Trabalhadores informais de Ponta Negra ganham terrenos. E depois? Virão outros ambulantes? E mais e mais... vão colocar onde?

A decisão foi tomada em audiência com a promotora de Justiça do Meio Ambiente, Gilka da Mata. O espaço será destinado a construção de uma feira.


Arquivo Nominuto.com
A Associação dos Trabalhadores Informais de Ponta Negra (Atipon) conseguiu a doação de dois terrenos existentes, na orla da praia, para construção de uma feira. Esse foi o resultado de uma reunião na manhã de ontem (10) feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) através da Promotoria do Meio Ambiente, Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e Prefeitura Municipal do Natal.

Os terrenos pertencem à União e o maior deles fica localizado entre o Hotel Pousada Sol e a Barraca do Caranguejo. "Nem estou acreditando que conseguimos o terreno, isso foi uma forma de nos respeitar e admirar", disse Marcos Martins, presidente da Atipon.

Durante a audiência, o chefe de projetos especiais da SPU, Neilor Afonso Barbosa, disse que a Prefeitura deve elaborar um projeto com dotação orçamentária para a doação do terreno seja formalizada aos trabalhadores informais.

Atualmente, existem 1200 trabalhadores informais circulando pela praia de Ponta Negra, sendo que 378 são associados pela Atipon. Na praia, apenas os vendedores, proprietários de quiosques e locatários de cadeiras cadastrados pela Prefeitura são regularizados.

A decisão da doação dos terrenos foi feita pela promotora do Meio Ambiente, Gilka da Mata, que comemorou o anúncio do chefe de projetos especiais, e pediu que a associação realizasse um pedido para inscrição de todos os trabalhadores informais que trabalham em Ponta Negra.

"Vamos arcar com os compromissos de quem está trabalhando de forma irregular em Ponta Negra. Depois, vamos comparar os nossos dados com os existentes da Prefeitura e assim,  selecionaremos quem vai participar da feirinha", disse Martins.

A lista feita pela Atipon deverá ser encaminhada às secretarias municipais de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e de Serviços Urbanos (Semsur), a quem coube a tarefa de fazer a elaboração do projeto para uso dessa área que deverá ser doada pela SPU.

O novo secretário de Serviços Urbanos, Luiz Antônio Lopes disse na audiência que já falaram com o secretário de turismo, Murilo Barros, para a elaboração do projeto e o enviá-lo para o Ministério das Cidades para que este seja aprovado.

Para o presidente Marcos Martin, a decisão do Ministério Público Estadual foi uma forma de dar dignidade aos trabalhadores informais e que foi um sonho que se tornou realidade.

>>> Comentário do SOS Ponta Negra: E depois? Virão outros ambulantes? Vão ficar onde? No calçadão? Na praia? No meio da bagunça? Não se pode confundir camelô com artesão! Não se pode confundir comerciante aventureiro com quem já está na praia há décadas e é da comunidade!! Fizeram algo nesse sentido? Cadastraram as pessoas? Identificaram os nativos?

Câmara discute regulamentação da AEIS da Vila de Ponta Negra

Antes de qualquer coisa é imperativo o esclarecimento da população sobre o que realmente significa uma Área Especial de Interesse Social.

SOS ponta Negra

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Câmara Municipal de Natal - 22/11/2011


Vereadores ouviram representantes da Prefeitura, da UFRN e da comunidade de Ponta Negra.
A regulamentação de Área Especial de Interesse Social (AEIS) da Vila de Ponta Negra foi tema de uma audiência pública realizada nesta terça-feira (22), na Câmara Municipal de Natal, por proposição do vereador Raniere Barbosa (PRB).

Participaram da audiência representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), do Ministério Público, do Conselho Comunitário de Ponta Negra e da UFRN.
Fruto de um abaixo-assinado de iniciativa popular, a criação da AEIS está prevista no Plano Diretor de Natal de 2007 e tem como objetivo impedir a construção de prédios próximos ao Morro do Careca, como forma de preservar a visão cênico-paisagística do principal cartão postal da cidade e evitar que a comunidade sofra com a especulação imobiliária. A previsão era de que a AIS fosse regulamentada até 2009, mas até hoje isso não aconteceu.

O vereador Raniere Barbosa destacou a importância do debate para a comunidade. "É preciso socializar o debate com os moradores e com todos os segmentos envolvidos e discutir a questão de forma transparente e participativa", destacou.

Durante a audiência, o secretário adjunto de Planejamento da Semurb, Carlos da Hora, falou sobre o Plano Setorial da Região Sul, que contempla além da AEIS da Vila de Ponta Negra, os bairros de Neópolis e Capim Macio. De acordo com o secretário, o plano irá detalhar ordenamento do uso e ocupação do solo urbano e otimizar a função socioambiental da propriedade.

"Estamos em fase de discussão da minuta do projeto e a expectativa é que em dezembro o calendário de execução do Plano Setorial seja publicado", afirmou Carlos da Hora.

A presidente do Conselho Comunitário de Ponta Negra, Cíntia Fernandes, cobrou agilidade na execução do projeto. De acordo com ela, a regulamentação da AIS beneficiará diversas ações sociais e culturais que já ocorrem no bairro, como o projeto Encantos da Vila e as ações de turismo de base desenvolvido pela própria comunidade junto aos comerciantes da orla.

O professor do Departamento de Arquitetura da UFRN, Rubenilson Brazão, afirmou que a AEIS não é instrumento isolado. O professor citou outras políticas para a área ainda pendente de regulamentação, como o reconhecimento do Morro do Careca e dunas adjacentes como monumento municipal e estadual.
"A AEIS tem um sentido inicial de proteção ambiental, mas também como facilitador para que outras políticas públicas venham a ser implantadas na área. É um instrumento dentro de vários outros", destacou Brazão.

Também participaram da audiência os vereadores Sargento Regina (PDT), George Câmara (PCdoB) e Luis Carlos (PMDB).

Em novembro de 2011 a quadra esportiva está em más condições no Capim Macio. E agora? Mudou alguma coisa?

Por Gabriela Serejo
Uma quadra poliesportiva localizada no Largo Capim Macio, no bairro do mesmo nome, está com o piso danificado, redes rasgadas, cestas de basquete destruídas. Lixo, canos soltos e mato estão presentes na quadra que deveria proporcionar lazer para os moradores.

Crianças utilizam a quadra na parte do dia, pois à noite não é possível pela falta de iluminação, segundo José Antônio da Silva, porteiro do condomínio Mar do Sul IV. Ele comenta que à noite, com a quadra escura, pessoas aproveitam para consumir drogas.

O comerciante Gilberto Dantas, proprietário da Cigarreira do Gil, conta que a quadra se encontra neste estado há mais de dez anos. "Há uma briga entre os condomínios ao redor da quadra com a prefeitura, porque não foi definido qual o responsável pela quadra. Por isso fica desse jeito", explica.

José Antônio afirma que o quarteirão inteiro pertence ao condomínio, inclusive a quadra, pois na época em que foi construído o calçamento da rua, a quadra ficou externa ao condomínio, e por uma falta de comunicação entre o condomínio e a prefeitura isso acabou não ficando claro. "O centro inteiro da rua faz parte do condomínio, e o síndico limpa de vez em quando a quadra", completa.
Sujeira na quadra de Capim Macio (Por Gabriela Serejo/Labjorn-Fotec)Sujeira na quadra de Capim Macio (Por Gabriela Serejo/Labjorn-Fotec)
A quadra poliesportiva sofre da falta de coleta de lixo. "Dez anos que trabalho aqui e a quadra já era desse jeito. Às vezes botam lixo lá, a prefeitura já veio várias vezes, mas só fez limpar o lixo da rua." – declara José Manoel de Araújo, porteiro do Condomínio Mar do Sul III.

Além desses problemas estruturais e o impasse com a prefeitura e o condomínio Mar do Sul, a quadra esportiva está localizada numa área que não tem um nome exato. A placa presente na rua informa "Largo Capim Macio", enquanto alguns moradores afirmam que o nome do logradouro é Rua Wilson Cabral, mesmo não possuindo nenhuma identificação.

Tentamos falar com o secretário Cláudio Porpino, da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, para saber sobre os problemas sofridos pela quadra esportiva e sua localidade. Contudo, não obtivemos resposta.
Detalhe da cesta de basquete e as redes danificadas na quadra poliesportiva (Por Gabriela Serejo/Labjorn-Fotec)Detalhe da cesta de basquete e as redes danificadas na quadra poliesportiva (Por Gabriela Serejo/Labjorn-Fotec)

Em outubro de 2011 pescadores sofriam com escassez do pescado. E agora? Tem alguma dúvida de que a tendência é piorar?

Diário de Natal - 23 de outubro de 2011 

Vila de pescadores, lugar de veraneio da Natal do passado, o local possui uma das vistas mais belas da cidade. Existem referências, datadas do século XVII, sobre a praia de Ponta Negra, que cita alguns documentos como o que comprova que o local serviu de desembarque de tropas holandesas. Sobre sua ocupação, o historiador Itamar de Souza fez a notação: "O casario primitivo surgiu na parte alta, onde está a Vila de Pescadores. Em meados do século XX, a elite natalense aportou à beira-mar construindo ai suas casas de veraneio. Nos anos 70, a expansão urbana povoou a parte alta deste bairro com a construção de conjuntos habitacionais".


Jailson Carlos (E) voltou do mar com apenas três peixes no cesto Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
Lugar de contrastes, a Vila de Ponta Negra e seu entorno foram oficializados de bairro de Ponta Negra por meio da Lei Municipal nº 4.328, de 5 de abril de 1993. Hoje em dia os pescadores sofrem com a falta de apoio financeiro à atividade artesanal que aprenderam ao longo do tempo. Tradição passada de pai para filho. Jailson Carlos de Lima, 37, é nascido e criado na Vila de Ponta Negra. "Aprendi a pescar aos 9 anos com meu pai e meu tio", revela, assumindo que preferiu a atividade aos estudos. Fez apenas até a antiga 4ª série.

O pescador fica em média sete horas diariamente no mar, dependendo do vai-e-vem das marés. "Costumo sair de casa à uma da tarde e volto lá pelas oito da noite; ou então saio à uma da manhã e retorno de manhã, às 8h", conta. Do mar, Jailson retira o peixe que é servido em sua mesa, na casa dos natalenses e nos restaurantes frequentados pelos turistas que frequentam Natal. Serra, Cioba, Tainha, Garajuba. "Já cheguei a pescar 150 kg com a minha jangada. Nesses meses tem dias que volto do mar com apenas três peixes", revela. Ele conta que, por causa da escassez, o negócio da pesca se mostra cada vez menos rentável. "O governo só ajuda no final do ano, quando é período do defeso da lagosta. A gente recebe um seguro-desemprego".

Natal produz 796 toneladas de entulhos, diariamente - enquanto isso em Capim Macio...

Tribuna do Norte - 09 de Novembro de 2011

As calçadas e os canteiros de Natal estão tomados de lixo urbano. A grande quantidade de entulhos despejados em local proibido nas diversas ruas do município demonstra um antigo problema que está longe de solução. Esse ciclo vicioso envolve a população que produz o lixo, os carroceiros que recebem um "trocado" para retirá-los e o despejo irregular dos dejetos em áreas  urbanas, onde pessoas transitam entre sofás, fraldas descartáveis e  metralhas. O problema é agravado com a pequena quantidade de Ecopontos (pontos de entrega voluntária de materiais inservíveis, como entulho da construção civil e objetos volumosos) disponíveis para os despejos: apenas três para todo o município de Natal. Por dia, são mais de 790 toneladas de entulhos na cidade.

Júnior SantosEm Ponta Negra, que tem um dos mais caros IPTUs de Natal, na rua Praia de Muriú o entulho toma contaEm Ponta Negra, que tem um dos mais caros IPTUs de Natal, na rua Praia de Muriú o entulho toma conta
Em Ponta Negra, por exemplo, o problema é antigo. Um dos três ecopontos fica localizado na rua Praia de Muriú. O local é limpo e possui quatro caçambas e cestas seletivas de lixo. Mas, cerca de 500 após as cestas, a população despeja irregularmente lixo. A área, que seria de proteção ambiental, por possuir vasta flora e fauna acaba dividindo espaço com a falta de educação da população e dos descasos de alguns carroceiros que por vezes até amedrontam a população.

Foi o que aconteceu com a dona de casa Sônia Moura (56). A casa que fica em frente a um depósito irregular no Conjunto Ponta Negra enfrenta além do despejo constante de metralhas e entulhos a falta de compreensão de alguns carroceiros. "Eu, como estou em frente, procuro conversar com eles para que não façam desse espaço um  depósito irregular. Muitas vezes eles gritaram dizendo que eu não tinha nada a ver com isso", reclamou a dona de casa moradora da rua Praia de Muriú e que convive com entulhos e mau cheiro.

Luta parecida vive uma  comerciante de Capim Macio. Segundo ela, que preferiu não se identificar, há dez anos tenta um acordo com proprietários de terrenos baldios para evitar que a rua Coronel José de Andrade não vire um ponto de despejo irregular, o que acaba atraindo ratos e outros animais que prejudicam o seu estabelecimento. "O serviço da prefeitura é falho. A punição tem que ser colocada em prática urgentemente. Todos sabem que qualquer problema começa a ser resolvido quando a população começa a 'sentir no bolso', o pior é que os vizinhos achavam que o lixo irregular era daqui", destacou.

População é responsável por serviço

Segundo a Companhia de Serviços Urbanos (Urbana) são retirados diariamente 796 toneladas de entulho das ruas de Natal. As podas de árvores somam 78 toneladas retiradas e de lixo doméstico  são 750 toneladas retiradas diariamente.

Para o Diretor de Operações da Urbana, Alexandre Miranda, a população é responsável pela retirada do entulho e a metralha que produzem. "Temos um serviço subsidiado de R$40,75 cobrado para coleta de volumes  de até 6m³. Se a população parar para pensar, sai mais barato do que pagar um carroceiro, que em cada carroça carregam 250 litros", explicou.

Alexandre Miranda disse ainda que são 750 carroceiros atuando em Natal, e que por se tratar de veículo de tração animal a Urbana não tem poder de decisão sobre veículo desse porte. Segundo a Urbana, os três Ecopontos da capital ainda são insuficientes para atender a demanda. "Estamos tratando exatamente estes assuntos no momento. Pretendemos pedir um orçamento maior para a criação de mais Ecopontos e ainda difundir a função deles, tornando-os entrepostos de coleta com telefones próprios para que a população solicite a coleta e para que ela seja imediata.

Sobre a orientação e a cobrança da conscientização da população a Urbana informou que há um estudo para que o órgão passe a ter o poder de aplicar a multa na população caso a coleta e o despejo dos dejetos sejam feitos em locais proibidos. "Para isso estamos sugerindo modificação na LEI 4.748", explicou. Expandir o número de contratos de caminhões para a coleta diária é outro objetivo da Urbana. Hoje são apenas 50 para coleta de metralha, podas e entulhos e 32 para coleta do lixo doméstico.

Prefeitura terá que apresentar projeto de fiscalização em Ponta Negra no dia 10 de fevereiro. O prazo passou, e agora? Mudou ou melhorou alguma coisa?


Tribuna do Norte - 24 de Janeiro de 2012
A Prefeitura do Natal terá que apresentar, no dia 10 de fevereiro, um Plano de Fiscalização para a praia de Ponta Negra. Na manhã de hoje, representantes da Prefeitura e comerciantes que trabalham na praia participaram de uma audiência pública no Ministério Público. A promotora de Meio Ambiente, Gilka da Mata foi a responsável pela mediação do debate entre Poder Público e ambulantes.
Adriano AbreuPrefeitura terá que apresentar projeto no dia 10 de fevereiroPrefeitura terá que apresentar projeto no dia 10 de fevereiro
A audiência de hoje, foi uma tentativa de colocar em prática um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado entre a Prefeitura e MP em outubro de 2005. O documento apresentava uma série de medidas para controlar a poluição sonora, visual e ambiental da praia. "Mas esse acordo foi cumprido parcialmente durante quatro anos. A partir de 2009, desandou tudo e perdeu-se o controle.", disse Gilka.

O titular da Semsur, Cláudio Porpino reconheceu que a carência da fiscalização é um dos problemas a serem resolvidos em Ponta Negra, assim como em outras áreas da cidade. Ele disse que a secretaria conta, hoje, com 30 fiscais, número que considera insuficiente. "Já houve um concurso em que passaram 18 candidatos, mas só nove aparecerem e foram contratados". O secretário disse ainda que o projeto será apresentado dia 10. "Pedimos esse prazo e vamos estudar como será feito".tudar como será feito".

Obras no calçadão em Ponta Negra só depois do Carnaval. Até quando a Prefeitura vai continuar protelando sua atuação?


Tribuna do Norte - 18 de Fevereiro de 2012
Os visitantes aguardados para o Carnaval em Natal não deverão aproveitar as belezas de Ponta Negra como poderiam. De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Luis Antônio Albuquerque, a reconstrução das áreas destruídas pela maré alta nas últimas semanas só começa na segunda-feira dia 27, ou seja, depois do feriado prolongado. "Temos que seguir a legalidade, estamos aguardando os laudos que atestam o caráter emergencial da intervenção", disse o secretário.
Alex RégisA força das águas do mar já compromete vários pontos do calçadão da praia mais famosa de NatalA força das águas do mar já compromete vários pontos do calçadão da praia mais famosa de Natal

A obra de reconstrução de partes destruídas do calçadão está orçada em R$ 400 mil. Após a liberação dos laudos, empresas já habilitadas pela prefeitura deverão iniciar o trabalho de forma emergencial, sem a necessidade de licitação. Mas. segundo o presidente da Associação dos Locadores de Cadeira de Natal, Gênesis Sousa, a solução prometida pela prefeitura será paliativa. "Eles vão consertar o calçadão e a maré vai destruir tudo de novo. Precisamos pensar em outras saídas, como a construção de um quebra-mar".  Gênesis já gastou mais de 400 reais - um terço do seu rendimento mensal - com a construção de uma escada para dar acesso a barraca onde trabalha.

Edileuza Teixeira, paraibana de 40 anos, visitava a praia pela primeira vez e não escondeu a  insatisfação. "Gostei muito daqui, mas as praias de João Pessoa são mais limpas e organizadas", disse.

O secretário da Semsur, Luis Antônio, no entanto, acredita que o problema de Ponta Negra é inevitável.  "Infelizmente, as praias mais conhecidas do Brasil, como  Ipanema e Copacabana, passam pela mesma situação", explica,  referindo-se ao avanço da maré causado pelo efeito-estufa, e a ocupação urbana desordenada.

PROVIDÊNCIAS

Três postes que ameaçavam a integridade física dos visitantes  foram retirados antes das obras oficiais começarem. Titular da pasta há pouco mais de uma semana, Luís Antônio conta que o problema da erosão em Ponta Negra o pegou de surpresa, mas que pretende encontrar uma solução  em breve. Enquanto as obras não começam, turistas, como a curitibana Sandra Tereza, reclamam e levam más lembranças da cidade. "Nunca vi tanto buraco. Senti falta de banheiro e de rampas de acesso a praia, também. Achei uma falta de respeito", disse.

PLANOS 

Para evitar o avanço da degradação em  outros pontos da orla, a Semsur pretende realizar, em parceira com o departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), um estudo que irá detalhar os pontos críticos de cada praia. A intenção do secretário é contar com os esforços das Secretaria de Turismo (Setur) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).  Nesse caso, segundo ele, a reconstrução será mais ampla e os recursos virão do Governo Federal. A primeira reunião   ocorrerá logo depois do feriado. Com o estudo será possível elaborar mecanismos para ajudar na conservação e no melhor aproveitamento dos equipamentos  públicos.

Em Ponta Negra, força da maré preocupa os proprietários de quiosques.

MAMÃE NATUREZA SE REBELANDO CONTRA OS MAUS TRATOS. 
SOS Ponta Negra

Tribuna do Norte - 28 de Janeiro de 2012
A ressaca marítima que atingiu a praia de Ponta Negra ao longo desta semana causou estragos e se tornou motivo de preocupação aos donos de quiosques instalados na orla. A força com a qual as ondas quebram no calçadão provocou a erosão do banco de areia e expôs o alicerce de uma trecho de aproximadamente 10 metros nas proximidades do Quiosque 7. Um poste de iluminação elétrica e um dois coqueiros correm o risco de cair, caso a estrutura de concreto e pedras graníticas que sustentam o passeio público não suportem o impacto da força das águas.
Frankie MarconeComerciantes tentam proteger quiosques com sacos de areia. Janeiro e fevereiro são meses de marés altasComerciantes tentam proteger quiosques com sacos de areia. Janeiro e fevereiro são meses de marés altas
É nos meses de janeiro e fevereiro que, historicamente, ocorrem as marés mais cheias e revoltas. De acordo com informações de funcionários do quiosque, o mar começou a atingir o calçadão no início da semana. "Na quarta-feira, o buraco começou a se formar e nós chamamos o Corpo de Bombeiros que isolou a área. De ontem para hoje (da madrugada de quinta para sexta-feira), a situação piorou", relatou o garçom Felipe.

Ao longo da praia, a maioria dos donos de quiosques mais próximos da linha da maré, colocou sacos com areia para amortecer o impacto das ondas. Em alguns pontos, porém, o esforço parece não surtir efeito. Vários trechos do calçadão estão com a estrutura de sustentação exposta. A assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros esclareceu que o serviço de responsabilidade do órgão foi feito, que era justamente isolar a área em torno do Quiosque 7 para evitar acidentes.

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) foi procurada para informar quando os técnicos da pasta fariam uma visita ao local para determinar como a área seria recuperada. A assessoria de imprensa, entretanto, não retornou as ligações realizadas pela reportagem para prestar esclarecimentos sobre o problema apresentado.

Em outro ponto da praia, trabalhadores iniciavam as medições para dar andamento aos reparos no Quiosque 15. Na terça-feira passada, toda a estrutura em torno do imóvel ruiu. Por pouco, o quiosque não desabou. As informações a respeito do incidente ainda não convergem para uma única causa. De acordo com o proprietário do quiosque, Alessandro Alves, o rompimento de uma tubulação da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), provocou o desabamento da estrutura de sustentação do comércio. A assessoria de imprensa da Caern afirmou que o relatório técnico ainda não havia sido finalizado mas, mesmo assim, a Companhia autorizou que a empresa de engenharia terceirizada, Canteiro Construções, a iniciar os reparos no empreendimento.

Segundo o engenheiro Eriberto Lins, que coordenava o trabalho dos serventes no local na manhã de ontem, a rede de esgotos que passa pelo local será removida. "Iremos colocar os tubos debaixo da calçada, próximo da outra tubulação", explicou. Além disso, uma nova estrutura, mais reforçada em relação à anterior, será erguida no entorno do quiosque. Enquanto isto, o dono do imóvel terá que improvisar a comercialização de bebidas. Ontem, Alessandro Alves estava vendendo os produtos numa caixa de isopor próximo à obra. A expectativa é que os reparos estejam prontos em duas semanas.

Estrutura do calçadão precisa de reforços

Uma análise prévia feita por um engenheiro civil sobre as condições atuais da estrutura do calçadão de Ponta Negra mostrou que é uma questão de tempo e do avanço da maré para que outros problemas surjam no local.

Eriberto Lins afirmou que as fundações são rasas e chegará ao ponto que a força das águas irá causar a queda da estrutura. Para ele, uma possível solução seria colocar uma rede de pedra granítica ou "barruada" ao longo do calçadão.

"Vai acontecer o que aconteceu em Recife, por exemplo. Será necessário colocar pedras para amortecer a ação das águas e preservar o alicerce do calçadão", alertou o engenheiro Eriberto Lins.

A análise sobre Ponta Negra aplica-se, de forma geral, a toda orla marítima na capital. O natalense já se acostumou a ver problemas relacionados a buracos e desabamentos nos calçadões das praias do Meio, dos Artistas e Areia Preta.

No dia 9 de fevereiro do ano passado, um trecho de 50 metros do calçadão de Areia Preta, nas proximidades do Relógio do Sol, desabou no exato momento em que um grupo de 10 militares do 17º Batalhão fazia sua corrida habitual. Em consequência, um trecho de 300 metros do calçadão e boa parte da pista de rolamento no sentido Praia do Meio foram interditados. Duas pessoas ficaram feridas.

As obras de reparo duraram quase um ano para ficarem prontas. Em julho do mesmo ano, por causa da força das águas da chuva, o trecho inicial do calçadão da praia de Ponta Negra ruiu e abriu uma cratera de pelo menos três metros de diâmetro.

De Ponta Negra à Praia do Forte, partes do passeio público deram lugar, nos últimos anos, à crateras. Sucessivamente, elas foram surgindo. Para urbanização de toda a orla marítima de Natal, as obras paliativas já consumiram, de agosto de 2008 até agora, mais de R$ 2 milhões.

O sábado é dos poetas, carecas, bruxas e lobisomens

Tribuna do Norte - 17 de fevereiro de 2012

Os embalos carnavalescos de sábado à noite prometem ser quentes. Ponta Negra entra oficialmente na festa de Momo, a começar com programação de palco, com orquestra de frevo (19h), Carnaval do Meu Amor (21h) e o cantor Rodolfo Amaral (23h). As ruas do bairro receberão também mais um desfile do bloco Poetas, Carecas, Bruxas e Lobisomens, responsável por reviver a festa na área, e dar um toque de Olinda ao carnaval natalense. É um dos poucos que leva o natalense fantasiado para a rua. A camiseta é opcional, a R$20.
Ana SilvaBonecos são atrações do tradicional bloco de Ponta NegraBonecos são atrações do tradicional bloco de Ponta Negra

O Poetas, Carecas, Bruxas e Lobisomens está em sua oitava edição, tendo como tema em 2012 "O bichinho bonitinho", em alusão à figura folclórica do Jaraguá. Aliás, o boneco do Jaraguá é uma das novidades para este ano, que se junta ao elenco de bonecos gigantes formado por enfeitados (Galantes), mascarados (Birico, Mateus e Catirina), e o Boi. A banda Perfume de Gardênia vai embalar a concentração, que se dará às 16h na Praça Praia de Ponta Negra (por trás do Camarões da Roberto Freire). O desfile começará às 17h30, ao som da banda Xico Frevo, sob comando de Jubileu Filho e Xico Beethoven. O percurso vai até o Praia Shopping, onde terá show de Khrystal. "Este é um bloco que a gente coloca na rua com muita raça", comentou o João Natal, coordenador do bloco.

Também sairá em Ponta Negra o bloco Ia + Fiquei, ganhando as ruas pelo quarto ano, terá como tema e homenagem a cabeleireira e maquiadora Nalva Melo, famosa pelo salão na Ribeira que abriga vários movimentos culturais. A concentração terá início às 16h, no Bar dos Doidos (Rua Praia de Genipabu), com orquestra de frevo. O acesso é livre. 

Bloco Fiquei Porque Quis irá premiar folião com a melhor fantasia



Este ano os foliões do Bloco "Fiquei Porque Quis" terão uma motivo a mais para caprichar no visual: a melhor fantasia será eleita pelos organizadores e o folião será premiado com um fim de semana na Pousada Paraíso da Tartarugas, em Pipa. A segunda e a terceira colocada também serão premiadas com um passeio à Praia de Galinhos, oferecido pela Natal Vans, e uma feijoada completa para duas pessoas no Restaurante Tempeiro Mineiro, respectivamente.

O júri do concurso será formado pelos organizadores do bloco Henrique da Costa, Wild Nascimento, Samuel Lopes, e Fernanda Zauli. "Premiar a melhor fantasia é mais uma brincadeira que a gente faz para incentivar os foliões a participarem do bloco fantasiados. O Fiquei Porque Quis existe há 3 anos e nós nunca fizemos camisetas ou abadás justamente porque acreditamos na magia da fantasia. Quanto mais gente fantasiada mais divertido o bloco fica", disse Henrique da Costa.

O bloco é gratuito, aberto ao público, e voltado para todas as idades. "Nosso bloco é para crianças, jovens, adultos, idosos, é um bloco para todas as idades, para famílias inteiras curtirem juntas o carnaval de Natal", disse Henrique.



Percurso

O Bloco Fiquei Porque Quis sai no domingo (19/02). A concentração começa às 16h30 em frente ao Albergue da Costa (Avenida Praia de Ponta Negra, 8932). De lá, o bloco parte pelas ruas do conjunto Ponta Negra e a festa segue até o Praia Shopping. Confira o percurso:

Av. Praia de Ponta Negra (Albergue da Costa)

Avenida Engenheiro Roberto Freire

Rua Palestina

Avenida Praia de Ponta Negra

Francisco Fausto de Souza

Rua Hernani Hugo Gomes (Ponto 7).

Ambulantes da praia de Ponta Negra serão cadastrados

Tribuna do Norte - 11 de Fevereiro de 2012

        

Em audiência com a promotora de Justiça do Meio Ambiente, Gilka da Mata, ontem pela manhã, a Prefeitura do Natal apresentou um Plano de Fiscalização para a praia de Ponta Negra. Representantes da Secretaria Municipal de Serviços urbanos [Semsur] e comerciantes que trabalham na praia participaram de uma audiência no auditório do Ministério Público.
Frankie MarconePara o MP, só existe uma solução para organizar Ponta Negra: cadastrar e fiscalizar o que é vendido pelos ambulantes do localPara o MP, só existe uma solução para organizar Ponta Negra: cadastrar e fiscalizar o que é vendido pelos ambulantes do local

Na mediação da audiência, a  promotora de Meio Ambiente, Gilka da Mata, deixou bem claro que só existia uma alternativa ao município: regularizar a situação dos ambulantes de Ponta Negra, de forma a ter um controle sobre os produtos comercializados e número de ambulantes que circulam na orla marítima.

A audiência de ontem, foi uma tentativa de colocar em prática um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado entre a Prefeitura e MPE em outubro de 2005, e não cumprido pela Prefeitura de Natal. O documento apresentava uma série de medidas para controlar a poluição sonora, visual e ambiental da praia. "Mas esse acordo foi cumprido parcialmente durante quatro anos. A partir de 2009, desandou tudo e perdeu-se o controle.", disse Gilka.

Caberá agora a Semsur abrir um prazo para que os ambulantes possam manifestar interesse na comercialização de produtos em Ponta Negra e encaminhar ao órgão um pedido de autorização de comércio. O prazo para os comerciantes será de 15 de março a 16 de abril. Os pedidos, segundo o acordo firmado ontem, devem ser analisados num prazo de 30 dias pela Semsur.

O órgão deve formar uma comissão com integrantes da Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social (Semtas) e com o apoio dos representantes envolvidos. Pela Associação dos Ambulantes de Ponta Negra, o representante é Marcos Martins.

Já a Semurb terá que levantar informações, num prazo de 15 dias, acerca dos imóveis da União passíveis de regularização. A promotora pediu, além de uma caracterização dos imóveis, estudo quanto à viabilidade desses prédios integrarem um projeto específico de urbanização da praia de Ponta Negra. Esse trabalho deve ser realizado em conjunto com a Semsur.

A promotoria vai oficiar a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para que realizem vistoria no calçadão da praia, encaminhando, no prazo de 10 dias, documento que aponte a situação do local e as recomendações necessárias para conter o risco de rompimento. O resultado da vistoria será encaminhada pelo MPE à Semsur, Semtas e Semurb.

O titular da Semsur, Luís Antônio de Albuquerque Lopes.  reconheceu que a carência da fiscalização é um dos problemas a serem resolvidos em Ponta Negra, assim como em outras áreas da cidade. Hoje, a secretaria conta com 30 fiscais, número que considera insuficiente. Ao longo do mês de dezembro e janeiro, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE mostrou o desordenamento na orla de Ponta Negra, onde se vende de tudo, sem qualquer fiscalização por parte dos órgãos municipais.

Estrutura do calçadão da orla está comprometida

A ressaca marítima que atingiu a praia de Ponta Negra ao longo das duas últimas semanas causou estragos e se tornou motivo de preocupação aos donos de quiosques instalados na orla. A força com a qual as ondas quebram no calçadão provocou a erosão do banco de areia e expôs o alicerce de uma trecho de aproximadamente 10 metros nas proximidades do Quiosque 7. Um poste de iluminação elétrica e um dois coqueiros correm o risco de cair, caso a estrutura de concreto e pedras graníticas que sustentam o passeio público não suportem o impacto da força das águas.

É nos meses de janeiro e fevereiro que, historicamente, ocorrem as marés mais cheias e revoltas. De acordo com informações de funcionários do quiosque, o mar começou a atingir o calçadão em meados de janeiro.

Por conta das marés altas, bastante comuns nesta época do ano, dois trechos do calçadão da praia de Ponta Negra sofreram erosão. Os dois foram isolados pela Secretaria de Serviços Urbanos. Uma equipe do órgão trabalha atualmente na contenção dos trechos e, consequentemente, na proteção aos banhistas e freqüentadores da praia.

Outra medida preventiva foi a retirada de um poste no calçadão. A contenção das áreas atingidas é realizada a partir de sacos de areia, que protegem os alicerces do calçadão. Trata-se de uma medida paliativa.

A Semsur disse essa semana que está realizando um diagnóstico preventivo de toda a orla para identificar outros possíveis pontos críticos no calçadão.

No domingo de Carnaval o Bloco Fiquei porque Quis anima Ponta Negra pelo 3º ano consecutivo

"Fiquei porque Quis" anima Ponta Negra pelo 3º ano consecutivo

O bloco Fiquei porque Quis, idealizado por um grupo de amigos em busca de diversão no carnaval de Natal, confirmou sua participação na festa de 2012. Com originalidade, irreverência e muita animação, o bloco promete agitar o carnaval de rua em Ponta Negra pelo terceiro ano consecutivo. Nos anos anteriores o Fiquei porque Quis atraiu um público diversificado e alcançou o objetivo de ser uma festa para toda a família.
"Neste ano não será diferente. Nosso bloco é para crianças, jovens, adultos, idosos, é um bloco para todas as idades, para famílias inteiras curtirem juntas o carnaval de Natal", disse Henrique da Costa, um dos idealizadores do bloco. O Fiquei porque Quis sai pelas ruas de Natal no domingo (19/02) embalado pela banda de frevo Alegria em Festa.
A concentração começa às 16h30 em frente ao Albergue da Costa (Avenida Praia de Ponta Negra, 8932). De lá, o bloco parte pelas ruas do conjunto Ponta Negra e a festa segue até o Praia Shopping.   "Queremos resgatar o carnaval de rua em Ponta Negra e acabar com a ideia de que para se divertir no carnaval é preciso viajar para outras cidades", afirmou Henrique.
O bloco é aberto ao público e qualquer pessoa pode participar. Os foliões precisam apenas de um pré-requisito: alegria, muita alegria!
Sobre o bloco
O bloco Fiquei porque Quis surgiu em uma reunião informal de amigos, no lugar mais inspirador que se possa imaginar: uma mesa de bar. Discutindo os possíveis roteiros de viagem para o carnaval 2010, eles perceberam que não era preciso sair de Natal para se divertir e decidiram fazer a própria festa. "Foi tudo decidido de última hora, mas o resultado foi excelente. Contamos com o apoio da Polícia Militar para resguardar todo o percurso e no final foi só alegria", disse Henrique da Costa.
Diante do sucesso da primeira edição, os organizadores decidiram que o bloco sairia também em 2011. "Depois de 2011 nós percebemos que não dá mais para acabar com o bloco, porque ele não é só nosso, é de todo mundo que participa e gosta da festa. Em 2012 não poderia ser diferente: a festa está garantida", disse Wild Nascimento, um dos idealizadores do bloco. Essa é a terceira edição do bloco Fiquei porque Quis que vem se consolidando como uma alternativa para os foliões que ficam na capital potiguar durante o carnaval.

Contatos:
Henrique da Costa – 8869.8932 - diretor geral
Wild Nascimento – 9953.9582 - diretor jurídico
Werberth Nascimento – 9661.7733 - diretor de logística
Fernanda Zauli – 9661.7755 - diretora de comunicação

Em outubro de 2011 a especulação imobiliária estava sufocando os moradores de Ponta Negra. E agora? Mudou alguma coisa?

Diário de Natal - 23 de outubro de 2011

Há duas décadas o bairro e a Vila de Ponta Negra registram um crescimento imobiliário vertiginoso. Para a presidente do Conselho Comunitário de Ponta Negra, Cíntia Fernanda de Lima, esse fator preocupa porque a especulação imobiliária tem feito com que famílias de pescadores tradicionais do bairro sofram pressão constante para vender seus imóveis. "Temos que manter a tradição e manter os moradores aqui na Vila. Senão corremos o risco de perdermos nossas raízes culturais. Dizem que somos contra esses investimentos em grandes prédios, não é isso. É o custo que isso traria para a comunidade", afirmou.

O Conselho está discutindo com a comunidade formas de se regularizar a Área de Especial Interesse Social (AEIS), aprovada em 2007 e que nunca foi implementada. A mudança é feita com base em um estudo da UFRN onde se analisa diversos fatores e o impacto ambiental. Prevê, por exemplo, a limitação em 7 metros e meio de altura para a construção civil. "A AEIS está prevista no Plano Diretor de Natal, que será revisado em 2012. Por isso estamos retomando esse assunto agora com a comunidade".

Preocupar-se com a preservação do meio ambiente também inclui olhar para saneamento e coleta de lixo. Por sinal, outro problema relatado pelos moradores da Vila é o acúmulo de lixo nas ruas. O italiano Lucas Buralli, que mora há 6 anos no bairro, disse que escolheu o local para montar uma pousada e para realizar um trabalho voluntário, montar uma escolinha de surf. "Não recebemos qualquer apoio governamental, nem mesmo quando precisamos retirar o lixo das ruas. Aqui perto tem um local com muito lixo, e ligo para a Urbana e eles ficam adiando a retirada", informou. "Aqui é um bom lugar, mas tem seus problemas. Minha família, quando vem aqui, diz que eu sou louco por morar aqui".

Apesar de todos os problemas, pessoas como Buralli vivem ali felizes. Francleide dos Anjos, 19 anos, por exemplo, passa o dia vendendo camisetas na praia. Ela montou uma barraca e, por causa das vendas em baixa, dedica parte de seu dia a escrever poesias. "Escrevosobre o amor. São mensagens românticas", diz ela, contemplando o vai-e-vem das ondas da praia próxima ao Morro do Careca. A jovem diz que mesmo às vezes tendo que passar uma temporada com a família na Zona Norte, prefere viver na Vila, que divide com o irmão, surfista pré-adolescente. "Aqui é o meu lugar. Gosto da movimentação de pessoas aqui, dos turistas, da cultura e da praia".

Insegurança
Os moradores também sentem que a Vila de Ponta Negra carece de infraestrutura de segurança pública. "Aqui acontecem muitos assaltos, tráfico de drogas, acerto de contas. Vivemos com medo de sair à noite", afirma uma moradora que, por causa do assunto, preferiu não se identificar. O motorista de ônibus Eric Vandilson, que trabalha na linha 46 (Ponta Negra / Rocas, via Praça), revela que tem medo de circular no trecho à noite. "Minha linha não entra em algumas ruas consideradas mais perigosas, como o 54 e o 56, mas circular aqui após às 22h é correr um risco grande de assalto", diz.

A frequência dos roubos e assalto é maior quando se aproxima a temporada de festas, como Carnatal, final de ano e vésperas de São João. "Ainda assim, é bom trabalhar aqui durante o dia. A comunidade vive em paz, a vida transcorre normalmente. Fazemos amizades, conhecemos figuras inusitadas, enfim, há nove anos estou aqui e fiz um vínculo afetivo com o bairro". Durante seu expediente de 7 horas e 20 minutos, Eric passa pelo menos uma hora e vinte minutos diariamente no terminal da linha em que trabalha, nos arredores da Igreja de São Sebastião.

O coronel Wellington Alves, comandante de policiamento metropolitano, que abrange a área, disse que a Vila é de responsabilidade do 5º Batalhão da PM. O quantitativo é variável de acordo com o número de ocorrências. Por isso a PM operacionaliza o aumento de efetivo com suplemento da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), e do Batalhão de Choque (BPChoque). "A maior parte das ocorrências é com relação a tráfico de drogas, que depende mais da polícia civil para investigar. O ostensivo fardado vem sendo cumprindo. Além do efetivo do 5º BPM, Rocam e BPChoque, também contamos com a Companhia Independente de Turismo, que atende na orla marítima e nas áreas de pousadas. Faltar policiais, não falta", garantiu.

Segundo o comandante, o que ocorre é alguma deficiência pontual, justificada pelo déficit de efetivo, o que também acontece em outros bairros de Natal. "Quando há denúncias de tráfico de drogas ou outro tipo de crime, o efetivo é aumentado, e inclusive pedimos à população para que colabore conosco. Ligando no 190, o número é democrático, sigiloso, e importante para fazer as denúncias".

QUARTA DIA 15 TEM AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE OS PLANOS SETORIAIS

AUDIÊNCIA PÚBLICA dos Planos Setoriais

Amanhã, dia 15.fev.2012, quarta feira, às 8h00 da manhã, no CEMURE - Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves. O CEMURE fica localizado na Rua Coronel Estevam, 3705 - Nª. Senhora de Nazaré, próximo à Rodoviária e ao  cruzamento com a Av. Cap-Mor. Gouveia. 


Caríssimos/as Companheiros/as,


O tema Planos Setoriais entrou no Plano Diretor de Natal pelas mãos, corações e mentes  dos moradores de Ponta Negra. A perplexidade que tomava conta de todos e todas com a transformação repentina e desordenada do bairro se reverte em ação tranformadora a partir do SOS Ponta Negra, movimento deflagrado pelo jornalista Yuno Silva apoiado pela Poetisa dos Ventos Deth Haak. 

O SOS Ponta Negra elevou a voz ao mundo e se fez ouvir pela então administração municipal que reviu as
autorizações para a construções de "espigões" nas proximidades do Morro do Careca.

O momento do abraço ao Morro do Careca marca o início das discussões do grupo que se auto denominou NEPDN-Núcleo de Estudos do Plano Diretor de Natal. Esse grupo, que se encontrava na AMPA, aos domingos e quartas feiras, desenvolveu um trabalho intenso de mobilização, pesquisa e levantamento das questões que mais inquietavam as populações do bairro, transformando-as numa proposta que foi aceita e aprovada por unanimidade na Câmara Municipal.

Essa audiência pública dá sequência ao processo de regulamentação do Plano Diretor iniciado em Junho do ano passado. (vIsite da Semurb: http://www.natal.rn.gov.br/semurb)

Temos à nossa frente uma página em branco para desenharmos o bairro que queremos.
Só precisamos de organização e mobilização para isso.

.......

LOCAL - As audiências dos dias 8 e 15 de Fevereiro de 2011 serão realizadas no CEMURE - Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves, de 8h às 14h. O CEMURE fica localizado na Rua Coronel Estevam, 3705 - Nª. Senhora de Nazaré,
próximo ao cruzamento com a Rua Cap-Mor. Gouveia.

Programação:


15/02/2012 – Planos Setoriais
21/03/2012 – ZPA 08 - Mangue
28/03/2012 – ZPA 09 - Rio Doce
25/04/2012 – ZPA 03 - Rio Pitimbu
30/05/2012 – ZPA 04 - Guarapes

A partir de abril de 2012 se dará início à estruturação das discussões de revisão do Plano Diretor de Natal.

Em Ponta Negra também ronda o perigo do HIV e da tuberculose

Diário de Natal - 23 de outubro de 2011 

Como qualquer localidade formada, em sua maioria, por pessoas pobres, a Vila de Ponta Negra também sofre com as doenças que afligem a população. No caso da Vila, duas enfermidades preocupam as autoridades de saúde pública. É alto o índice de pessoas (homens, mulheres e adolescentes nativos e turistas), infectados com o vírus HIV, que provoca a AIDS. Também começa a preocupação com o número de pessoas com tuberculose, ainda tímido, mas crescente. "Não temos dados consolidados, mas percebemos pelo número de pacientes atendidos diariamente, que solicitam exames e são acompanhados por nossas equipes", conta a diretora da Unidade Básica de Saúde de Ponta Negra, Élida Maria Fernandes.

Por causa da grande demanda, o posto tem 47 funcionários. Por dia, são mais de 90 atendimentos médicos, odontológicos, ginecológicos e de psicologia na unidade. Outros 50 são referendados, ou seja, encaminhados para outras unidades. Ali também funciona a distribuição do Programa do Leite. O "posto de saúde", como os moradores chamam,também fornece medicamentos gratuitos e "todo tipo de exame", segundo a diretora. São 75 exames/dia.

"É assustadora a recorrência de pessoas com o vírus HIV. Nós fornecemos os medicamentos do coquetel e orientamos com relação ao uso do preservativo, outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e cuidados com infecções urinárias decorrentes de relações sexuais sem proteção", conta a diretora.

Com relação à tuberculose, a doença é considerada relativamente rara nos dias de hoje, mas três casos foram diagnosticados apenas na segunda-feira. "Nesse caso, orientamos com relação aos cuidados com a higiene, especialmente nos primeiros quinze dias da doença, para evitar novas contaminações", contou a presidente do Conselho Comunitário de Ponta Negra, Cíntia Fernanda de Lima, que trabalha na unidade de saúde. "É preciso evitar com que quem se infectou com a bactéria cuspa na parede. Isso pode provocar contágio, pelo menos nos primeiros quinze dias".

Obviamente HIV e tuberculose preocupam por causa da gravidade, mas as doenças mais comuns na Vila de Ponta Negra são outras. "Temos muitos hipertensos, pessoas com diabetes e verminoses dermatológicas". Ela conta que os casos ocorrem especialmente por causa da má-higienização do corpo, como por exemplo, o desleixo com o couro cabeludo, o que provoca a presença de piolhos. "Infelizmente a Vila também tem grande número de jovens com problemas psiquiátricos provocados por causa de drogas, e os pais desses jovens, que precisam tomar antidepressivos para evitar o pior", acrescenta a diretora, Élida Fernandes.

Em outubro de 2011 a Vila de Ponta Negra pedia atenção. E agora? Mudou alguma coisa?

Diário de Natal - 23 de outubro de 2011 

Moradores enfrentam problemas que vão desde o saneamento básico até assistência médica

Mesmo tendo como vizinho o cartão postal mais famoso da capital, a Vila de Ponta Negra tem despertado pouca atenção. Pelo menos do setor público. Esta é a sensação que se tem ao conversar com os moradores da Vila, extremo Sul da capital. A comunidade é beneficiada com a bela vista do Morro do Careca, mas carece de infraestrutura básica e de alguns serviços essenciais para qualquer população.


Apesar de desfrutar da bela paisagem, comunidade sofre com os problemas urbanos provocados pelo crescimento desordenado Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
A lista de problemas inclui buracos nas ruas, saneamento básico insuficiente, violência e insegurança, turismo sexual e prostituição, ausência de mais áreas públicas de lazer, lixo acumulado, degradação ambiental, consumo e tráfico de drogas e crescimento urbano desordenado. "Aqui é bom de se viver, o problema é que essas coisas ruins permanecem ao longo do tempo, sem ninguém resolver", afirmou a moradora Cibele Aguiar. A lista de problemas contrasta com os depoimentos de uma população que, apesar de buscar a vivência em comunidade, clama por atenção das autoridades.A comunidade que hoje sofre com os problemas urbanos surgiu de uma bucólica e tradicional vila de pescadores. Estima-se que, até o século passado, a Vila de Ponta Negra era habitada por indivíduos ligados à atividade pesqueira. Havia, entretanto, roçados para ajudar na economia doméstica, além do trabalho de renda de almofadas feito por mulheres. "Era o tempo de uma pobreza muito grande", conta Maria de Lourdes de Lima, 77 anos, uma das rendeiras de bilro mais antigas da Vila. "Meu pai vivia de fabricar carvão, da pesca e do roçado que tinha. Quando era época de muitos peixes, dava pra ter um almoço mais folgado", relata ela, que era filha adotiva.

Após a 2ª Guerra Mundial, com a influência norte-americana de banhos de mar, foram iniciadas construções de casas de veraneio. Contudo, uma das primeiras referências históricas a Ponta Negra é a descrição do período da ocupação holandesa, em 1633, na Cartografia do Rio Grande do Norte. Registros de 1877 dão conta de uma casa de oração na povoação de Ponta Negra e de uma escola pública para o sexo masculino. Quando menina, Maria de Lourdes conta que costumava "espiar" rendeiras mais velhas trabalhando. Ela começou a render aos 7 anos, por iniciativa da mãe. "Ela não sabia render, mas viu que eu tinha vontade de aprender", conta.

Após aprender a arte dos bilros, a mulher se tornou uma das mais experientes rendeiras da Vila, dedicada ao trabalho como meio de vida. "Tive 12 filhos e criei dez porque dois morreram. Sustentei todos eles fazendo minhas rendas. Faço camisetas, porta papéis, decoração de mesas, blasers, vestidos e saias", enumera. Cada peça custa em média R$ 65, os vestidos são mais caros. "Mas os negócios estão fracos, meu filho. Às vezes a gente passa semanas sem vender", lamenta ela, que agora se dedica a ensinar dez rendeiras num curso de artesanato.

Sábado de Carnaval com o bloco Poetas, Carecas, Bruxas e Lobisomens

Carnaval do Bichinho Bonitinho

18 de Fevereiro 2012

Sábado de Carnaval



Carnaval do Bichinho Bonitinho – 2012

Seguindo a tradição dos Poetas, Carecas Bruxas e Lobisomens de valorizar e
ressaltar os elementos da cultura popular Potiguar no carnaval de Natal, este ano
acrescentaremos mais uma figura ao Boi de Reis, que se junta ao elenco de Bonecos
gigantes, para abrilhantar o nosso cortejo carnavalesco .

O Boi de Reis é composto por enfeitados(Galantes), mascarados (Birico, Mateus,
Catirina) e o Boi, figuras essenciais deste folguedo popular, que participa do bloco
em forma de bonecos, já que se trata de uma manifestação presente tradicionalmente
nos festejos do ciclo Natalino.

A novidade de 2012 é o Jaraguá, a figura da categoria dos bichos, que é convidado
para entrar na brincadeira pelos brincantes do Boi, em cantiga que anuncia o Bichinho
Bonitinho que sabe vadiá ... e estará no corredor da folia de Ponta Negra para brindar
e dançar com os poetas, carecas, bruxas e lobisomens de Natal.

Roteiro:

16:00h. – Concentração : Praça Praia de Ponta Negra

(por trás do restaurante Camarões da Roberto Freire)

*Show com a Banda Perfume de Gardênia

*Evolução dos Bonecos e apresentação do Jaraguá

com participação especial do Pau e Lata

17:30h. Início do desfile animado pela banda Xico no Frevo

Comandada por Jubileu Filho e Xico Bethoven

22:00h. Dispersão – Praia Shoping


Fotógrafos abraçam o Cajueiro de Pirangi

Fotógrafos abraçam o Cajueiro de Pirangi
Além de agregar os fotógrafos potiguares em torno de uma fotografia, a Aphoto também se preocupa com o planeta terra e abraça causas ecológicas. Em parceria com a ONG Baobá, a Aphoto juntou seus pares para realizar um abraço simbólico ao Maior Cajueiro do Mundo contra o aumento do aquecimento global.
Nos dias que antecederam o abraço ao Cajueiro de Pirangi, a diretora de eventos da Aphoto, Carla Belker, deu entrevistas à televisões e jornais, salientando a participação efetiva da entidade. Com essa parceria com a ONG Baobá, o nome da Aphoto ganha visibilidade por atrelar questões humanitárias e ecológicas.
No final do 2º Abraço no Maior Cajueiro do Mundo, prêmios foram sorteados e alguns aphotistas foram contemplados. Carla Belker e Marcos ganharam um passeio de barco em Barra de Cunhaú, Davison ganhou um passeio no Marina Badauê e Jailson Fernandes uma diária no Hotel Caravelas, em Pirangi do Norte.
A participação dos aphotistas e de fotógrafos simpatizantes no evento de domingo é um sinal de que juntos somos fortes e poderemos fazer uma grande diferença.

* Fonte: APHOTO

2ª edição do Brechó do Parque acontece próximo domingo (12)

Brechó de Carnaval no Parque :: domingo, 12/02


Carnaval, muito planos... cair na folia, aproveitar pra descansar ou dar aquele trato na casa?

Tem gente que vai ficar aqui em Natal, outros vão curtir as praias ou cidades do interior, muitos zarpam para Recife, Salvador ou Rio de Janeiro. Não importa seu destino, o Brechó de Carnaval do Parque de Capim Macio está na área pra dar uma sacudida no seu guarda roupa, na sua sala, no seu quarto... ou tudo isso junto!

Antes da cair na folia (ou não, como diria Caetano!!), venha com a família passar uma tarde entre cajueiros, mangueiras, mangabeiras, e curtir uma programação cultural, experimentar novos sabores, fazer negócios, conhecer novos e reencontrar velhos amigos, neste próximo domingo dia 12 de fevereiro das 14h às 18h.

Aqui o importante é aproveitar a última chance de encontrar (ou comprar, ou trocar, ou vender, ou doar) aquilo que você estava procurando. Esta edição do bazar é realizado em parceria com alunos do curso de Gestão Desportiva e de Lazer do IFRN-Cidade Alta, que darão suporte tanto na recreação como na decoração (com material reciclado), organização da coleta e destino do lixo produzido durante o evento, divulgação e disposição dos expositores. 

O Brechó do Parque é coletivo, cada pessoa pode levar seus cacarecos, roupas, acessórios, discos, cds e dvds, calçados, comidinhas, qualquer produto bacana de produção artesanal ou aqueles que já não são úteis mas que podem servir para outros. Conjugue os verbos vender, trocar, doar, reciclar, renovar e, principalmente, confraternizar, interagir, conhecer. Todos* podem expor qualquer coisa.

* só dispomos de ponto de energia, cada expositor deve levar a própria estrutura para dar suporte à exposição dos produtos: canga, tapete, mesa, cadeira, arara, cordas, etc.

O Brechó de Carnaval do Parque de Capim Macio, assim como outros eventos comunitários, faz parte de uma série de ações dos Amigos do Parque de Capim Macio, moradores que pretendem torná-los periódicos no espaço. Há outros projetos em vista como o do cinema no parque. "A movimentação do espaço é alimentada por todos nós", diz Breno, morador do bairro e amigo do parque.

Se é um espaço público, à disposição da comunidade, por que não utilizá-lo para o bem?

O Parque de Capim Macio fica logo atrás do hipermercado Extra da av. Engenheiro Roberto Freire. A principal rua de acesso é a Missionário Joel Carlson, entre o Extra e o Posto Shell. Para mais informações sobre o Brechó e demais ações do Parque, entre em contato pelos números (84)8838-5881 | 8827-2006 | 9938-6462.

AMIGOS DO PARQUE
Os Amigos do Parque de Capim Macio é um grupo formado por pessoas que tem um objetivo em comum: CUIDAR da última área verde do bairro. Queremos transformar aquele espaço, que esteve abandonado nos últimos três anos pelo poder público, em um local agradável, social e tranquilo. Nosso único projeto é cuidar e deixar o Parque com uma "cara" bacana, para que ele seja convidativo e que faça parte da vida das pessoas. Para ser um Amigo do Parque é simples, basta chegar junto com o mesmo espírito transformador e boas ideias. Sejam bem vindos!

Curta o Parque de Capim Macio
Facebook: www.facebook.com/parquedecapimmacio
Blog: www.parquedecapimmacio.org

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Serviço
Brechó de Carnaval do Parque de Capim Macio
Domingo, 12 de fevereiro de 2012, das 14h às 18h
Parque de Capim Macio, rua Missionário Joel Carlson (por trás do Extra Roberto Freire)
Informações: (84)8838-5881 | 8825-2006 | 9938-6462

Prévia dia 12 com o Bloco Suvaco do Careca

Convite para prévia Suvaco do Careca. 

Dia 12 de fevereiro a partir das 14h no Escondidinho Quiosque 

E no domingo (19) de Carnaval desfile oficial a partir das 15h no Sol & Lua Bar e restaurante.

O bloco defende a preservação do meio ambiente e o combate a exploração sexual de crianças e adolescentes, e este ano chama atenção para a importância de se regulamentar a Unidade de Conservação para o Morro do Careca.
Abaixo o hino do bloco:

Grande abraço e
Saudações Suvaquianas!!!

Esse ano eu vou pular
o carnaval no suvaco do careca
vai ser grande a animação
pois Ponta Negra esta toda em festa

o objetivo desse bloco é nobre
é pedir a todos seja rico ou pobre
que cuide bem da nossa natureza
e não deixe o morro entregue a propria sorte

que não polua, não destrua, não devaste meu bem
o que o morro do careca tem

Esse ano eu vou pular
o carnaval no suvaco do careca
vai ser grande a animação
pois Ponta Negra esta toda em festa

O povo diz por uma boca só
que dessa vida só se leva o melhor
a gente bebe, pula, brinca a alegria é geral
nos quatro dias desse carnaval

Em outubro de 2011 moradores de Ponta Negra pediam silêncio. E agora? Semurb foi fiscalizar isolamento acústico? Aconteceu alguma coisa de lá pra cá?

Tribuna do Norte - 08 de Outubro de 2011
Valdir Julião - Repórter

A despeito de já existir uma sentença judicial condenatória de primeira instância contra o município de Natal, no sentido de que a Secretária Municipal de  Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) proceda a fiscalização e combate à poluição sonora no chamado Alto de Ponta Negra, 46 moradores da rua Manoel Augusto Bezerra de Araújo, conhecida como "rua do Salsa" apresentaram um abaixo-assinado na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público pedindo providências contra o  que consideram "falta de respeito e de fiscalização à "Lei do Silêncio" no local".

Rodrigo SenaNa rua Manoel Augusto Bezerra - conhecida como rua do Salsa - moradores colocam imóveis à vendaNa rua Manoel Augusto Bezerra - conhecida como rua do Salsa - moradores colocam imóveis à venda
Até mesmo empresários como o dono do Albergue Lua, Renato de Lucca, reclama do que qualifica "de boates a céu aberto", as quais são responsáveis pelos sons estridentes a partir das 23 horas e até o amanhecer na "rua do Salsa".

De Lucca afirmou que está há 16 anos na área e passou a perder clientes por causa da poluição, "porque os hóspedes amanhecem o dia sem conseguir dormir". O empresário também falou que fiscais da Semurb até já estiveram no local, "mas chegaram as 19 horas", horário em que ainda não começaram os shows das casas noturnas das redondezas, porque na rua Aristides Porpino Filho, paralela à "rua do Salsa" também funcionam outras boates, a ponto de alguns proprietários de imóveis já terem colocados placas de venda.

A dona de casa Silvana Marques Jorge disse que em virtude do som nas alturas dos bares, restaurantes e casas de shows, a filha mais velha "não tinha como estudar para a faculdade" e foi morar na casa da sogra "antes de casar".

Silvana Marques explica que só ainda não vendeu a sua residência, porque o imóvel está passando por inventário. Ela disse que também "alugava suíte "para moças" em sua casa e deixou de ter clientes em  virtude da poluição sonora.

Outra moradora da rua Manoel Augusto Bezerra de Araújo, Adelaide Ferreira ainda afirmou que a movimentação noturna naquela área de Ponta Negra é um chamativo à prostituição, tráfico de drogas e à marginalidade em geral. Ela disse que nunca houve ameaça de violência, mas informou que apesar de sua casa "ter muro alto e cerca elétrica e um cão de guarda", ladrões pulam "e levam tudo o que vê pela frente".

Dona Silvana Marques declarou que dois ladrões chegaram a entrar na sua casa, quando estava com uma filha, mas por sorte, o genro que é policial também se encontrava no momento da invasão e prendeu os bandidos.

Tráfico de drogas também é comum na área
O delegado da 15ª DP em Ponta Negra, Luís Lucena, disse ontem que a Polícia nunca deixou de fazer o seu trabalho de combater o tráfico e à prostituição no  bairro ou na chamada "rua do Salsa". Ele informou que na noite de quinta-feira, 6, "foi presa a principal traficante da área": Cristiane da Silva, 27 anos, conhecida como "Lidô" ou "Gorda", que reside no distrito de Pium, em Parnamirim, e de lá saia para vender drogas no Alto de Ponta Negra.

Além da traficante, foi preso o taxista Antonio Silva Pereira, que foi enquadrado no artigo 33 por tráfico de drogas. Ele disse à Polícia que atendeu apenas o chamado de uma cliente, mas os agentes de Polícia Civil descobriram que ele já fazia "corrida" há algum tempo para a traficante, que teria escondido sete papelote de cocaína no ânus, quando os dois foram abordados pela Polícia.

O delegado Lucena disse que há um mês foi preso outro  grande traficante do Alto de Ponta Negra, Sérgio Lopes da Silva, e outro conhecido por "Jaburu" também foi preso.

Problema do barulho já está na Justiça
Em sentença datada de 29 de outubro de 2010, o juiz Ibanez Monteiro da Silva condenou o município, "na obrigação de fazer", a coibir a poluição sonora no Alto de Ponta Negra, a fim de evitar que os estabelecimentos comerciais produzissem ruídos acima dos níveis legalmente permitidos: 50 decibéis em horário noturno e 55 decibéis no período diurno.

No entanto, a promotora de Defesa do Meio Ambiente, Rossana Sudário, informou que o município não vem cumprindo com a decisão judicial, apesar de a Semurb tê-la informado que as providências estão sendo tomadas.

Ela disse que aquela rua "é realmente um inferno", mas hoje  a ação civil pública que começou a tramitar em 28 de fevereiro de 2008 na 2ª Vara da Fazenda Pública, hoje se encontra em grau de recurso para que seja executada a sentença contra o município. A TRIBUNA DO NORTE tentou falar, à tarde toda, com gestores da Semurb, mas ninguém atendia o telefone.