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Em outubro de 2011 pescadores sofriam com escassez do pescado. E agora? Tem alguma dúvida de que a tendência é piorar?

Diário de Natal - 23 de outubro de 2011 


Vila de pescadores, lugar de veraneio da Natal do passado, o local possui uma das vistas mais belas da cidade. Existem referências, datadas do século XVII, sobre a praia de Ponta Negra, que cita alguns documentos como o que comprova que o local serviu de desembarque de tropas holandesas. Sobre sua ocupação, o historiador Itamar de Souza fez a notação: "O casario primitivo surgiu na parte alta, onde está a Vila de Pescadores. Em meados do século XX, a elite natalense aportou à beira-mar construindo ai suas casas de veraneio. Nos anos 70, a expansão urbana povoou a parte alta deste bairro com a construção de conjuntos habitacionais".


Jailson Carlos (E) voltou do mar com apenas três peixes no cesto Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
Lugar de contrastes, a Vila de Ponta Negra e seu entorno foram oficializados de bairro de Ponta Negra por meio da Lei Municipal nº 4.328, de 5 de abril de 1993. Hoje em dia os pescadores sofrem com a falta de apoio financeiro à atividade artesanal que aprenderam ao longo do tempo. Tradição passada de pai para filho. Jailson Carlos de Lima, 37, é nascido e criado na Vila de Ponta Negra. "Aprendi a pescar aos 9 anos com meu pai e meu tio", revela, assumindo que preferiu a atividade aos estudos. Fez apenas até a antiga 4ª série.

O pescador fica em média sete horas diariamente no mar, dependendo do vai-e-vem das marés. "Costumo sair de casa à uma da tarde e volto lá pelas oito da noite; ou então saio à uma da manhã e retorno de manhã, às 8h", conta. Do mar, Jailson retira o peixe que é servido em sua mesa, na casa dos natalenses e nos restaurantes frequentados pelos turistas que frequentam Natal. Serra, Cioba, Tainha, Garajuba. "Já cheguei a pescar 150 kg com a minha jangada. Nesses meses tem dias que volto do mar com apenas três peixes", revela. Ele conta que, por causa da escassez, o negócio da pesca se mostra cada vez menos rentável. "O governo só ajuda no final do ano, quando é período do defeso da lagosta. A gente recebe um seguro-desemprego".

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