o Abraço deste sábado (14), e, diga-se de passagem, não nos consideramos xiitas por querermos garantir a paisagem do principal cartão postal da cidade e nossa própria qualidade de vida.

.: Blog Vida Surf: QUE EMISSÁRIO É ESSE ??


Com o intuito de chamar a atenção da população e buscar explicação dos responsáveis, no último sábado (14/11) foi realizada uma movimentação aos pés do Morro do Careca em Ponta Negra – com o mote QUE EMISSÁRIO É ESSE?

Esse tipo de movimentação é super importante, pois não se sabe a real necessidade de implantação do emissário, o formato de projeto apresentado pela CAERN e que impacto ambiental isso trará para Ponta Negra.

Nós estivemos na praia e conversamos com Aldemir Calunga [ver vídeo], um dos organizadores do movimento.

.: Caern se defende, mas não convence

ELIANA LIMA / ABELINHA / TRIBUNA DO NORTE - 28/out/2009

Ao contrário do que a referida carta diz, quem estava na reunião demonstrou muita preocupação, diante da precariedade da argumentação técnica apresentada, assim como a precariedade do material didático exibido de uma forma geral.

Para um observador atento, a cena parecia até ter sido feito de propósito, para deixar dúvidas no interlocutor - no caso elesrama platéia, que não entenderam bulhufas do que estava sendo - mal - apresentado.

O melhor exemplo disso foi quando a promotora Gilka da Mata perguntou se os pescadores de Ponta Negra haviam sido consultados sobre os efeitos da obra, ou se os estudos contratados pela CAERN levavam em consideração a biota marinha da região e os potenciais impactos sobre ela, decorrentes da obra.

A CAERN contra-argumentou dizendo que tinha sido considerado o pior cenário - ou seja - descarte dos efluentes em cima de uma barreira de corais.

"Pura balela! Só quem quis acreditou!", diz Eduardo Bagnoli, presidente da Associação dos Moradores, Empresários e Amigos de Ponta Negra - AMEPONTANEGRA, que na ocasião representava a ABIH-RN.

Se Eduardo não entendeu, imagine a população leiga.

Para se ter idéia, Bagnoli é mestre em geologia, com especialização em dinâmica costeira, especialização em turismo e arqueologia, coordenador do Instituto de Ecoturismo do Brasil para o Rio Grande do Norte, com 32 anos de experiência em viagens por várias regiões do Globo, tendo visitado 45 países.

Voltando ao emissário, a quantidade de matéria orgânica declarada em alto e bom tom pela própria CAERN durante a reunião - 70 mil coliformes fecais por cada 100ml de efluente - quando despejada sobre os corais, entupiriam os mecanismos de filtração e alimentação destes organismos, matando-os em poucas semanas.

"Qualquer biólogo marinho, minimamente preparado, pode confirmar o que eu estou dizendo!", explica Eduardo.

"Os estudos da dinâmica costeira não são consistentes, portanto esses dados não podem ser utilizados na simulação computadorizada criada pelo Dr. Rosman, e aplicado pela Dra. Ada. Mesmo sendo o Dr. Rosman uma assumidade, que reconhecidamente o é, a sua fórmula não funciona quando nela se inserem dados inconsistentes: garbage-in.....garbage-out dizem os sistematicos e sábios norte-americanos nesses casos, ou seja: entre com lixo (dados inconsistentes) e a fórmula - por melhor que seja - te devolve....lixo! (na forma de resultados não confiáveis). Isso, que estou teorizando, se aplica perfeitamente para desqualificar o estudo da simulação da "pluma" de efluentes, que, segundo a Dra. Ada aflorará diante dos olhos incrédulos dos frequentadores da Praia do Forte. Trata-se de um caso clássico e didático de garbage-in.....garbage-out! . A CAERN quer nos fazer crer que esse estudo é valido, mas o bom senso diz que NÃO É!", afirma EB.

Continua - "Eu afirmo que não foram realizados, nem existem disponíveis, estudos com duração adequada, ou seja, que considerem as mudanças na velocidade e direção dos ventos; velocidade, intensidade e direção das correntes marítimas, da carga transportada por elas, etc. Isso, minimamente, deveria abranger um ciclo anual, ou seja, medidas que fossem feitas mês a mês até completar 12 meses e também - o que seria imperioso diante da importância dessa obra - ciclos naturais de longa duração: decenais ou seculares, capazes de detectar eventos - cíclicos ou não - com potencial catastrófico: marés anormalmente altas, efeitos de tsunamis que ocorrem vez por outra, ocasionados por movimentos da crosta terrestre na altura da Cadeia Meso-Atlântica (grande cicatriz aberta no meio do Atlântico, onde a atividade vulcânica e sísmica é freqüente), etc".

Mais: "Eu, que acompanho por fotos aéreas e avaliações de campo, quase que diárias, da praia de Ponta Negra, posso afirmar que a elevação do nível do mar, alegadamente causada pelo derretimento das calotas polares, está causando sérios danos a nossa praia. Entre 1995 e 2008 a praia perdeu incríveis 15m de sua berma original (parte alta e vegetada da praia). O efeito foi notadamente catastrófico no ano passado, quando as marés anormalmente altas destruíram mais de 10 acessos (escadarias e rampas) construídos em 2000, por ocasião da reurbanização pela qual passou Ponta Negra".

Desde a década de 50, época da inauguração da Usina de Paulo Afonso (BA), o Rio São Francisco deixou de levar a sua carga de sedimentos para o mar.

Esse rio, um dos mais importantes do Brasil, era o maior responsável pela alimentação (com o aporte de areia) das praias do Nordeste.

Desde aquele tempo outras barragens foram feitas nesse rio (Sobradinho, Xingó, etc), o que constitui um desastre para as comunidades situadas na costa do Nordeste, que perdem ano após ano seu território para o avanço do mar. As praias nessa condição são ditas "famintas" pelos especialistas em dinâmica costeira, pois perdem mais areia para o mar, do que o aporte natural de sedimentos pode compensar.

É por analogia ao exemplo supra-citado que se explica o porquê da construção dos gabiões (muros) de pedra da Praia de Areia Preta terem obtido, como resultado, o aprisionamento da carga de areia e o conseqüente engordamento daquela praia.

Essa areia, que antes alimentava as praias a jusante de Areia Preta, hoje lhes falta e é por essa razão que as praias do Meio, dos Artistas, e do Forte passaram a sofrer grandes erosões.

"Não acredito que os acadêmicos contratados pela CAERN tenham conhecimento desses fatos , ou que os tenham efetivamente levado em consideração em seus cálculos", enfatiza EB.

- "A Dra. Ada, que acredito seja recém-chegada ao RN, pode e deve - efetivamente - ter trazido uma boa tese de doutorado para a UFRN, mas, provavelmente não possui nem conhecimento, nem experiência acumuladas sobre a dinâmica costeira do RN, que é o meu caso, que moro e estudo a variáveis de nosso litoral há 24 anos!".

Para quem pensa que Eduardo Bagnoli é contra o Emissário, ledo engano.

Ele, conhecerdor profundo do assunto, quer apenas o que a população também: garantias para que não tenhamos um futuro de praias fecais.

E ele reafirma: - "A AMEPONTANEGRA não é contra a construção do Emissário, mas quer alertar a Sociedade para a necessidade de se fazerem estudos adicionais, aprofundados e de longa duração, antes de se fazer a opção por uma alternativa de engenharia que pode vir a prejudicar, de forma irreversível, o meio ambiente, e por conseqüência, toda a nossa Sociedade".

Moradores de Ponta Negra fazem protesto contra emissário submarino

Nominuto.com - 14/nov/2009, por Alisson Almeida

Movimentos sociais alertam para riscos ambientais, sociais e econômicos do projeto que vai lançar dejetos orgânicos no mar sem tratamento adequado.

''Emissário submarino é criminoso'', acusou Eduardo Bagnoli (foto).

A Associação dos Moradores, Empresários e Amigos de Ponta Negra (AME) realizou um protesto, hoje pela manhã, contra a construção do “emissário submarino” da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), obra que levará os dejetos orgânicos de Ponta Negra, Capim Macio e Parnamirim para o alto mar. A ação contou com a participação de moradores, surfistas, pescadores, empresários e diversos movimentos sociais do bairro.

Os manifestantes estenderam uma faixa no Morro do Careca, com a inscrição “Que emissário é esse?”, chamando atenção para o fato de que a população, em nenhum momento, foi ouvida sobre o projeto. De acordo com os organizadores do protesto, o emissário tem falhas estruturais, principalmente no que se refere à ausência de estudos sobre o impacto ambiental e o tratamento terciário dos efluentes (dejetos).

Para Eduardo Bagnoli, geólogo especializado em dinâmica costeira e aquíferos, presidente da AME, o projeto do emissário “é prejudicial ambiental, social, economicamente”. “É um projeto criminoso e indefensável, porque vai poluir a praia que é um dos maiores cartões-postais da cidade”, declarou.

Eduardo destacou que Natal é a última cidade do mundo que ainda opta por um emissário submarino. Ele alertou que a possível poluição provocada pela obra, além do risco à saúde da população, poderá desencadear um “efeito psicológico danoso para os banhistas”, principalmente para os turistas que vêm a Natal em busca das águas mornas da nossa costa urbana.

“Economicamente, o emissário é a ruína de Natal”, sentenciou, argumentando que toda a cadeia do turismo será afetada negativamente. O geólogo afirmou que os estudos nos quais a CAERN se baseou para elaborar o projeto levam em conta dados “inconsistentes”.

A alternativa, apontou, seria fazer um “aquiduto”, espécie de “emissário às avessas”, que, ao contrário do original, reaproveitaria a água dos esgotos em vez de lançá-la ao mar. “O projeto da CAERN só prevê o tratamento secundário dos dejetos, que não limpa a água totalmente. É preciso fazer uma estação de tratamento terciário, reutilizando a água em outras atividades, como na lavagem de pátios, em jardins, em indústrias e ainda no aeroporto multimodal de São Gonçalo do Amarante, que vai demandar grande quantidade de água”, opinou.

Manifestação

Dezenas de surfistas, com suas pranchas levantadas, fizeram uma corrente na areia em defesa da praia de Ponta Negra. Eles se diziam preocupados com o futuro do mar, “a nossa segunda casa”, segundo declarou um dos manifestantes.

Em seguida, os esportistas seguiram para a água, onde mesmo contra o movimento das ondas, fizeram um círculo simbolizando um abraço na praia.

As crianças e adolescentes do “Grupo de Resistência da Lata”, projeto de arte-educação da Vila de Ponta Negra, também participaram do ato com seus tambores feitos de material reaproveitado. O coordenador do projeto, Marcus Vinicius, disse que “a defesa da praia tem muito a ver com o trabalho desenvolvido pelo projeto, que é a luta pela preservação do meio-ambiente e da qualidade de vida na comunidade onde estamos inseridos”.

A moradora Marilene Dantas tomou a iniciativa de colher assinaturas contra o emissário. Em dois dias, segundo ela, quase duas mil pessoas já haviam assinado o documento. “Esse emissário vai causar vários transtornos para a população. A forma correta seria tratar a água, não jogar dejetos no mar sem tratar adequadamente. Nós queremos a forma mais eficaz, não a mais rápida”.

.: Vídeo: Nominuto Notícias destaca obras na Via Metropolitana

Nominuto.com - 13/nov/2009

Nominuto Notícias destaca “contestações” as obras no prolongamento da Prudente

O trecho compreendido entre os bairros Satélite e Emaús, onde está sendo construído o prolongamento da avenida Prudente de Morais, é caracterizado como reserva ambiental. De acordo com o promotor de Justiça Márcio Diógenes, a rodovia passa por duas zonas de proteção e sequer tem licença ambiental no município de Parnamirim.

Veja o vídeo, clique aqui!

.: Praia de Ponta Negra imprópria para o banho

Nominuto.com - 13/nov/2009

Rompimento de instalações de esgoto em Ponta Negra contribuiu para tornar Morro do Careca impróprio para banhistas.

Quem pretende curtir uma praia neste final de semana, deve evitar o banho nas proximidades do Morro do Careca, em Ponta Negra. Segundo estudo de balneabilidade, o cartão postal de Natal está impróprio para o banho.

O estudo foi realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e identificou, além do Morro do Careca, outros dois locais críticos.

Um deles é a foz do Rio Potengi, na praia da Redinha Velha, em Natal, e o outro, é o balneário do Rio Pium, em Parnamirim.

As três praias contêm altos índices de coliformes fecais, que excedem o limite permitido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), diz o resultado do estudo emitido agora há pouco pela equipe responsável pela coleta e análise da água das praias no Campus Natal-Central.

No caso do ponto próximo ao Morro do Careca, segundo o professor e geólogo do IFRN, Ronaldo Fernandes Diniz, que coordena o estudo da balneabilidade, a explicação está no sistema de esgotamento sanitário. “O rompimento de instalações de esgoto em Ponta Negra contribuiu para tornar a praia do Morro do Careca impróprio para banho esta semana”, avalia.

As amostras foram coletadas ontem (12) em trinta pontos monitorados semanalmente no litoral leste do Estado, entre Nísia Floresta e Extremoz. O estudo realizado pelo Idema e IFRN faz parte do programa Água Azul, e analisa as amostras com base na determinação do Conama.

Para o programa, os dois órgãos contam com a colaboração de instituições parceiras, como Governo do Estado, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos, Idema, Igarn, Emparn, UFRN e Ufersa.

O controle da qualidade da água é feito em todos os 410 quilômetros da costa potiguar. Na alta estação, o Idema aumenta em mais 18 pontos de coleta, além dos 30 feitos semanalmente durante o ano, e estende a análise em todo o litoral norte-rio-grandense.

Uma praia considerada imprópria não está necessariamente infectada por doenças. Porém os riscos de contaminação são significativos, devido ao elevado nível de coliformes fecais, juntamente com outras bactérias, vírus e fungos que podem trazer doenças.

O conselho aos banhistas é de que guardem uma distância mínima de 100 metros dos pontos e extremidades das áreas divulgadas, como medida preventiva. Convém lembrar que altos índices de coliformes fecais na água das praias podem ser responsáveis por doenças de pele, gastroenterite e até mesmo
Um novo boletim deve ser divulgado na próxima sexta-feira, dia 20 de novembro.

>>> Comentário pertinente: São 8h pelo horário de Brasília (7h em Natal), e ainda dá tempo de chegar na praia de Ponta Negra para o Abraço Mar-Terra QUE EMISSÁRIO É ESSE? (marcado para às 9h deste sábado, 14). Imaginem quando o emissário submarino for construído do jeito que está? Não vai sobrar nada pra contar a história!

.: Deu na ESPN Brasil: Natal pede ajuda!

ESPN Brasil :: Blog do Formiga - 12/nov/2009

Ponta Negra corre perigo

Amigos fãs de esportes, é hora de ajudar Natal e principalmente a praia de Ponta Negra, berço de Grandes nomes do esporte brasileiro como Felipe Dantas, Marcelo Nunes, Calunga entre outros milhares de esportista, turistas e familias...

Recebi um email do meu grande amigo Eduardo Bagnoli, geólogo e ativista ambiental a mais de 40 anos. Esse cara já salvou o sertão do Cariri e todo o interior da Paraíba e Rio Grande do Norte da devastação dos sítios arqueológicos, no estilo porta em porta na região. Ensinou, pacientemente, os moradores desses paraísos a valorizar e preservar esse sítios arqueológicos repletos de inscrições rupestres, explicando que um dia eles ganhariam mais dinheiro com o turismo bem elaborado do que moendo as pedras para fazer areia e cal.

Como acontece hoje - esse sertão está sendo um sucesso para quem quer curtir lugares extremamente belos e se surpreender com um visual e uma cultura riquíssima.

Eduardo Bagnoli já deu muita aula de conhecimentos no XtremeTV sobre movimentação de mares e formação de dunas no litoral do RN. Agora ele emite um alerta!

Querem construir um emissário que jogará todo o esgoto sem tratamento da cidade no mar. Segundo ele, estudioso sobre o assunto, essas bactérias e coliformes fecais vão contaminar uma das regiões mais belas do Brasil.

Por que não tratar o esgoto e usar parte da água para irrigar locais áridos da cidade e assim não poluir o mar verde azulado da cidade?

Uma movimentação de esportistas está sendo organizada pelo Eduardo e pelo Calunga, big rider nordestino. Eles esperam fazer uma grande corrente de surfistas no mar para sensibilizar a opinião pública e é claro os governantes.

Surfistas e kite-surfistas de Natal - esse sábado (14) é dia de você agradecer às ondas e aos ventos da Praia de Ponta Negra e dar um grande abraço no mar, defronte ao Morro do Careca!

Se liguem! Estejam lá às 9h!

Manifestantes se mobilizam contra implantação do emissário submarino


O SOS Ponta Negra promove evento que pretende alertar a população sobre os riscos do despejo de dejetos no mar.

Com o intuito de discutir a implantação do emissário submarino, moradores, surfistas, pescadores e empresários do bairro de Ponta Negra realizam o “Que emissário é esse?” neste sábado (14), a partir das 9h, no Morro do Careca. O objetivo é debater o projeto que planeja o depósito de dejetos orgânicos em alto mar.

A manifestação é desenvolvida pela SOS Ponta Negra, que levanta questões como falhas estruturais na implantação do projeto, ausência de estudos sobre o impacto ambiental e o tratamento terciário dos efluentes (dejetos), além da possibilidade de reuso da água resultante do processo.

De acordo com Eduardo Bagnoli, da Associação dos moradores, empresários e amigos de Ponta Negra (AmePontanegra), os estudos atuais são insuficientes para garantir a implantação do emissário com segurança. O presidente falou que o movimento peculiar da maré, com a corrente marítima, trará prejuízos para o meio ambiente com o refluxo dos efluentes.

Bagnoli falou ainda da mudança do projeto original. No primeiro momento, o cano responsável pelo despejo no mar seria de 5 km, contra 2,7 do pretendido atualmente. Outra preocupação foi a alteração proposta pela nova diretoria da Caern que pretende adotar o tratamento secundário do esgoto, com menos de 60% de pureza.

“Nós pretendemos que eles voltem atrás do projeto da antiga diretoria da Companhia de Águas e Esgotos, que queria fazer o tratamento terciário. Essa modalidade possibilita o reuso da água para outras atividades, descartando a possibilidade de construção do emissário”, disse Bagnoli.

O presidente revelou ainda que o projeto do emissário é ultrapassado e citou países da Europa como referência na reutilização de água para outros fins, como a descarga, por exemplo. “Essa obra é no mínimo condenável. É muito ultrapassada e esse tipo de construção só se permite aqui no Brasil. Em nenhum outro país do mundo é feito isso”, destacou.

Bagnoli disse que o movimento que acontece neste sábado tem o objetivo de alertar a população para o risco da implantação do emissário submarino. Ele explicou que a manifestação tem o intuito de trazer às claras o que se pretende fazer no próximos meses em Ponta Negra.

Aproveitamento

O tratamento terciário dos efluentes é uma alternativa à construção do emissário. Para Eduardo Bagnoli, a qualidade da água industrial pode ser utilizada para regar plantas, resfriamento de maquinário pesado de indústrias em geral. “Podemos aproveitar essa água na área não edificante de Ponta Negra, onde serão construídos alguns jardins. Outra possibilidade seria na construção do aeroporto de São Gonçalo, que utilizará grandes quantidades de água para finalizar o projeto”,destacou.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já utiliza o reaproveitamento da água resultante do tratamento terciário em áreas da capital. O custo em alguns casos é reduzido de R$ 2,50 o metro cúbico para R$ 0,50.

.: Agenda de atividades em Ponta Negra e Capim Macio no dia 14/nov (sábado)

O quê?
ABRAÇO MAR-TERRA: QUE EMISSÁRIO É ESSE?

Quando?
Sábado, 14/nov, às 9h

Onde?
Morro do Careca em Ponta Negra

Por quê?
[1] Para questionar a real necessidade de implantação do Emissário, [2] o formato do projeto apresentado pela Caern, [3] a carência de tratamento terciário do esgoto e [4] a falta de estudos de impacto ambiental sobre a construção do emissário submarino Barreira do Inferno/Ponta Negra.

Quem?
Todas as pessoas que freqüentam Ponta Negra, que gostam da cidade, que acreditam em um futuro melhor e que querem garantir a própria Qualidade de Vida. Participação de surfistas, moradores, turistas, empresários e pescadores

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O quê?
1º ABRAÇO VERDE EM CAPIM MACIO + FEIJOADA COMUNITÁRIA

Quando?
Sábado, 14/nov, a partir das 12h

Onde?
Na área verde por trás do Supermercado Extra (Capim Macio), local onde está planejada a construção do parque do bairro

Por quê?
[1] Para comemorar a preservação da área; [2] para apresentar à população detalhes do projeto entregue à Semopi (antiga Semov) – Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infra-estrutura; [3] para confraternizar com a comunidade; [4] para desfrutar da natureza e da programação cultural

Quem?
Todas as pessoas que gostam da cidade e da natureza, interessadas em arte e cultura, que acreditam em um futuro melhor e que querem garantir a própria Qualidade de Vida.

Multiplique essa mensagem, sinta-se convidado e participe!

Só com sua presença podemos garantir uma Natal mais humana. tenha certeza que sua presença irá reforçar essa luta que é de todos nós e das futuras gerações.

.: Praia do Meio: retrato da decadência

DIÁRIO DE NATAL - 4/nov/2009
Repórter: Filipe Mamede
Foto: Carlos Santos


Orla que foi principal pólo de lazer de Natal hoje exibe empreendimentos fechados

Violência e limitações impostas à construção são apontadas como motivos para a situação atual da região

A Praia do Meio, antes uma das mais frequentadas da cidade, ainda sobrevive com o turismo, embora tímido. Mas com o passar dos anos, o antigo ponto de encontro da juventude natalense das décadas de 70 e 80 foi observando principalmente o crescimento da violência, o que acaba ocasianando o fechamento de bares, restaurantes e hotéis, situação visível para quem passa atualmente pela avenida beira-mar Presidente Café Filho, antes uma das mais movimentadas da cidade.

Para Ricardo Menezes, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RN), o descaso com a segurança é o principal motivo da diminuição do número de estabelecimentos na Praia do Meio. "Existe uma falta de iniciativa do poder público e isso ocorre em outras praias também. Ponta Negra também vem passando por um processo semelhante e os empresários estão formando comissões para se pensar numa nova infra-estrutura. É preciso que isso também aconteça na Praia do Meio", indica Ricardo.

Plano diretor

Para Ana Adalgiza Dias, diretora executiva da Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-RN), o plano diretor também atrapalha o desenvolvimento do local. Ela acha que a limitação de até três pavimentos para as construções acaba engessando o potencial econômico. "O plano é um tanto limitante. Por questões paisagísticas, não é permitido a existência de nada que possa tirar a visão do Forte dos Reis Magos, por exemplo. Isso acaba inviabilizando a chegada de bons restaurantes ou hotéis", explica Adalgiza.

Eventos

Ganhando a vida na Praia do Meio, a comerciante Sônia Maria, 52, trabalha em sua barraca há quase três décadas. Ela reclama da falta de eventos culturais que atraiam visitantes para a praia que, segundo ela, é pouco frequentada e decadente. "A praia agora é parada. Os turistas acham a orla bonita, porém falam que é muito desanimada. Nem o governo faz nada nem deixa a gente fazer", opina a comerciante. Além disso, ela aponta a inexistência de banheiros na região. "É um desconforto muito grande para quem frequenta a praia", observa.


>>> Comentário pertinente: Tentam a todo custo justificar a desfiguração da paisagem com mega construções, como se isso fosse resolver o problema. Saibam que, na Vila de Ponta Negra, os comerciantes ainda não conseguiram vender um pãozinho para os moradores dos novos condomínios, construídos com mão de obra 'importada'. Não vamos nos deixar enganar.