.: Emissário Submarino: Caern apresenta relatório ambiental

[clique na imagem para ampliar - charge de Ivan Cabral]

Tribuna do Norte - 23/out/2009

A construção do emissário submarino é melhor alternativa para a coleta e destinação do esgoto da zona Sul de Natal e Nova Parnamirim. A afirmação foi feita pelo especialista em gestão ambiental e consultor da Start, Leonardo Tinôco, que coordenou, durante três meses, os estudos do Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).

O emissário submarino lançará o esgoto no mar a uma distância de 2.732 metros. Os dejetos receberão o tratamento denominado do tipo secundário, onde serão retirados os sólidos grosseiros como areia, óleos, graxas e lavagem de gases. O projeto terá ainda lagoas de polimento e filtros para a retenção de algas. “Esse tipo de coleta e destinação não afetará a balneabilidade da praia de Ponta Negra e nem comprometerá o turismo. Esse emissário apresenta menos riscos a população. Os estudos foram feitos com uma projeção de 10 anos, quando ele estará na sua capacidade máxima”, explicou Leonardo Tinôco.

Para implantar o projeto, será necessário fazer a adequação da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) existente em Ponta Negra. Na nova ETE de Ponta Negra, será construída mais uma lagoa de polimento e o filtro de pedras para remoção de algas. O tratamento preliminar, para retirada de sólidos grosseiros e areia, será aperfeiçoado com novos equipamentos e passará a ser mecanizado.

Somente após o tratamento, o esgoto será lançado no emissário que terá dois trechos distintos. A parte terrestre com 3.500 metros, será construída dentro da área da Barreira do Inferno e toda ela será enterrada. A parte marítima terá 2.732 metros a partir da zona da praia.

A promotora do meio ambiente Gilka da Mata, achou positiva a atitude da Caern em apresentar os impactos ambientais, mas disse que o MP ainda precisa de uma segunda opinião para aprovar o projeto. “O Rio Grande do Norte nunca teve um projeto de emissário submarino, por isso o MP quer a opinião de um perito no assunto para poder corroborar com o projeto apresentado. Contrataremos um perito da USP para fazer a análise e só depois nos posicionaremos”, disse Gilka da Mata.

O relatório feito pela Start Consultoria será encaminhado para o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) que terá um prazo de 45 dias, após a chegada da documentação, para disponibilizar o projeto e marcar audiência pública para discutir também os resultados com a sociedade.

Depois dessas discussões e da escolha do projeto, a Caern deverá elaborar o projeto executivo e iniciar as obras. “Devemos ter 120 dias para finalizar o projeto executivo, três meses para a licitação e logo em seguida começaremos as obras, que devem durar cerca de dois anos”, disse o presidente da Caern, Walter Gasi.

Parnamirim vai reiniciar obras

Está previsto para meados de novembro o reinício das obras de esgotamento sanitário e drenagem do município de Parnamirim, que estão paradas desde abril. “Depois de muita discussão ficou decidido que os esgotos de Nova Parnamirim serão lançados no emissário de Ponta Negra e os dejetos de Emaús e toda Parnamirim serão lançados na Estação de Tratamento, que fica na BR 304”, disse o secretário especial de saneamento de Parnamirim, Albert Josuá Neto.

O plano de saneamento de Parnamirim foi dividido em três fases. A primeira já foi concluída no bairro Liberdade. A segunda será no Centro, onde foram instalados 42 quilômetros de canos para a rede seca, e a terceira em Nova Parnamirim. A previsão é que entre os meses de julho e agosto de 2011 as obras estão todas concluídas.

Ainda segundo o secretário, o município tem garantido o recurso dessas obras. Foram feitos dois contratos. Um com Orçamento Geral da União, sendo R$43 milhões da União e R$13 milhões de contrapartida do município, que vai custear as obras de Nova Parnamirim. O outro é um contrato de empréstimo com do FGTS, no valor de R$ 41 milhões que será utilizado para a outra parte do projeto. “Precisamos ainda de R$37 milhões que já foi aprovado pelo Ministério das Cidades e deve ser assinado até o final de dezembro”, disse Josuá Neto.

De acordo com o secretário, o Idema concedeu a licença de instalação. Falta apenas a negociação de quem terá a concessão para operar o sistema, se Caern ou o município de Parnamirim. “Até 2013 a concessão é do município, depois disso deverá ser feita uma negociação para decidir como ficará a questão”, disse Alber.

.: Eliana Lima - "Natal: futura capital de praias fecais?"

Abelinha.com, por Eliana Lima - 27/out/2009

Natal: futura capital de praias fecais?

Continuando as notas publicadas na coluna de hoje (27/out) sobre o 'Emissário Submarino'.

Aliás, são o Emissário de Esgotos e o Emissário de Extravasamento de Águas Pluviais de Capim Macio, os dois previstos para desaguarem na ainda bela e pura praia de Ponta Negra.

Durante uma reunião ocorrida semana passada na Caern, foi apresentada a última versão do Projeto do Emissário de Esgoto de Ponta Negra, e apenas mencionado os planos do Emissário Capim Macio x Ponta Negra.

Segundo um dos participantes, um projeto "equivocado", de "estudos muito superficiais; alguns tendenciosos e todos imediatistas", alerta.

Para piorar, decidiram agilizar as obras retirando uma necessidade garantida no projeto anterior: o Tratamento Terciário (eliminação de agentes patogênicos). Ou seja: "a carga de agentes patogênicos (fezes) que será despejada no mar é estimada em - "apenas", como afirmam os projetistas e consultores - 70 mil coliformes fecais por cada 100 ml de água".

Fala-se em um estudo que se trouxe da Espanha, o que, para quem entende do assunto, é coisa de programa de computador. A coluna recebeu outras informações ainda mais graves e está checando.

Um observador de outro Estado disse que esse não deveria ser o Emissário de Ponta Negra, mas sim o "Emissário do Inferno", já que vai sair na Barreira do Inferno.

Entre os exemplos inviáveis dos locais que já receberam emissário que leva dejetos ao mar, um foi o construído em Ipanema, no Rio de Janeiro, na década de 70, que levou pessoas esclarecidas a não tomar mais banho na famosa e bela praia carioca. Outro é em Montevideo, Uruguai, onde o emissário poluiu, sem volta, o Rio Da Prata.

Natal ainda vai muito ouvir falar em projeção da pluma...

O desenho abaixo mostra o comportamento das correntes marítimas "defronte" a Ponta dos Três Irmãos (Caiçara do Norte), do artigo científico escrito pelo geólogo Fernando Fortes.

Correntes que correspondem as de Ponta Negra, na capital dos magos-fecais.

Segundo especialistas em contato com o blog: "As correntes colidem com a "Ponta Negra" (de pedra) e, devido ao atrito causado por essa colisão, sofrem uma difração. A partir desse ponto de colisão, um "braço" dessa corrente segue adiante, percorrendo toda a praia defronte o que seria a Via Costeira, rumo ao Norte.

O outro "braço" percorre toda a faixa a praia de Ponta Negra, rumo ao Sul, findando por depositar toda a "mundiça" transportada em suspenção (sargaço, sacos plásticos e após o emissário: todos os coliformes fecais... éca!), no local onde hoje está o Morro do Careca.

.: Eliana Lima escreve sobre o emissário submarino de esgoto: "Todo cuidado é pouco"


Perpetrar...

Todo cuidado do natalense é pouco em torno do tal ‘emissário submarino’, para não ser um futuro kamikase da natureza poluída. Está em curso uma pressa enorme para iniciar as obras.

Quem conhece do assunto alerta para o perigo de estudos sem aprofundamento.

Pior: retiraram do projeto anterior o necessário Tratamento Terciário, que possibilitaria a eliminação de agentes maléficos. O que deixará muito à vontade da poluição cerca de 70 mil patogênicos, por 100 ml, (coliformes fecais) jogados ao mar diariamente.

Há quem veja tendência ainda não explicada no projeto em andamento Ferrari.

... capital...

Com o emissário, a previsão – não dos sábios estudiosos do projeto, mas de quem entende e observa preocupado verdadeiramente com a natureza – é que a Natal do futuro ouvirá muito falar em ‘projeção da pluma de contaminação’, que levará ‘eca’ à altura da Praia do Forte.

Eca também ao pé do Morro do Careca.

... sujismundo

E o efeito psicológico do natalense?
Está preparado para conviver com a água de coliformes?
E os estados vizinhos que brigam por turistas, o que dirão?

Dá até pra imaginar: venham para um destino limpo e não para Natal, a cidade que tem esgoto que vai para a praia mais famosa (Ponta Negra) e se espalha por todos os lados.
Natal do futuro será a cidade de praia fecal?
E os recursos pesqueiros?
Já consultaram os pescadores?
A resposta é NÃO.

O que deixa a Abelhinha mais intrigada é que justamente o professor João Abner, tão contra a transposição do São Francisco, é um dos cabeças desse ‘emissário’.

.: Seis argumentos a favor do tratamento terciário do esgoto antes de ser lançado pelo emissário submarino

Os pontos abaixo foram elaborados pelo geólogo Eduardo Bagnoli, empresário do setor turístico que atua em Ponta Negra e atual presidente da Ong Amepontanegra, sobre o cuidado de se implantar o emissário submarino após um tratamento eficaz do esgoto.

"Seguem aqui alguns argumentos que desqualificam a opção da CAERN pela eliminação da necessidade do Tratamento Terciário do Esgoto antes de despejá-lo no mar:

1 - Os pescadores de Ponta Negra não foram consultados sobre os efeitos da obra, ou se os estudos contratados pela CAERN levavam em consideração a biota marinha da região e os potenciais impactos sobre ela, decorrentes da obra. A CAERN contra-argumenta, dizendo que tinha sido considerado o pior cenário - ou seja - descarte dos efluentes em cima de uma barreira de corais.

2 - A quantidade de matéria orgânica declarada pela própria CAERN durante a reunião - 70.000 coliformes fecais por cada 100ml de efluente - quando despejada sobre os corais, entupiriam os mecanismos de filtração e alimentação destes organismos, matando-os em poucas semanas.....Qualquer biólogo marinho, minimamente preparado, pode confirmar essa nefasta consequência!

3 - Os estudos da dinâmica costeira não são consistentes, portanto esses dados não podem ser utilizados na simulação computadorizada criada pelo Dr. Rosman, e aplicado pela Dra. Ada. Mesmo sendo o Dr. Rosman um renomado pesquisador na área da dinâmica costeira, a sua fórmula não funciona quando nela se inserem dados inconsistentes: garbage-in.....garbage-out costumam dizer os sistematicos e sábios cientistas norte-americanos nesses casos, ou seja: entre com lixo (dados inconsistentes) e a fórmula - por melhor que seja - te devolve....lixo! (na forma de resultados não confiáveis).

Isso se aplica perfeitamente para desqualificar o estudo da simulação da "pluma" de efluentes, que, segundo a Dra. Ada aflorará diante dos olhos incrédulos dos frequentadores da Praia do Forte. Trata-se de um caso clássico e didático de garbage-in.....garbage-out! . A CAERN quer nos fazer crer que esse estudo é valido, mas o bom senso diz que NÃO É!

4 - Não foram realizados, nem existem disponíveis, estudos de longa duração, que levem em consideração e quantifiquem as mudanças na velocidade e direção dos ventos; velocidade, intensidade e direção das correntes marítimas, da carga transportada por elas, etc. Isso, minimamente, deveria abranger um ciclo anual, ou seja, medidas que fossem feitas mês a mês até completar 12 meses e também - o que seria imperioso diante da importância dessa obra - ciclos naturais de longo termo: decenais ou seculares, capazes de detectar eventos - cíclicos ou não - com potencial catastrófico: marés anormalmente altas, efeitos de tsunamis que ocorrem vez por outra, ocasionados por movimentos da crosta terrestre na altura da Cadeia Meso-Atlântica (grande cicatriz aberta no meio do Atlântico, onde a atividade vulcânica e sísmica é freqüente), etc.

5 - A elevação do nível do mar, alegadamente causada pelo derretimento das calotas polares (Efeito Estufa), está causando sérios danos a nossa praia. Entre 1995 e 2008 a praia perdeu incríveis 15m de sua berma original (parte alta e vegetada da praia). O efeito foi notadamente catastrófico no ano passado, quando as marés anormalmente altas destruíram mais de 10 acessos (escadarias e rampas) construídos em 2000, por ocasião da reurbanização pela qual passou Ponta Negra.

6 - A AMEPONTANEGRA não é contra a construção do Emissário, mas quer alertar a Sociedade para a necessidade de se fazerem estudos adicionais, aprofundados e de longa duração, antes de se fazer a opção por uma alternativa de engenharia que pode vir a prejudicar, de forma irreversível, o meio ambiente, e por conseqüência, toda a nossa Sociedade."

Eduardo Bagnoli
Presidente da Associação dos Moradores, Empresários e Amigos de Ponta Negra - AMEPONTANEGRA
Rua Francisco Gurgel, 9067, Loja 1
Natal - RN - 59090-050
CNPJ: 07.855.262/0001-87
Telefax: (0**84) 3204 2900
ame@pontanegra.org.br

>>> Diante de tais esclarecimentos, não há nem o que pensar ou ponderar: ou a Caern faz a coisa certa e bem feita, ou assistiremos de camarote a morte de Ponta Negra.

Yuno Silva
Morador de Ponta Negra desde 1978

.: Carta de Eduardo Bagnoli a Secretaria Estadual de Turismo sobre emissário submarino

Caro Sr. João Fernandes
Secretaria de Estado do Turismo - SETUR/RN - Chefe de Gabinete

Agradeçemos pela pronta resposta, usual atenção e pelas providências que a SETUR poderá tomar para evitar esse lamentável equívoco que é a implantação do Emissário Submarino da Barreira do Inferno (sugiro a imediata renomeação deste Emissário, para não prejudicar ainda mais - e de forma direta - a já combalida e desrespeitada praia de Ponta Negra!).

Contem com a AMEPONTANEGRA e com o empenho pessoal de seu atual Presidente, no caso eu, que, na condição de Geólogo, com Mestrado em Geologia de Reservatórios (especializado em aqüíferos) e especialização em Dinâmica Costeira do Nordeste do Brasil, não posso ser considerado um leigo (tenho em meu currículo 7 trabalhos publicados, que versam sobre a dinâmica costeira da Lagoa Guaraíras, da Ponta do Tubarão, dos recifes costeiros do litoral Leste do RN, das dunas de Paracuru [CE]; além de vários outros sobre assuntos correlatos).

Queremos aproveitar a oportunidade para reafirmar que a AMEPONTANEGRA não é contra o Emissário Submarino. Só mantemos a convicção de que ele não pode ser construído, sem a garantia de que a Estação de Tratamento Terciário dos Esgotos seja incorporada ao Projeto; como aliás, até poucos meses atrás, a própria CAERN nos fez crer que faria! Mudou de idéia, porém se esqueceu de avisar a Sociedade, a quem ela presta contas - ou deveria!

O tratamento terciário visa eliminar os agentes patogênicos tais como: coliformes fecais, além de vírus e bactérias das mais variadas formas e graus de malignidade, etc.

A quantidade de coliformes fecais que o projeto atual do emissário da CAERN prevê serem laçados ao mar é - até onde pudemos nos informar - da ordem de 70.000 coliformes por 100 ml de efluentes!!! Isso é inconcebível e inaceitável!

Além do óbvio dano ambiental e risco a balneabilidade de todas as praias ao Norte da Barreira do Inferno, soma-se efeito mais danoso de todos: o impacto pscicológico.

Queremos aqui lembrar que Ipanema - até então musa inspiradora da Bossa Nova - nunca mais teve suas belezas cantadas em prosa e verso, após a inauguração do Emissário Submarino de Esgotos, isso em meados da década de 70.

Não custa lembrar que esse fato (os efeitos nocivos do Emissário) pode e certamente será tornado público a nível nacional, quiçá até internacional, para o deleite dos inimigos-de-plantão da cidade e pelos destinos turísticos que fazem concorrência a Natal.

Esse fato isolado (Emissário de coliformes fecais) tem potencial para condenar - de forma definitiva e indelével - a atividade turística de toda a cidade, senão de todo o RN.

A hoje bela e ainda limpa Natal, com sua economia lastreada no Turismo só tem a peder!

Não custa lembrar que em Recife ninguém mais toma banho de mar... Lá, dizem, há tubarões a espreita! Aqui, de forma não menos danosa, serão os coliformes fecais, esperando pelo nosso inocente banho de mar.

Outra ponderação que se faz oportuna é a seguinte. O esgoto, após passar pelos tratamentos primário, secundário e terciário, vira um efluente (água) limpo e seguro o suficiente para ser reutilizado, portanto é uma sandice descartá-lo no mar.

Nossa sugestão é que o mesmo - após tratamento - seja redirecionado para o continente, para ser utilizado, por exemplo: na irrigação de canteiros públicos ou privados ( Alphaville por exemplo ); na irrigação de terras do Vale do Pium, cujo tipo de plantas ( verduras, frutas, flores ornamentais, essências, etc ) seria objeto de estudo de viabilidade sócio-econômico-ambiental a ser contratado a experts da UFRN e EMBRAPA e, finalmente, destinação, via dutos, ao Distrito Industrial de Macaíba, onde poderia ser utilizado em vários processos desse segmento, tais como refrigeração de maquinário pesado, etc.

Água, quer seja pura ou reciclada para reuso, é o bem mais precioso do Planeta neste Século 21. Jogá-la no mar, após tratamento é uma atitude retrógrada, em desarmonia com os anseios e necessidades de uma sociedade moderna!

Só para lembrar: o mar tem sido considerado por nós - humanidade - a grande cloaca desse Planeta. Nele tudo é jogado e - miraculosamente - espera-se que tudo nele seja depurado; o que obviamente é uma falácia. Países e cidades que cometeram esse crime estão pagando um alto preço por ele.

Apenas para citar um exemplo atual e que guarda correlação direta com Natal, já que tem a sua economia lastreada no turismo: Acapulco, famoso balneário mexicano, passou por décadas de decadência e decrepitude, devido a poluição da linda baia que a confronta. De alguns anos para cá o Governo do México está implantando um projeto de despoluição dessa baia, a um custo de US$ 1 bilhão!!!. Eles tem tido sucesso nessa empreitada, mas U$ 1 bilhão me parece um volume de recursos que Natal nunca terá a sua disposição...; portanto melhor prevenir agora do que tentar remediar depois!

Nossas mais cordiais saudações a você e ao Sr. Secretário, Dr. Fernando Fernandes, acrescidas de nossos mais sinceros agradecimentos pelo apoio manifestado a essa causa que é de todos nós.

Eduardo Bagnoli
Presidente da Amepontanegra

.: Carta de Eduardo Bagnoli a Kalazans Bezerra sobre emissário submarino

Eng. Kalazans Bezerra (SEMURB) é empossado Conselheiro Titular do CONAMA

Caro Kalazans [foto],

Estou muito orgulhoso por essa tua nova conquista!

Oportunamente quero me reunir com você para tratar de assuntos ligados ao Emissário de Esgotos e também o Emissário de Extravasamento de Águas Pluviais de Capim Macio; ambos previstos para desaguarem na bela e incauta Ponta Negra...

Estive, na semana passada em uma reunião na CAERN. Na ocasião foi apresentada a última versão do Projeto do Emissário de Esgoto de Ponta Negra e mencionado - an-passant - os planos equivocados do futuro Emissário Capim Macio x Ponta Negra.

Eu estava lá representando o presidente da ABIH e também a AMEPONTANEGRA. O que escutei me deixou muito preocupado: estudos muito superficiais; alguns tendenciosos e todos imediatistas!

O que me trouxe maior preocupação foi o fato dos responsáveis terem decidido - unilateralmente - retirar do projeto anterior a necessidade de se realizar o Tratamento Terciário (eliminação de agentes patogênicos). Com isso a carga de agentes patogênicos que será despejada no mar é estimada em - "apenas", como afirmam os projetistas e consultores - 70.000 coliformes fecais por cada 100 ml de água! (sic)

Minha única intervenção no evento foi para alertar aos presentes sobre um fato que não está sendo considerado, mas que na prática é o que tem maior potencial de dano para a atividade turística de Natal e do RN: o efeito psicológico!

Em sendo construído o Emissário e havendo o lançamento de coliformes no mar, esse fato passará a ser explorado sem dó nem piedade pela imprensa e pelos concorrentes de Natal.

Um exemplo correlato foi a construção do emissário submarino da praia de Ipanema no Rio de Janeiro na década de 1970. Depois disso, muita gente esclarecida deixou de se banhar naquela praia, antes famosa e idílica.

Para minha felicidade, estava na CAERN a Dra. Gilka da Mata, que eu não conhecia pessoalmente, mas cujo trabalho sério e corajoso acompanho desde sempre.

Quero muito me reunir com você, com a Dra. Gilka e com quem mais queira, para discutirmos esse e outros assuntos correlatos. Existem soluções técnicas mais criativas, menos dispendiosas e mais em consonância com a realidade ambiental e sócio-econômica local e mundial.

Um grande abraço e sucesso em Brasília!

Eduardo Bagnoli
Presidente da Amepontanegra

.: Temperatura sobe a 400ºC em região da Jordânia

UOL Notícias - 07/out/2009

Amã, 7 out (EFE) - As autoridades jordanianas investigam a partir de hoje o que motivou um repentino aumento da temperatura até 400ºC em um local próximo a Amã, informaram fontes oficiais.

O fenômeno ocorreu nesta terça-feira em uma área de quase dois mil metros quadrados na província de Balqa, 15 quilômetros ao oeste de Amã, segundo o governador dessa província, Abdul Khalil Sleimat.

"O fenômeno foi descoberto por acaso quando ovelhas entraram no terreno enquanto estavam pastando", disse o governador.

Sleimat contou que, de acordo com os pastores que cuidavam das ovelhas, os animais "foram completamente queimados e desapareceram".

As autoridades isolaram a área e retiraram os moradores do local, acrescentou o governador.

O Governo jordaniano deixou a investigação do fenômeno a cargo de um painel formado por diversos departamentos e instituições acadêmicas.

O chefe da associação jordaniana de geólogos, Bahjat Adwan, descartou a presença de qualquer atividade sísmica ou vulcânica na área.

O diretor do Conselho de Recursos Naturais da Jordânia, Maher Hijazin, informou que certos materiais orgânicos podem ter se juntado e reagido sob a superfície, gerando o inusitado aumento de temperatura.

Hijazin também destacou que há uma rede de água e esgoto que lança seus resíduos na região.

.: Música SOS Ponta Negra, por Orlando Bonelli



SOS PONTA NEGRA

Da varanda vejo um pedacinho do mar
Que me basta pra poder sonhar.

Da colina surge Ponta Negra,
Deslumbrante e linda ela se chega,
Para amamentar o filho teu.

E o teu filho maravilhosamente brilha.
Tua natureza compartilha.

Morro do Careca grão de areia
A teus pés se curva a maré cheia,
Para render graças louvores a Deus.

Deus senhor menino “help”,
Olhai a vila teus pescadores,
Condenai os predadores,

Cuidai da força desta gente.
Antes que o sol não amanheça
Ou a lua cheia desapareça.

Antes que eu não veja
O pedacinho do mar,
De Ponta Negra.
Cantador, violeiro, repentista

SOS clama Ponta Negra - bis

Autoria: Orlando Bonelli
Cantora: Lene Macedo
Arranjos: Eduardo Taufic
Gravação: Studio Promídia

.: Esgoto clandestino: sem solução

Repórter: Carla França
Foto: Rodrigo Sena

Com as ligações clandestinas, a praia de Ponta Negra acaba se prejudicando, apesar do bairro estar todo saneado. As “línguas pretas” na areia são constantes e prejudicam o ponto turístico

De janeiro a setembro de 2009, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) notificou mais de 200 imóveis por não estarem interligados à rede coletora da Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte (Caern). Na realidade, esse número pode ser maior, mas o município, responsável pela fiscalização, não consegue chegar a todos os infratores.

“A Semurb realiza um trabalho constante de fiscalização, mas é apenas paliativo. Duzentos imóveis foram notificados, fechamos cerca de 50 ligações clandestinas de esgotos, mas a população volta a fazê-las. O problema só será resolvido quando for executado o plano gestor de drenagem e esgotamento de Natal”, disse o titular da Semurb, Kalazans Bezerra.

Não existe apenas uma área da cidade que sofra com as ligações clandestinas, segundo Kalazans, o problema é generalizado, mas em alguns pontos como Mãe Luiza, a situação é mais complicada. Isso porque, apenas 10% do bairro é saneado e a população não tem nenhuma opção.

“A população do bairro não tem onde colocar seu esgoto. Agora é que está sendo feito o saneamento dos outros 90%. Até lá, a única solução - não que seja a correta - para os moradores de Mãe Luiza é despejar o esgoto no mar”, diz o professor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e coordenador do projeto Água Azul – que analisa a qualidade das águas dos rios, mar e lagoas do RN, Ronaldo Diniz.

O resultado disso, é a poluição de uma das mais belas praias do litoral potiguar. Uma ‘língua preta’, formada por esgoto e restos de lixo desce através de galerias do bairro de Mãe Luiza para a Via Costeira, em frente ao final da rua João XXIII. Um verdadeiro crime, que apesar de ser do conhecimento de todos os órgãos ambientais, até agora nada foi feito para reverter a situação.

De acordo com o diretor de obras da Caern, Isaías Costa, o problema de Mãe Luiza será sanado quando a Companhia concluir as obras que estão sendo feitas, há mais de dois anos, no bairro. Apesar de já ter 90% da obra pronta, a rede não pode ser ligada porque depende de outra obra, a Estação de Tratamento do Baldo.

“Quando a Caern colocou a rede geral na rua, explicou a população que não poderia fazer as ligações com as casas porque ela não está pronta. Entretanto, muita gente já estava com suas fossas lotadas e fizeram as ligações clandestinas. Com isso, o esgoto vai direto para a rede coletora. Como ela não está funcionando, ele vai em direção ao mar”, explica o diretor de obras da Caern, Isaías Costa.

Até o momento, a Caern executou em Mãe Luiza 7.156 metros de rede coletora convencional e 12.856 metros da rede condominial – que passa pelo quintal das casas e são interligadas. “A previsão é que em seis meses esse problema esteja resolvido, tempo suficiente para a conclusão da obra em Mãe Luiza e da ETE do Baldo. Em janeiro, começaremos os testes e em março ou abril de 2010, deverá entrar em funcionamento. Ao todo, 18 mil habitantes de Mãe Luiza serão beneficiados com as obras de esgotos”, disse Isaías Costa.

Questionado sobre a participação dos hotéis da Via Costeira na questão das ligações clandestinas, Isaías Costa afirma que eles só recebem o habite-se se tiverem seus efluentes transportados para a rede coletora da Caern.

Ainda segundo ele, a Via Costeira é totalmente saneada, de Areia Preta até Ponta Negra. “Hoje não se fala em esgotamento sanitário sem pensar em coleta, transporte, tratamento e destinação final adequada e compatível com a as condições ambientais. E é nisso que a Caern está trabalhando”, diz Isaías.

Esgoto prejudica a praia de Ponta Negra e banhistas

Apesar de Mãe Luiza ser, atualmente, o único ponto de praia em Natal que tem água servida em abundância, outros locais, eventualmente, são incluídos no estudo de balneabilidade realizado pelo IFRN e Idema. Um desses é a Praia de Ponta Negra, mesmo o bairro sendo totalmente saneado. O problema acontece por causa das inúmeras ligações clandestinas de esgotos e galerias pluviais.

“Esta semana não tivemos problemas com Ponta Negra. Apesar de estarem com muito lixo, as bocas de lobo - por onde deveriam sair apenas água de chuva- estão secas. Mas, nos próximos meses, a tendência é que a situação seja outra, já que com a alta estação aumenta o movimento em hotéis e residências do bairro”, disse Ronaldo.

Segundo ele, há uma falta de consciência das pessoas, que ao invés de fazerem a ligação das suas casas com a rede coletora da Caern, preferem, para gastar menos, fazer as coisas de forma irregular. “A única maneira de resolver o problema é punir exemplarmente os responsáveis, mas isso não ocorre. Como nesse caso o ‘crime’ compensa, eles continuam a fazer”, afirmou Ronaldo.

Lagoa

Os bairros de Nova Descoberta e Morro Branco também sofrem com o problema das ligações clandestinas. A Lagoa do Jacaré, que deveria receber apenas água de chuva, virou um esgoto a céu aberto.

Os moradores das ruas da Saudade e Tarcísio Galvão, por exemplo, convivem diariamente com a fedentina da lagoa. Cansados de esperar alguma atitude do poder público, eles se uniram e entraram com uma ação na justiça. “Desde 1995 nós lutamos na justiça e agora saiu a sentença obrigando o município a pagar R$10 mil por dia pelo descaso”, disse o presidente da Associação em Defesa da Cidadania, Mário Emerenciano.

Segundo o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Kalazans Pinheiro, a prefeitura não vai fugir das suas responsabilidades e está realizando um projeto de drenagem, saneamento e urbanização para a área. “O projeto vai beneficiar as Lagoas do Jacaré, Preá, São Conrado, Centro Administrativo, Horto e Cidade da Esperança. É isso que vai resolver definitivamente a situação desses bairros. O recurso é da ordem de R$280 milhões e dentro de três estará concluído, já que faz parte das obras necessárias para a Copa de 2014”, diz o secretário.

Obras do Baldo estão com 70%concluídas

A Caern, através da sua assessoria jurídica, explicou que já está cumprindo a sentença e que, por isso, não pagará a multa determinada pelo titular da 4ª Vara da Fazenda Pública, juiz Cícero Martins de Medeiros Filho.

O engenheiro do setor de projetos da Caern, João Batista Marques, disse que faltam apenas 20% das ligações da rede de esgoto de Nova Descoberta e Morro Branco, mas só poderão ser executadas quando a Estação de Tratamento do Baldo estiver concluída. “A Caern está concluindo a implantação dos tubos e construção das estações elevatórias para bombeamento dos esgotos, mas ainda sim temos que esperar pela ETE do Baldo. Enquanto isso não acontecer, as pessoas deverão continuar lançando todos os dejetos em fossas sépticas e não fazendo ligações clandestinas”, explicou Marques.

A Caern, está investindo R$ 11 milhões para beneficiar 37 mil moradores de Morro Branco e Nova Descoberta.

.: Auxiliares fiscais denunciam distorção salarial na Semurb

TRIBUNA DO NORTE - 19/out/2009

Os auxiliares fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) reivindicaram em audiência pública na Câmara Municipal do Natal, na manhã desta segunda-feira (19), por iniciativa do vereador Raniere Barbosa (PRB), a correção da distorção salarial entre técnicos e auxiliares fiscais.

A distorção salarial entre algumas categorias do órgão foi gerada a partir da implantação da última reforma administrativa municipal. Segundo Raniere, a distorção na Semurb aconteceu porque a reforma administrativa contemplou com melhorias salariais apenas os auxiliares da área de arquitetura e de engenharia, deixando de fora desse benefício outros servidores da pasta, como biólogos e geólogos.

O cargo de fiscalização foi criado em 2002, sendo 35 auxiliares fiscais que ganham R$700,00 e 7 técnicos fiscais que hoje ganham em média R$ 3.900,00. O representante dos fiscais, Rosemberg Calazans, explica que o tratamento deveria ser dado de forma igualitária para a categoria. “Estamos pleiteando uma correção de 66%do salário. Temos uma distorção e um congelamento de salário desde 2002, além de não termos um plano de carreira”, afirma.

A presidente do Sindicato dos servidores de Natal (Sinsenat), Soraya Godeiro, declarou haver um erro quando houve o beneficiamento de uma categoria em detrimento da outra. “Não somos contra o aumento do salário dos arquitetos e engenheiros, mas é preciso que a administração pública reconheça a reivindicação e aplique uma proporcionalidade de salários. A categoria não vai aceitar essa desproporção”, declara.

O secretário da Semurb, Kalazans Bezerra, destacou os avanços na estrutura física e organizacional da secretaria que foram motivos de reivindicações anteriores por parte da categoria. Segundo o secretário, já foi feita justiça com a categoria de engenheiros e arquitetos. “O fato de uma categoria ter um benefício não é um erro, mas sim um acerto quando a administração pública reconheceu a deficiência que havia. Quanto aos auxiliares, avançamos em condições de trabalho, mas ainda não nos salários”, afirma. Segundo o secretário, a prefeitura somente terá condições de avanços salariais a partir de 2010 quando haverá um novo planejamento orçamentário.

Representando a prefeita Micarla de Souza, o secretário Roberto Lima, disse que no início de 2010 existe o compromisso de melhorar o salário da categoria. “Lamentavelmente o justo esbarra no legal. Este ano é difícil que saia o reajuste, mas vamos lutar pelo adicional noturno”, assegura.

Como finalização da discussão, a presidente do sindicato, sugeriu a implantação imediata do adicional noturno. Sobre a distorção salarial, alertou que seja enviado até primeiro de novembro um projeto de lei para garantir a proporcionalidade salarial entre auxiliares, engenheiros e arquitetos de Natal.

Participaram da audiência servidores da Semurb e sociedade interessada no debate. O vereador Hermano Morais (PMDB) esteve presente ao debate e os vereadores Ney Lopes Jr (DEM), Júlia Arruda (PSB), Sargento Regina (PDT), George Câmara (PC do B) e Chagas Catarino (PP) justificaram ausência por ofício lido em plenário pelo presidente da sessão.

.: Vamos APONTAR, por Genilson

Vamos APONTAR*

Não moro na Ponta
Mas me sinto da Ponta
Por isso pra Ponta
Preciso APONTAR

Minha Pontaria
De cidadania
Como garantia
Para desPontar

Nesse bairro de Ponta
De gente de Ponta
Que precisa pra Ponta
Valor resgatar

Com justiça de Ponta
Saúde de Ponta
Segurança de Ponta
Para lá formar

Cidadão de Ponta
Educação de Ponta
Cultura de Ponta
Vamos apoiar

Se não muito em breve
Só vai nos restar
Para estatística
Contabilizar

Que os filhos de Ponta
Só ficaram Noutra
E por falta de luta
Acabaram só sendo
O filho da Outra

Portanto, convido a todos para APONTAR também.

* Genilson, amigo dos Filhos de Ponta

.: CONVITE: Audiência Pública CONCIDADE nesta segunda (19), às 14h30 na CMN

CONVITE

O Vereador George Câmara tem a honra de convidá-lo(a) para participar de Audiência Pública, com o tema: “DIRETRIZES E COMPOSIÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE - CONCIDADE”, a ser realizada em 19 de outubro de 2009(segunda-feira), às 14:30 horas, no Plenário Erico Hackradt, desta Casa Legislativa, à rua Jundiaí, 546 – Tirol.

Contatos: (84) 3201-1336 / 9929-9729

Atenciosamente,

George Luiz Rocha da Câmara
Vereador - PCdoB

>>> Comentário pertinente: a questão aqui é bem simples: temos o dever de participar se queremos garantir um futuro melhor e mais humano para NÓS em NOSSA cidade. Portanto, o convite está estendido a todos os cidadãos e cidadãs interessados na garantia pela Qualidade de Vida!

.: FILHOS DE PONTA: Uma nova realidade em construção

Uma nova realidade.

No fundo 'é só e apenas isso' que queremos, todos NÓS!

Todos NÓS queremos menos pessoas pedindo esmolas
menos crianças se drogando nas esquinas
menos lixo espalhado nas ruas,

Todos NÓS queremos ver mais respeito ao meio ambiente
mais segurança
mais valorização do SER humano

Então qual o problema? Porque não nos entendemos? Porque nossos políticos não fazem o que precisam fazer: melhorar a vida da população? Onde e para quem perguntar? Em quem confiar? Só tínhamos a certeza de que não era o Chapolin Colorado que viria nos defender!!!

Alguns de NÓS, habitantes de Ponta Negra, resolvemos continuar girando a roda: veio o Movimento SOS Ponta Negra, a questão dos prédios ao lado do Morro do careca, as emendas ao Plano Diretor de Natal (Plano Setorial e Área de Interesse Social), o muro na Via Costeira, o Parque em Capim Macio, os questionamentos sobre emissário submarino, poluição nas praias, saneamento básico e adensamento demográfico, trânsito, falta de áreas públicas de lazer...

Tudo isso atrelado ao aumento da violência urbana, do turismo sexual, da prostituição infantil, do tráfico e consumo de drogas como o crack, degradação ambiental, mais trânsito e mais violência: o tempo está passando e as coisas estão piorando? Como assim? Com toda essa tecnologia, tempos de alta produtividade, homens e mulheres no espaço, carro elétrico e alface orgânica estamos andando para trás quando o assunto é convivência uns com os outros?

Tantos 'porquês' e poucas respostas satisfatórias?

Dessa inquietação surge o grupo Filhos de Ponta, um braço da comunidade dentro do programa de segurança pública comunitária que está sendo construído junto com o Gabinete de Gestão Integrada - GGI. Ligado à Secretaria Estadual de Segurança Pública, o GGI reúne instituições sólidas e de grande influência no bem estar público como Forças Armadas, Polícia, Justiça e Receita Federal, Polícias Civil e Militar, Defesa Social do Município, entre outras, e abre espaço para organizações religiosas, associações comunitárias e instituições de ensino como UFRN.

Pois bem, a Vila de Ponta Negra topou, NÓS topamos com o GGI e agora temos a oportunidade de materializar um projeto que possa abarcar todas as vertentes que precisam ser trabalhadas: educação, cultura, lazer, esporte, qualificação profissional, auxílio para recuperação de dependentes químicos, e outras ações que valorizam o SER humano, fortalecem a auto-estima e a identidade cultural. E o melhor, há recursos para tudo isso acontecer de verdade, basta uma boa proposta, como a criação de um Programa de Segurança Pública Comunitária economicamente viável, integrado com a comunidade e com apoio do poder público (Municipal e Estadual).

Um projeto piloto que pode muito bem se transformar em referência nacional...

Só uma ação (contínua) estruturada e estruturante, com força para iniciar a transformação social que precisamos, pode assegurar a possibilidade dessa nova realidade. Queremos comprovar que John Lennon estava errado: o sonho não acabou para quem está acordado!!

Bom, se você leu esta mensagem até aqui, é porque está realmente interessado/a, portanto sinta-se convidado para participar desse momento histórico: iremos apresentar à sociedade natalense nossas intenções para melhorar o coração e as artérias do bairro-praia cartão postal da cidade, e debater o Programa durante Audiência Pública na Câmara Municipal de Natal.

A Audiência, que acontecerá dia 9 de novembro, às 15h, na CMN, foi proposta pelo mandato popular do vereador George Câmara.

Curioso/a com o desafio lançado pelos Filhos e Filhas de Ponta???

>>>>> tome a pílula vermelha e entre em contato pela rede-web... vamos criar uma rede-real!

abraços

Yuno, bem acordado

.: Emissário Submarino: Decisão de Governo - Agnelo Alves

Agnelo Alves - o repórter | 11/out/2009

Notas...

DECISÃO DE GOVERNO


A decisão para a construção do emissário em Ponta Negra deve ser do Governo do Estado. Da própria governadora Wilma de Faria. A Caixa Econômica examina se o projeto está em conformidade com os preceitos do meio ambiente, dentro da verba disponibilizada. Ao Ministério das Cidades, não cabe decidir se a destinação final dos dejetos será pelo emissário submarino de Ponta Negra ou pela construção de uma estação de tratamento. Ciosa dos seus deveres, a governadora deve assumir os ônus ou bônus da decisão.

.: Praias não dispõem de equipamentos esportivos

TRIBUNA DO NORTE - 13/out/2009
Foto: Marcelo Barroso


Faltam opções para a prática de atividades esportivas


Caminhar. Essa é a única alternativa para os frequentadores das praias urbanas de Natal. Ao contrário de outras capitais do Nordeste, Natal não mantém espaços dedicados ao lazer e para se praticar exercícios físicos em suas praias, o que incomoda a população. A praia do Forte é o único local que conta com quadra, campo de futebol e etc, construídos pelo poder público.

A urbanização da orla da praia do Forte data do ano 2000 e embora alguns dos equipamentos estejam em mau estado de conservação, ainda são largamente utilizados pela população, principalmente pelas pessoas que moram nos arredores. “Eu sempre venho aqui porque a minha academia não funciona no domingo e é um bom espaço para fazer exercícios. O pessoal dos bairros aqui, como Brasília Teimosa e Mãe Luiza, também sempre vem praticar esporte”, diz Roberto Alves, de 18 anos, que é atleta profissional. Aquele trecho da praia, que vai desde a entrada da Ponte de Todos até o Forte dos Reis Magos, tem uma quadra poliesportiva, um campo de futebol e alguns equipamentos para exercícios físicos, para se praticar barras e paralelas.

O mesmo equipamento já esteve presente na Praia de Ponta Negra, mas era mantido por donos de quiosques que tentavam cativar os seus fregueses. Como não eram oficiais, foram retirados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), de acordo com o presidente da Associação de Trabalhadores Informais de Ponta Negra, Marcos Martins. “O pessoal da iniciativa privada mantinha alguns equipamentos que foram retirados pela Semsur já faz alguns anos”, diz Marcos. O atleta Roberto Lima afirma que a retirada foi positiva. “O equipamento que tinha lá em Ponta Negra era inadequado anatomicamente. Esse que tem aqui na Praia do Forte é mais indicado”, avalia.

Da mesma forma, um dos pontos da praia, próximo ao Morro do Careca, conta com redes e marcações do que seria uma quadra de volei de praia. Contudo, o equipamento não é da Prefeitura e sim de alguns donos de quiosques. “É a própria sociedade que mantém a rede e as marcações da quadra. A Prefeitura mesmo não faz nada por aqui em termos de esporte. A única alternativa para quem frequenta Ponta Negra é tomar banho no mar ou caminhar no calçadão”, diz Marcos Martins.

O casal Werner Bezerra e Luciana Oliveira desfrutava do clima da praia na manhã de ontem, dia das Crianças, com seus dois filhos, Mateus e Daniel, de 11 e dois anos, respectivamente. Werner concorda que faltam opções de lazer nas praias da cidade. “Poderia ter um parquinho, ou um local específico para crianças. Seria realmente muito bom, faz falta”, diz Werner. O advogado Sidcley Barros, que curtia o feriado da segunda ao lado da mulher, Larissa, e da filha de dois anos, Maria Laura, também reclama das poucas alternativas da Praia de Ponta Negra. “Nós frequentamos a praia e realmente existe uma carência de opções mais diversificadas de lazer aqui”, encerra.

.: Moradores de Ponta Negra exigem mais estudos sobre o emissário submarino

TRIBUNA DO NORTE - 25/jul/2008
Foto: João Maria Alves


PONTA NEGRA - Moradores do bairro estão apreensivos com a obra do emissário

A Secretaria Municipal de Obras e Viação (Semov) vai realizar estudos complementares sobre os impactos ambientais que serão gerados pela construção de um emissário submarino na praia de Ponta Negra. O sistema é a última etapa do projeto de drenagem nos bairros de Ponta Negra e Capim Macio, e necessita de um licenciamento do Idema para ser construído.

O EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) que foi apresentado pela Semov ao Idema e disponibilizado para consulta pública por 45 dias, gerou questionamentos por parte dos moradores de Ponta Negra, em audiência pública realizada na quarta-feira. Eles pediram mais detalhes sobre o funcionamento do emissário, que vai desaguar água da chuva a 540 metros da orla, dentro do mar, em épocas de inverno intenso.

“O emissário é, na realidade, um extravasor, porque vai funcionar apenas quando as lagoas de captação atingirem o limite de armazenamento de água da chuva, e isso só acontece a cada dez anos, em média” explicou o secretário da Semov, Damião Pita. “Os representantes de Capim Macio aprovaram o projeto, mas os moradores de Ponta Negra querem entendê-lo melhor, e eles serão atendidos”, acrescentou.

Ainda segundo Pita, o Idema está reunindo os documentos necessários para iniciar a análise do projeto do emissário, cujos estudos ambientais foram realizados pela empresa licitada do Ceará, Aquatur. As proposições apresentadas pela comunidade e ambientalistas durante a reunião também serão consideradas pelo órgão. Uma segunda audiência foi marcada para o dia 13 de agosto, às 19h, na sede da Associação dos Moradores de Ponta Negra. “Levaremos os estudos solicitados, mas isso não significa que o assunto será totalmente resolvido no próximo encontro”, lembrou Pita.

As lagoas de captação de águas pluviais e galerias previstas no projeto de drenagem dos bairros foram licenciadas pela Semurb, mas uma vez que o emissário vai trabalhar em território federal – o mar, o sinal verde deverá ser dado pela União. “Primeiramente enviamos o projeto para o Ibama, que delegou a autorização ao Idema”, explicou o secretário adjunto de Planejamento de Semov, Tomás Araújo.

De acordo com o vice-presidente da Associação dos Moradores de Ponta Negra e conjunto Alagamar (AMPA), José Crives, os questionamentos surgiram porque parte dos moradores ainda não conhece com segurança o projeto. “Eles foram pegos de surpresa quando iniciaram a construção da lagoa de captação no antigo Centro de Tradições Gaúchas. Apóio a idéia de querer participar do processo de discussão da obra, e entender melhor o projeto”.

>>> Comentário pertinente: Até agora nada! Os recursos estão para serem devolvidos por falta de continuidade e andamento no processo. Lembro bem quando estava tudo pronto para uma audiência pública sobre o assunto lá na Associação de Moradores do Conjunto Ponta Negra, caiu uma chuva tremenda e acabou a luz... todo mundo lá reunido, esperando por mais de uma hora a volta da energia elétrica e nada. Por fim não aconteceu e a Caern considerou a audiência como realizada. Hoje não ouvimos nem falar, e isso é perigoso: podemos ser surpreendidos com alguma aberração ambiental!

.: Terreno vira depósito de lixo em Ponta Negra

TRIBUNA DO NORTE - 07/out/2009
Foto: Elisa Elsie

Prédio da antiga Churrascaria Tererê e hoje serve como depósito de lixo

Um terreno abandonado e um prédio demolido têm incomodado e preocupado moradores de Ponta Negra, no início da Rota do Sol. Trata-se da antiga Churrascaria Tererê, cujo prédio foi derrubado pela metade e hoje virou depósito de lixo. O abandono no local é motivo de reclamação de moradores e donos de empreendimentos do local, que fica ao lado da Restaurante Piazzale.

De acordo com o proprietário do Restaurante, Witame Gomes, o terreno abandonado não incomoda necessariamente, mas preocupa. “Tento impedir que coloquem lixo por lá, mas nem sempre sou bem sucedido. Não dá pra colocar alguém pra vigiar o tempo todo”, diz Witame. Restos de construção e podas de árvores, além de alguns poucos sacos de lixo são um exemplo do entulho que povoa o local.

Já os moradores de um dos condomínios que fica nas proximidades do terreno abandonado reclamam da proliferação de mosquitos e muriçocas, além do acúmulo de lixo. O aposentado Nilbe Gomes diz que tem medo de que o local crie focos de dengue. “Tem uma caixa d’água lá aberta que pode acabar sendo foco de mosquitos da dengue”, diz Nilbe. O morador acrescentou que a situação perdura há dois anos e que ainda não foi tentado um contato com a Prefeitura para resolver o problema.

A reportagem da TN tentou contato com o atual responsável pelo local, mas não conseguiu encontrá-lo.

.: Esgoto jorra direto no Rio Pitimbu

DIÁRIO DE NATAL - 03/out/2009
Foto: D'Luca

Crianças brincam nas águas poluídas do trecho que passa pela Zona Oeste

Moradores do Planalto culpam condomínio pela poluição. Semurb diz que problema é causado por ligações clandestinas


Moradores do Planalto, Zona Oeste de Natal, denunciam um suposto crime ambiental ocorrido num trecho do Rio Pitimbu conhecido como 'Rio das Mangueiras'. Por trás de um muro, onde estão dois condomínios de classe média, água servida e sujeira jorram até a mata localizada entre o rio e o condomínio. No local, mau cheiro e mosquitos chamam a atenção. Por baixo da terra, parte da água segue até o leito a cerca de 1km do muro.

O Diário de Natal recebeu, por email, uma denúncia de um homem identificado como Rodrigo Igor. Ele conta que a filha, aluna de uma escola municipal do Planalto, foi fazer um trabalho de campo no Pitimbu e voltou horrorizada. "Todos ficaram abismados com o que encontraram, tanto no meio do caminho, quanto ao largo do rio. Pela quantidade de lixo e esgoto dos condomínios de luxo da Cidade Satélite que desembocam no leito do Pitimbu".

O trecho é usado para banho, churrasco e pesca, e algumas pessoas chegam a beber a água que vem do esgoto. O auxiliar de operador de máquinas, Golfinho Tavares, se disse surpreso. "Eu não sabia que era água do esgoto. Já bebi. Que coisa". Às margens do rio, há sujeira espalhada pelos próprios freqüentadores, como latas, papéis e plásticos.

A reportagem entrou em contato com o Idema, mas o órgão afirmou que não há denúncia formal sobre o problema.

Tubulações

O setor de supervisão de fiscalização ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) responsabilizou os moradores do Planalto por fazerem ligações clandestinas na tubulação da rede coletora de água pluvial da região. Os fiscais da Semurb tomaram conhecimento da situação em outubro do ano passado.

De acordo com o secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura, Demétrio Torres, a pasta pode ajudar na fiscalização da rede de drenagem local, mas precisa ser notificada pela Semurb para realizar o trabalho, o que até o momento não foi feito. "Não houve contato porque os fiscais devem estar concluindo a perícia para depois prepararem os laudos", disse.

>>> Comentário pertinente: Espero ações enérgicas do senhor Kalazans Bezerra, reconhecido por levantar a bandeira do Rio Pitimbu e que agora é titular da Semurb. A situação é calamitosa e urgente, que necessita de rapidez e rigor.

.: Fotógrafos registram o descaso do Governo do RN com a Cidade da Criança [Grande Ponto]

[clique na imagem para ampliar]
Leia mais e veja outras fotos no blog Grande Ponto
de Alexandro Gurgel


Tudo indica que a atual gestão da Fundação José Augusto vai ficar marcada pelo abandono e destruição da Cidade da Criança, uma das poucas áreas verdes de Natal destinada ao lazer das crianças. Quando assumiu, a atual gestão da FJA encontrou o local vivo, com todos os equipamentos funcionando.

Na manha do último sábado, um grupo de fotógrafos foi até à Cidade da Criança para constatar o descasco com o patrimônio público, uma área de mais de 30 mil metros quadrados que está morrendo letamente. Como o local está fechado há mais de um ano, os bravos fotógrafos pularam o muro para fotografar o mal uso do dinheiro público.

Com playground, pedalinho, capela, concha acústica, biblioteca, teatrinho e cirquinho, a Cidade da Criança foi construída para ser um local de lazer toda a família natalense. Entretanto, os portões fechados impedem o acesso do público e denunciam os brinquedos enferrujados e o mato alto.

O registro fotográfico da Cidade da Criança é uma ação da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto). As fotos farão parte de uma exposição fotográfica no final do ano, quando os fotógrafos vão mostrar o resultado de várias “expedições fotográficas” nos pontos históricos e culturais de Natal.

[clique na imagem para ampliar]

>>> Comentário pertinente: Infelizmente a atual gestão da Fundação José Augusto está perdendo uma ótima oportunidade de fazer um bom trabalho, pois o PT, tradicionalmente, tem proximidade e afinidades com o segmento cultural. O que vemos é a permanente troca dos pés pelas mãos, e até agora nada de concreto foi realizado - a não ser os tais Autos pelo interior do Estado. Apesar da boa intenção, a equipe vai passar em branco... Será que ainda dá tempo de reverter o quadro? Acho bem difícil! Lastimável!!!

.: A luta floresce da Injustiça... - por Deth Haak

Junto à tirania a retidão convoca a luta
E na calvície da populaça tão descrente
De o Sol se fez um poema que refuta;
Bradando a estrela solitária simplesmente.

E da Vila de Ponta Negra ja se escuta
O rugido rouco, na falacia de sua gente
O Botafogo é nosso, ó justiça injusta!
Que nos denega o lazer como presente.

Privas ó loba cruel, quem a bola chuta
Aniquilando meio século de história
Assim contada ao poeta que se avulta;

Surda faminta, cega ,e já sem memória,
Sendo engrupida por uma mente astuta;
negando ao povo, o sorriso da vitória!

Deth Haak
“A Poetisa dos Ventos”
Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do - RN
Cônsul Poeta Del Mundo – RN
Embaixadora Universal da Paz

.: Justiça fixa prazo para município ordenar a orla de Ponta Negra [nov/08]

TRIBUNA DO NORTE - 15/nov/2008
Foto: Mariana do Vale


PONTA NEGRA - Um dos objetivos da ação é coibir o mal uso do passeio público

A Juíza substituta da 2ª Vara da Fazenda Pública, Aline Daniele Belém Cordeiro, acatou na quinta-feira (13) o pedido do Ministério Público obrigando o Município de Natal a cumprir com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2005 para ordenação do uso e ocupação da Orla de Ponta Negra. O Município tem o prazo de 30 dias para colocar as ações em práticas, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos Reais), incidente sobre as autoridades municipais assinantes do termo. “Já esperava que fosse acatado porque o Termo foi assinado e o descumprimento enseja a cobrança judicial. A idéia agora é que a gente tenha uma praia ordenada, principalmente com o incremento do veraneio, com fiscalização do poder publico no local”, explicou a promotora do Meio Ambiente Gilka da Mata.

Conforme consta da decisão da 2ª Vara, disposta no processo de nº 001.08.033826-8, deve ser traçado e implementado um plano de Fiscalização do local, em especial do trecho relativo à avenida Erivan França. As ações incluem medidas como “coibir a utilização indevida do passeio público, inclusive dos bens acessórios como guarda-corpo do calçadão, árvores, paredes e muros usados por expositores de mercadorias; impedir a colocação de mesas e cadeiras em área de praia ou no calçadão e o uso privativo do comércio ambulante em vagas de estacionamento”.

Além disso, as secretarias envolvidas com o TAC devem estabelecer calendários de operações conjuntas de fiscalização, bem como operações relâmpagos “para reprimir o indevido uso e ocupação de bens públicos integrantes da orla de Ponta Negra”. A fiscalização inclui também as áreas públicas de estacionamento e os estabelecimentos comerciais fixos, notadamente os quiosques, ação a ser realizada por intermédio da Vigilância Sanitária.

O Termo Ajustamento de Conduta foi firmado entre a Promotoria do Meio Ambiente e o Prefeito Carlos Eduardo, o procurador-geral do Município Waldenir Xavier, e os representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB), da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SEMSUR), da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (STTU), e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB) não se pronunciou sobre a decisão, alegando que o contato deveria ser feito com a Procuradoria Geral do Município. A TRIBUNA DO NORTE tentou entrar em contato com procurador-geral, Waldenir Xavier, mas não obteve retorno.

>>> Comentário pertinente: E Ponta Negra continua ao deus dará! Nada de nada, a praia só piora: é poluição visual, poluição de esgoto, lixo, ambulentes no calçadão, obras inacabadas, calçadão detonado, nada de acesso decente para turistas e moradores, nem banheiros públicos... o estado é calamitoso!

.: Praias não têm estrutura para turistas [nov/08]

TRIBUNA DO NORTE - 02/nov/2008
Foto: Júnior Santos

TURISMO - Natal ainda deixa a desejar em alguns aspectos da infra-estrutura

Praias belíssimas, dunas, ruas e monumentos históricos, igrejas seculares, hotéis, parques, reservas naturais. Natal é um mosaico de atrações de encher os olhos de qualquer turista, mas, apesar de todos esses atrativos e dos investimentos feitos pela Prefeitura, a Cidade do Sol, um dos destinos mais procurados do Nordeste, ainda deixa a desejar em alguns aspectos da infra-estrutura.

Uma das principais reclamações dos turistas, comerciantes e dos próprios potiguares é a falta de banheiros públicos ao longo da orla marítima de Natal, que reúne as praias de Ponta Negra, Areia Preta, dos Artistas, do Meio, do Forte e a Redinha. E em nenhuma delas existe banheiro público. “Nós barraqueiros já estamos prontos para receber os turistas, já a infra-estrutura da praia não está nada boa. Não tem banheiro, chuveiro com água doce, segurança”, reclama o barraqueiro Severino Ferreira, que há oito anos trabalha em Ponta Negra.

Pois é, a mais concorrida, badalada e principal point da noite da cidade tem vários problemas que estão afugentando os turistas. “Os turistas não vem mais para a praia. Eles se hospedam nos hotéis aqui de Ponta Negra, mas vão para outras praias porque aqui falta banheiro, quem precisa fazer xixi tem que pedir nos restaurantes e bares. Sem contar nos preços das comidas, tudo muito caro. Um pratinho de camarão por R$40,00”, fala a barraqueira Maria do Céu Nascimento.

Ela trabalha há 30 anos em Ponta Negra e ao longo desse tempo conseguiu comprar uma casa e sustentar os quatro filhos com o dinheiro que ganhava na barraca. “Se fosse para começar tudo novamente, não conseguiria ganhar metade do que ganho hoje. E a tendência é baixar ainda mais. Não tivemos temporada de julho por causa da chuva, vamos ver se agora em janeiro melhora”, disse Maria do Céu.

A incerteza de Maria do Céu tem fundamento. Na última terça-feira, por volta das 10h da manhã, a praia de Ponta Negra estava bastante vazia, poucas pessoas aproveitavam o sol escaldante e o mar azul da praia. Uma cena atípica, mesmo se tratando de um dia da semana. “Cinco anos atrás, aqui era lotado de gente todo dia, não tinha isso de terça, quarta e fim de semana. Hoje mudou tudo”, reclama Céu.

Encantados com as belezas da cidade, a maioria dos turistas não vê problemas, nem aqueles que estão, literalmente, no meio do caminho. Como por exemplo, o adolescente que dormia tranqüilamente debaixo da sombra de um dos coqueiros do calçadão cheio de buracos. “Estou deslumbrada com a praia e com a cidade. A praia é limpa, o atendimento é bom. Vim a Natal há 15 anos, muita coisa mudou e no meu ponto de vista para melhor”, disse a turista de São Paulo, Anastácia Millona.

Já a sobrinha dela, que mora em Natal, vê a situação de uma maneira um pouco diferente. “Seria importante que fossem dadas mais opções de lazer, como uma ciclovia, um espaço para andar de patins, como existe lá em Fortaleza, onde também moro. Outra coisa são vagas para estacionamento. Você só consegue estacionar aqui próximo se vier bem cedinho, se não o carro fica muito longe”, disse Juciane Rodrigues.

A falta de segurança é outro problema da praia. Com a retirada das câmeras de segurança, instaladas nos postes da avenida Erivan França, os turistas e, principalmente, os barraqueiros e ambulantes estavam mais seguros. “Os meninos de rua estão com tudo. Roubam a torto e a direito. A coisa piorou depois que tiraram as câmeras. Os policiais passam por aqui, mas nada pode fazer porque eles são menores de idade”, disse o garçom Rivaldo Cardoso, mais conhecido como Maguila.

Turistas e comerciantes citam deficiências da orla

A orla marítima central de Natal reúne quatro praias: Areia Preta, Praia dos Artistas, do Meio e do Forte, que podem ser apreciadas do alto da Ladeira do Sol. Apesar de ser muito bonita, não tem sido uma das melhores. Há anos, o calçadão da orla central precisa de reforma, mas só agora é que as obras estão sendo feitas.

As quatro praias mais parecem uma só, se não fossem as placas com informação de cada uma delas. Mas é só observar com mais atenção que as diferenças são notadas. A praia de Areia Preta, por exemplo, é mais freqüentada por surfistas. Segundo eles, as ondas do local são ótimas para a prática do esporte.

As praias dos Artistas e do Meio são mais freqüentadas por turistas e moradores da cidade. Nesse trecho, é possível observar a movimentação comercial. Quiosques, lojas, hotéis, pousadas e um Centro de Artesanato, que depois de muita reivindicação, da população e dos trabalhadores do local, está sendo reformado. “No geral, a infra-estrutura da cidade está legal, os pontos turísticos bem sinalizados, as praias limpas. Para mim o principal problema é a ocupação desordenada da areia da praia. Os banhistas têm que disputar lugar com os barraqueiros”, reclama o bugreiro Sulivan Linhares.

Também é nesse trecho onde está sendo realizado o serviço de recuperação do calçadão, que foi derrubado pela força das águas do mar. Entre os principais problemas relatados estão: falta de segurança, de banheiros públicos. “Para ter turista é preciso ter segurança e, infelizmente aqui nós não temos. Eu mesma já vi vários assaltos nos cinco anos que trabalho aqui. A estrutura dos quiosques também deixam a desejar. É muito comum faltar água”, diz a barraqueira Silvana de Andrade.

Para o turista de São Paulo Gilberto Ferreira, as praias estão carentes de bons comércios. “A beleza das praias é inqüestionável, mas acredito que um incremento no comércio, incluindo os quiosques, daria uma melhorada no movimento”, disse o turista.

Outro problema observado pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE foi a falta de salva-vidas na orla marítima da cidade. Durante os três dias que a equipe da TN circulou pelas praias, não viu nenhum salva-vidas. “Tem bombeiro sim, mas a gente nunca vê, reclama Silvana.

Na praia do Forte, onde está localizada a Fortaleza dos Reis Magos, principal monumento histórico cultural da cidade, aliás, se não fosse o Forte, talvez não tivessem turistas no local isso porque um trecho que vai da Praia do Meio a do Forte é bastante esquisito. Fora o Forte, a praia não oferece nenhum atrativo, nem as barraquinhas para acomodar os banhistas.

A Fortaleza dos Reis Magos está em boas condições, na medida do possível, são respeitadas as normas de acessibilidade, tendo em vista que a construção é um patrimônio histórico e não podem ser feitas muitas intervenções na sua estrutura. “Aqui não falta nada, tem de tudo. Medicamento, banheiros, inclusive para deficientes, artesanatos”, explica o administrador do Forte, Pedro Abech.

“ O Forte é muito lindo, os guias são bem legais, sabem de tudo da história do Estado. A única reclamação que tenho a fazer é sobre a falta de banheiros públicos nas praias. Estou aqui há dez dias e em nenhuma das praias que fui, tinha banheiro. É preciso entrar no restaurante, consumir alguma coisa para poder usar o banheiro”, disse a turista de Brasília Fábia Lourenço.

Redinha está suja e insegura

A Redinha completa o circuito das praias de Natal. Com sua paisagem típica, formada por pescadores, banhistas e um lindo mar azul colorindo o cenário, que infelizmente é manchado por alguns problemas de infra-estrutura. Como falta de limpeza, de segurança e iluminação.

“A praia é linda, uma das mais bonitas da cidade, mas infelizmente, a falta de infra-estrutura tem prejudicado um pouco, principalmente nós comerciantes. Eu mesmo estou pensando em ir para Cotovelo porque o movimento está fraquíssimo”, reclama Carlos Chagas, que além de comerciante é morador da Redinha.

Uma das principais reclamações dele é com relação a um trapiche, que era utilizado como ponto de apoio para os barcos durante um passeio pelo mar, mas com a construção da Ponte Forte-Redinha, o serviço foi desativado, mas a estrutura ainda continua no local.

“Semana passada um menino se feriu nesses restos de pau, pegou 18 pontos no braço. Ele não foi o primeiro e nem será o último, caso não retirem essas estruturas. E não é por falta de reclamação nossa, porque já perdemos as contas de quantas vezes reclamamos”, conta Chagas.

É na Redinha Velha que se pode encontrar o tradicional Mercado, que mesmo passando por uma reforma continua recebendo aqueles que querem degustar uma irresistível ginga com tapioca. Mas para continuar mantendo viva essa tradição, dona Ivanise Januário, uma das mais antigas do Mercado, tem que ter muita força de vontade.

“Os bugreiros não querem trazer os turistas para cá. Eles preferem levar para Jacumã, Pitangui porque dizem que é mais organizado. Além do mais tem o problema da segurança, que é precária aqui. De vez em quando é que aparecem uns perdidos por aqui”, lamenta Ivanise, que há 30 anos tem um boxe no Mercado da Redinha.

Basta dar uma volta pela praia para confirmar o que diz dona Ivanísia. A maioria das pessoas que estava na praia na última sexta-feira, era de Natal. “As condições da Redinha já foram piores. Não posso negar que houve uma melhora, mas ainda precisa fazer muito. Principalmente com relação à organização dos barraqueiros. A gente quase não tem lugar para ficar”, diz a secretária Fabiana Silva.

Para a dona-de-casa Mariana Córdula com relação à segurança, quase não se vê policiais na praia. “Geralmente eles aparecem mais no domingo quando o movimento é maior, mesmo assim dentro de uma viatura. Eles deveriam andar a pé, por entre os banhistas”, conta a dona-de-casa.

Desde julho deste ano o mercado está passando por uma reforma, a previsão era que as obras fossem concluídas em dois meses, mas um problema na relocação dos comerciantes atrasou o cronograma. Há quatro anos a orla da Redinha, o que já melhorou a infra-estrutura do local. “Tenho fé que quando essa reforma do mercado terminar tudo vai ficar melhor”, diz Ivanise Januário.

Secretário fala sobre projetos para Natal

“Temos feito um bom trabalho. Algumas coisas ainda faltam ser feitas, mas a Secretaria Municipal de Comércio e Turismo tem trabalhado ao máximo para oferecer uma cidade cada vez mais bonita para o turista que nos visita. Principalmente agora, com essa alta do dólar, os destinos brasileiros, e Natal é um deles, estarão entre os mais procurados”, diz o titular da pasta, o secretário Fernando Bezerril.

Ainda segundo o secretário, haverá um aumento de 18% no número de turistas estrangeiros que virão a Natal na alta temporada, que já está chegando. “Nosso papel é arrumar a casa para fazer a festa. Cobrar limpeza, segurança, entre outras ações. E dentro do possível, da nossa pouca verba, de R$ 1,5 milhão, temos criados projetos bastante interessantes”, disse Fernando Bezerril.

Entre esses projetos estão a criação do Corredor Cultural de Natal, que tem o objetivo de viabilizar a revitalização da área histórica de Natal, bem como estimular outros pontos turísticos que não as praias. “O Corredor Cultural vai desde o Convênio de Santo Antônio, na Cidade Alta e a Praça Augusto Severo na Ribeira. Passando pela Rua Chile, Antiga Faculdade de Direito, entre outros pontos históricos da nossa cidade. São três horas de caminhada. Estamos finalizando o roteiro e logo estaremos com mais essa opção”, explica o secretário.

Um outro projeto foi a criação da Associação Norte-rio-grandense das Empresas de Mergulho Autônomo e Turismo Náutico do RN (AMANAÁUTICA). “A idéia é instalar na Pedra do Rosário um píer para embarque de turistas, para passeios pelo rio Potengi e pesca esportiva”, fala o secretário.

Questionado sobre a ausência de banheiros na orla de Natal, o secretário afirmou que esse não é um problema exclusivo de Natal, mas que já tem projetos para reverter esse quadro. Já com relação à manutenção dos calçadões da orla marítima de Natal, a Secretaria de Serviços Urbanos está trabalhando em três trechos para recuperar o que foi destruído pela ação do mar em Ponta Negra, Praia do Meio e dos Artistas.

De acordo com o secretário, até meados de dezembro a obra deve estar concluída. O orçamento é de R$575 mil, recursos oriundos do município.

>>> Comentário pertinente: A situação continua a mesma! O tempo passa e voa e nada muda na Terra do Sol. Até quando iremos ficar a mercê da boa vontade política? Se o TURISMO é NOSSA maior fonte de renda, o que falta para valorizá-lo??

.: Vídeo denúncia: morador de rua ocupa calçadão da praia de Ponta Negra


Vídeo enviado por turista estrangeiro ao Movimento SOS Ponta Negra, denunciando a ocupação do calçadão da praia Ponta Negra por morador de rua.

Alô alô Secretarias de Turismo, Assistência Social, Defesa Social e Guarda Municipal, cadê vocês? O morador já está há meses no mesmo lugar e até agora nada foi feito!

Estão mesmo querendo espantar os turistas?