.: Ong Baobá lança campanha - Projeto ônibus híbridos pela redução do aquecimento global em Natal

Haroldo Mota e Alvamar Queiroz, superintendente do Ibama/RN, no ato de assinatura de adesão à campanha

Por iniciativa da Ong Baobá e parceria com a Federação de Ciclismo do RN, NÓS, cidadãos abaixo-assinados (ver comentários), expressamos nosso apoio na aprovação e solicitamos que os governos estadual e municipal providenciem medidas necessárias de investimento em transporte público, na substituição da atual frota de ônibus coletivos movidos a óleo diesel, por modelos híbridos, movidos por uma combinação de dois motores: um de combustão a álcool (estacionário) e o outro elétrico (este último produz a mobilidade do veículo).

Sabemos que a aquisição deste veículo é de aproximadamente 50% mais elevados que o ônibus convencional, mas, suas vantagens são enormes: a vida útil destes é de 30 anos, quatro vezes a de um modelo a diesel; a redução no custo de manutenção é de 30% menor; são mais econômicos, reduz o consumo de combustível entre 15 a 25%; reduz a emissão de poluição em até 98% e o Brasil produz e exporta essa tecnologia.

São veículos silenciosos e oferece mais conforto a população. Reduz consideravelmente a poluição automotiva (material particulados, gases e ruídos) da cidade, consequentemente o número de consultas em ponto-socorro e internações hospitalares, melhorando a saúde e a qualidade de vida de todos.

Portanto, essa atitude é urgente e importante, pois, estaremos promovendo medidas contra o aquecimento global e de sustentabilidade econômica em modelo de negócios.

Haroldo Mota

.: Justiça determina: Estado e Município têm 72 horas para pronunciamento sobre projeto Arena das Dunas

Estádio Machadão, Ginásio Machadinho e Centro Administrativo: a proposta é demolir tudo! Só não pensaram no antes, no durante e no depois.

TRIBUNA DO NORTE - 28/set/2009
Foto: Júnior Santos

A juíza da 3ª Vara da Fazenda Pública, Aline Daniele Belém Cordeiro Lucas, recebeu a ação na qual o Ministério Público Estadual (MPE) pede a suspensão do processo para alienação e demolição dos prédios do Centro Administrativo e do Estádio Machadão, onde será construída a Arena das Dunas, planejada para sediar os jogos da Copa de 2014 em Natal.

A juíza pediu que o governo do Estado, a Prefeitura do Natal e a Agência de Fomento do Rio Grande do Norte se pronunciem em 72 horas sobre o pedido do MPE. Ela só vai decidir depois que receber esses pronunciamentos das procuradorias do Estado, do Município e da assessoria jurídica da Agência.

Na ação judicial, com pedido de liminar, do Ministério Publico requer a suspensão imediata da contratação da empresa e da execução dos serviços. O MP alega que não houve transparência no edital publicado para contratação da empresa que vai ficar responsável pela parceria público privada, modalidade escolhida para a construção da arena onde serão realizados os jogos da Copa em Natal e pelos serviços de urbanização e edificação de novos prédios no Centro Administrativo.

Para o Ministério Público, o processo até agora está obscuro e há dificuldade em se obter informações sobre a contração da empresa e alienação do patrimônio público que será comprometido no projeto.

“Antes de apreciar os requerimentos liminares pretendidos e, aplicando o disposto no art. 2º, da Lei nº 8.437, de 30 de junho de 1992, determino que seja ouvido previamente o representante judicial das pessoas jurídicas de direito público interno - o Procurador-Geral do Estado e do Município, bem como a Agência de Fomento do Rio Grande do Norte - AGN, no prazo de 72 (setenta e duas horas)”, afirmou a juíza Aline Daniele no despacho.

Os mandados de citação dos réus já foram expedidos.

# Leia mais sobre o assunto:

Ministério Público pede suspensão do projeto da Copa do Mundo
TRIBUNA DO NORTE - 26/set/2009

Arena das Dunas: indagações sem respostas
TRIBUNA DO NORTE - 27/set/2009

>>> Comentário pertinente: A questão não esbarra apenas no quiproquó de se demolir ou não o Machadão para dar lugar a um novo estádio, temos que analisar o assunto de vários ângulos:

1. É de conhecimento geral que o mercado imobiliário já está fatiando o 'bolo' de investimentos antes mesmo dele ser 'assado';

2. A Copa do Mundo de 2014 está sendo vista como a 'salvação da lavoura' em Natal;

3. Como assim os Governos Municipal e Estadual vão passar décadas pagando aluguel pelo uso do novo Centro Administrativo construído em área pública? Por acaso perguntaram para os patrões do Governo [NÓS, cidadãos e cidadãs que pagamos impostos] se eles [os patrões, ou seja, NÓS] queremos pagar essa conta?;

4. E a tal transparência na gestão dos recursos, cadê?;

5. Onde estão os estudos de impacto urbano, ambiental e social?;

6. Nem o CREA recebeu o tal projeto da Arena das Dunas!!;

7. E as respostas para as indagações [ver matéria acima citada]?;

8. Está na cara que muito dinheiro vai rolar nos próximos anos se a Copa vier mesmo para cá, e cabe a NÓS fiscalizarmos o uso de NOSSOS reais.

ACORDA NATAL!

.: Parque da Cidade em meio a impasse

DIÁRIO DE NATAL - 22/set/2009
Foto: Marcone/DN

Discordância entre prefeitura e construtora sobre responsabilidade da conclusão da obra atrasa serviços

A retomada das obras do Parque Dom Nivaldo Monte, mais conhecido como Parque da Cidade, depende da resolução de um impasse jurídico envolvendo a construtora Cinzel e a Prefeitura de Natal, que discordam sobre a quem caberia responsabilidade de terminar as obras. O processo, que está sendo conduzido pela Procuradoria Geral do Município (PGN), pretende resolver uma série de problemas relacionados ao Parque da Cidade, que atualmente funciona apenas como espaço de cooper. A torre conhecida como "olho", projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e o Memorial da Cidade, museu que funcionava na construção, estão fechados ao público.

O contrato com a empreiteira Cinzel, contratada para realizar as obras, terminou e a garantia de conclusão das obras que expirou em outubro. Outro agravante foi a construção do parque em terrenos particulares e em terrenos do município sem escritura pública. "Estamos na expectativa que em outubro esse impasse jurídico seja resolvido", explica o secretário Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Kalazans Bezerra. Os defeitos técnicos verificados na estrutura do parque inviabiliza a visitação da população. Segundo ele, a construtora recebeu pagamento antecipado para concluir as obras em 2008, mas entregou um parque sem condição de funcionamento.

Ainda em 2008, a visitação à torre e ao setor administrativo foi suspensa por recomendação do Tribunal de Contas do Estado, como forma de garantir a segurança dos visitantes. "O parque não oferece e nunca ofereceu condições seguras para a população utilizá-lo", declara Kalazans. Em julho deste ano, ele afirmou que a retomada da obra dependia apenas da definição de um cronograma por parte da empresa.

As obras estão paralisadas desde junho deste ano e só serão retomadas depois que a Procuradoria definir quem vai realizar os reparos técnicos. "Há uma discordância entre a Semopi, que acompanha a obra, e a empresa", revela. Para resolver o impasse, a Semurb estuda duas possibilidades: fechar um novo contrato com a empresa Cinzel ou fazer uma nova licitação para contratar outra empresa, que vai construir o que estava previsto no cronograma inicial e nem chegou a ser iniciado. Ele deixa claro que este ano a prefeitura não pagou os serviços de reparação, por que a construtora foi paga para entregar a obra sem nenhum problema.

O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo explica que a empreiteira reivindica receber reajuste de R$100 mil referente as tarifas contabilizadas ainda em 2008. Mas segundo Kalazans, a equipe da Semopi afirma que o valor dos reparos que a empresa precisa realizar é superior ao reajuste que deveria receber, e por isso não vai pagar.

Depois que o contrato expirou, a construtora Cinzel realizou trabalhos para reparar os problemas técnicos verificados na estrutura do parque. Durante cinco meses, a construtora reparou infiltrações, corrigiu as rachaduras nas paredes, concluiu o piso e realizou reparos na calçada, que estava quebrada. "De junho para cá, a empresa abandonou a obra".

Problemas

A lista do que precisa ser concluído é longa e inclui oacesso por Cidade Nova e a construção da Casa do Lixo, que vai armazenar o lixo produzido no parque da cidade e realizar a triagem do lixo reciclável do orgânico. Além disso, é preciso modificar as instalações elétricas de todo o parque devido ao consumo de energia excessivo e alterar a instalação dos ar-condicionados. Cercar o parque, construir o módulo de apoio à população e encontrar o destino ideal para o esgoto sanitário somam-se à lista. O caso está sendo acompanhado pelo Tribunal de Contas do Estado. Segundo o secretário, este problema precisa ser esclarecido, por se tratar de uma obra que custou milhões de reais aos cofres públicos.

A reportagem do Diário de Natal entrou em contato com a construtora Cinzel, no Recife, porém foi informada de que o engenheiro responsável pela obra, Marcos Peixoto, estava na Bahia. Ele não atendeu às ligações feitas para seu celular.

>>> Comentário pertinente: Até quando veremos NOSSO dinheiro ir para o ralo com obras inacabadas? Até quando assistiremos a não continuidade de um ótimo projeto por questões políticas? Só nos resta reforçar o coro da Plebe Rude: "até quando esperar? A plebe ajoelhar esperando a ajuda de Deus/Jah/Alá/Zeus/Buda..."

.: Patrimônio Natural precisa ser preservado [jul/08]

Praia de Ponta Negra [clique na imagem para ampliar]

TRIBUNA DO NORTE - 15/jul/2008

O bancário paulista Fernando Cruz veio a Natal pela primeira vez esta semana e logo detectou uma grande diferença em relação ao cotidiano da cidade de São Paulo. “Lá, quando o dia nasce e você abre a janela, só vê prédios para todos os lados, aqui não, por isso que vocês têm mesmo de preservar a paisagem local”, ressalta. A observação do turista vai ao encontro da preocupação de ambientalistas e do poder público, mas certamente também terá de estar entre as prioridades do próximo prefeito da capital.

Isso porque o Plano Diretor de Natal já prevê diversos mecanismos de proteção do chamado “patrimônio cênico-paisagístico” da cidade, porém o futuro administrador da capital precisará fazer valer esses instrumentos e ainda detalhar as regras das áreas de controle de “gabarito” (altura máxima permitida para construções), através de regulamentação. Dentre essas áreas estão a orla que vai do Forte dos Reis Magos ao Morro do Careca, as Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs), a margem esquerda do rio Potengi e o entorno do Parque das Dunas.

Na maioria desses pontos, o gabarito máximo se mantém em 7,5 m até uma nova legislação ser aprovada (há exceções como a Via Costeira, onde a altura máxima deve ser equivalente ao nível da pista) e a licença ambiental para qualquer novo projeto só poderá ser concedida pela Semurb após apresentação de “relatório de impacto paisagístico”, por parte do empreendedor. A regulamentação dessas áreas deve ocorrer até junho de 2009, quando se encerra o convênio da Prefeitura com a empresa contratada para elaborar esses estudos.

No entender de visitantes como Fernando Cruz, a possibilidade de Natal manter preservada a vista dos “cartões-postais” da cidade não é algo importante apenas para quem vem de fora, pois a multiplicação de “espigões” pode acabar prejudicando também a qualidade de vida dos moradores locais. “Não vejo necessidade de se estar construído prédios altos à beira-mar”, defende, se referindo principalmente à região da praia de Ponta Negra e ressaltando a beleza da visão do mar e do morro do Careca.

Para a secretária de Meio Ambiente e Urbanismo, Ana Míriam Machado, a legislação atual é “rica” em ferramentas de controle dessas ameaças. “O Plano Diretor contempla a preservação dos nossos monumentos naturais e não é só Ponta Negra. Temos locais como na zona Norte (margem esquerda do rio Potengi), ou mesmo áreas da Salgado Filho e Hermes da Fonseca, no entorno do Parque das Dunas, que precisam ser preservados”, aponta.

Ela entende que a manutenção de todo o patrimônio ambiental da capital norte-rio-grandense é fundamental à qualidade de vida na cidade e as paisagens fazem parte desse patrimônio maior. A proteção ao chamado “valor cênico-paisagístico” está prevista nas normas que determinarão as regras para ocupação e uso não só das ZPAs e das ZETs, mas também no artigo 20 da Plano Diretor, que permite à Prefeitura “instituir novas áreas non aedificandi” com o objetivo de ampliar os espaços a serem protegidos.

Ambientalista critica o poder público

Natal seria a mesma cidade se não houvesse a vista do Morro do Careca? A pergunta feita pelo presidente da Associação Potiguar Amigos da Natureza (Aspoan), Francisco Iglesias, dá uma noção da importância de se preservar as paisagens da cidade. Ele lembra, contudo, que essa preocupação deve ir muito além do cartão-postal de Ponta Negra. “O entorno do Parque das Dunas, o rio Potengi, nossas áreas verdes, entre outros, são todos patrimônios paisagísticos que precisam ser mantidos”, cita.

O ambientalista critica a legislação atual, considerada por ele insuficiente para assegurar a manutenção desse patrimônio e lembra que a preservação dessas áreas é fundamental. “Natal tem algumas das paisagens mais belas do Brasil e somente esses espaços podem diminuir o impacto de todo esse concreto que vem sendo erguido, de toda essa destruição dos mangues, áreas verdes, a retirada das árvores”, exemplifica.

Ele lamenta que o próprio poder público, muitas vezes, acabe “contribuindo” para a criação de “ruídos visuais”, como no caso da manutenção dos postes de energia ao longo da Via Costeira, que atrapalham a vista do Parque das Dunas. “O poder público é o pior empreendedor que se tem. Acha que tudo pode”, reclama o presidente da Aspoan.

Francisco Iglesias afirma ainda que o interesse maior dos construtores é no lucro, independente da questão ambiental, portanto cabe aos governos e à população equilibrar essa balança, defendendo o patrimônio paisagístico da capital potiguar. “Esse é um grande desafio para o próximo prefeito”, considera.

“Natal está na contramão do mundo”

Em termos de preservação paisagística, Natal vem seguindo na contramão do restante do mundo. Essa é a opinião do professor do curso de Ecologia da UFRN, Aristotelino Monteiro. Ele considera que enquanto na cidade se convive com uma visão de desenvolvimento baseado na chegada de grandes construções, em detrimento dos recursos naturais, o restante do mundo já começou a se preocupar com o equilíbrio entre esse crescimento e a preservação do meio ambiente.

“Infelizmente, quase não temos mais áreas verdes e não há, por exemplo, incentivo a obras ‘ecoeficientes’, nem privilégios para as que já respeitam a natureza”, lamenta o ambientalista. Ele cita inclusive o novo Parque da Cidade, onde os prédios existentes “abrem mão” de aproveitar a iluminação e a ventilação natural, enquanto vivem “à base de ar-condicionados.”

>>> Comentário pertinente: A cada novidade uma decepção, a cada decepção renova-se a certeza de que ainda temos muito o que fazer por essa cidade, a cada certeza novas constatações óbvias: como continuar sendo um lugar aprazível e turístico se os detentores do poder econômico e político não contribuem para assegurar a Qualidade de Vida que ainda nos resta?!

.: Amigos da natureza se unem pelo bem estar do meio ambiente [dez/08]

CORREIO DA TARDE - 27/dez/2008
Repórter: Ramilla Souza

No último dia 14 de novembro, os jornais de Natal veicularam a notícia de cidadãos comuns tentando impedir o corte de árvores em um bosque no bairro de Capim Macio. O assunto chamou a atenção, principalmente, pelas imagens que mostravam uma garota agarrada a um tronco de Ipê Roxo, no momento em que o Disk Motoserra contratado pela Prefeitura tentava derrubá-lo.

Desse protesto nasceu o SOS Capim Macio, inspirado no formato de um movimento anterior, o SOS Ponta Negra, fundado pelo jornalista Yuno Silva.

O ato isolado pode até parecer engraçado, mas o que se há de notar é o aparecimento, em Natal, dessas pessoas que se "dão ao trabalho" de abraçar árvores, participar de audiências públicas e reunir centenas de pessoas para protestar em prol de um bem coletivo como o é o meio ambiente. Não se trata mais de uma "discussão romântica", como exemplifica o fundador do pioneiro Pró-Pitimbú, o engenheiro civil Kalazans Bezerra.

O tempo dos "ecochatos" já passou. O que se vê hoje em dia, aqui mesmo na capital potiguar, são pessoas que não tem qualquer relação com a política tentando impedir que a cidade se esqueça do meio ambiente e fazendo propostas plausíveis para o crescimento urbano, sim, mas ecologicamente sustentável.

É claro que esse não é um movimento que começou ontem. A ONG Amigos da Natureza, da qual faz parte o arquiteto urbanista, Francisco Iglesias, existe em Natal desde 1985. Já nessa época seus 46 fundadores levantaram a questão da praia de Galinhos, que teve dois mil e 400 hectares de mangue destruído (o equivalente a dois Parques das Dunas).

Foram feitos panfletos, denúncias, protestos e enviadas cartas a autoridades. O problema era a repercussão. A atenção dada ao que era feito pelo ambientalistas era mínima por parte da imprensa, da população e, que dirá, das autoridades. O marco da mudança (ainda pequena) dessa atitude foi, sem dúvida, o SOS Ponta Negra.

Visão diferenciada

Foi prestando atenção que Yuno Silva ajudou a impedir a construção de prédios na região do Morro do Careca, em 2006. O jornalista lia uma revista de imóveis de baixa veiculação quando se deparou com o anúncio de uma futura construção ao lado do ponto turístico, já licenciada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).

Apesar de existir uma lei que impedisse um projeto como esse naquela área, segundo o próprio Yuno, ela não era muito clara: "Existe espécie de linha imaginária que corta a Vila de Ponta Negra e deveria encostar no Morro mas, em vez disso, ela atravessava ele", explica.

Depois da descoberta, foram 20 dias pesquisando para montar um blog e decidindo se comprava ou não aquela briga. "O poder econômico tem muita influência nos meios de comunicação. Eu sabia que ia acabar ficando sem propostas de emprego", revela Yuno. Ele trabalhava como jornalista e produtor free-lancer. A decisão foi tomada e o www.sospontanegra.blogspot.com está no ar até hoje, colocando em pauta assuntos como a Operação Impacto ou seminários que discutam a sustentabilidade.

A primeira reunião do SOS contou com seis pessoas. Na segunda já foram 30; na terceira, 80; na quarta, 300 e na quinta, 2000, esta última já com o apoio da Prefeitura do Natal. Da Internet o movimento pulou para as páginas dos jornais e para o conhecimento da população em geral e do próprio prefeito da cidade, que, segundo Silva, não sabia do empreendimento colado ao Morro do Careca. "Fizemos uma enquete com as pessoas conhecidas e constatamos que ninguém tinha ouvido falar desse projeto", revela Yuno.

Como resultado, hoje não se vê prédio nenhum ao lado do Morro e a população e imprensa também passaram a ficar mais atentas em relação ao depredamento ambiental. É claro que o SOS veio num momento propício, em que a consciência em relação à natureza está "na moda". "A partir disso as pessoas começaram a ficar mais atentas à área não edificante de Natal. Mesmo com o movimento tendo saído da mídia nós ficamos atentos em receber denúncias pelo telefone", conta Silva. E recebem mesmo. Segundo ele, até denúncia de cachorros sendo maltratados são feitas ao SOS Ponta Negra.

Os novos guardiões

Da idéia lançada em agosto de 2006 vieram novas sementes. Dois anos depois surgia o SOS Capim Macio, nascido de súbito e questionando o projeto da obra que é um dos carros-chefe da administração do atual prefeito de Natal. A jovem que se abraçada ao Ipê era Joanisa Prates, 23 anos, que junto a outros moradores do bairro colocou em pauta a drenagem sustentável.

"Eu também moro em Capim Macio e sei o quanto é difícil quando as ruas ficam alagadas, mas fazer essa drenagem de qualquer jeito não vale a pena. Nós não somos contra, somos a favor de um desenvolvimento sustentável", argumenta a estudante.

.: MP exige cumprimento de gabarito para a construção dos "espigões" [março/09]

TRIBUNA DO NORTE - 14/mar/2009
Foto: Júnior Santos

ESPIGÕES - O hotel da BRA é um dos que terá o processo revisto pela Semurb

O anúncio realizado quinta-feira, pelo secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Kalazans Bezerra, de que diversos processos de licenciamento de obras serão reavaliados, incluindo os dos chamados “espigões” ao redor do Morro do Careca, em Ponta Negra, chamou a atenção de quem acompanhou a polêmica envolvendo essas construções. Em 2006, os cinco prédios que seriam erguidos no entorno do “Careca” tiveram as licenças cassadas pela prefeitura.

Um dos principais órgãos responsáveis pelo cancelamento dessas autorizações, o Ministério Público pretende acompanhar de perto essa reavaliação. “Concordamos que se volte a construir, desde que sejam seguidos os padrões de horizontalidade (altura máxima de 7,5m), pois ali é uma Zona Especial de Interesse Turístico”, ressalta a promotora de Defesa do Meio Ambiente, Gilka da Mata. Ela lembra que a população não se insurgiu contra as construções, mas sim contra a verticalização da área, pois os prédios teriam cerca de 20 andares.

A promotora lembra que é preciso se evitar novos erros. “Tivemos uma experiência muito negativa, de um licenciamento indevido, no qual não foram apreciados os impactos ambientais desses empreendimentos verticalizados. Essa experiência não pode se repetir. Foi uma ilegalidade”, enfatizou. Para que isso não ocorra, a expectativa é que a Semurb monte a estrutura necessária para a correta análise dos projetos, do ponto de vista legal.

Ela alerta para a importância de se perceber a diferença entre licenciamento urbanístico, no qual são avaliadas as normas do Plano Diretor, Código de Obras e outras legislações urbanísticas; e licenciamento ambiental. “Por mais que um empreendimento esteja correto em termos de gabarito, área, preceitos urbanísticos, é preciso avaliar os impactos à paisagem, à ordem estética, sanitária, que dizem respeito ao licenciamento ambiental”, descreve.

Gilka da Mata revela que, se tivesse de fazer um recomendação ao Município, seria o de realizar procedimentos adequados em ambos os licenciamentos. Ela lembra que há uma lei federal específica a respeito da análise ambiental (6.938/81). “Os municípios têm de obedecer à Constituição e a essa lei, que estabelece os procedimentos para o licenciamento ambiental, incluindo estudos apresentados pelo empreendedor relativos aos recursos naturais, paisagísticos, sanitários, entre outros.”

A Semurb, defende a promotora, deve não só exigir esses estudos, como também montar uma equipe multidisciplinar para avaliar os dados apresentados. “No caso dos espigões, o órgão ambiental não avaliou os impactos negativos”, lembra. Gilka da Mata destaca a importância do Morro do Careca para a cidade, como exemplo “ímpar” do ecossistema costeiro e integrante fundamental da identidade da capital.

“Em hipótese alguma ele poderia ser descaracterizado. Então, nesse retorno do licenciamento, a coisa mais importante é a apreciação dos impactos”, conclui, referindo-se ainda ao provável aumento da demanda por água potável, rede de esgotos, trânsito, entre outros aspectos da infraestrutura urbana.

Promotora pede posição firme do município

“A prefeitura precisa aprender a indeferir os pedidos, em caso de não atendimento da legislação.” A afirmação da promotora Gilka da Mata demonstra a preocupação do Ministério Público com a possibilidade de que processos irregulares continuem tramitando na Semurb, indefinidamente, sem que seja dada uma resposta final a respeito da viabilidade, ou não, dos empreendimentos.

“É importante que se estabeleça um critério legal para a apreciação dessas obras, seja montada uma comissão multidisciplinar para fazer a avaliação dos impactos e que se indefira o pedido, se for o caso. Não pode ficar enrolando”, alerta Gilka da Mata. Para ela, não há respaldo para o argumento de que haveria hoje uma insegurança jurídica quanto às regras do licenciamento ambiental. “A legislação é excelente, até detalhada, e descreve todas as etapas. O que falta é ser cumprida”, aponta.

A representante do MP defende que sejam feitos investimentos na estrutura da Semurb, para que o órgão possa cumprir suas funções adequadamente. “É uma secretaria extremamente importante, pois tem o poder de autorizar empreendimentos que podem vir até a piorar a qualidade de vida da população”, adverte.

Presidente do Crea elogia medidas da prefeitura

O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) acompanhou de perto as discussões a respeito da polêmica envolvendo a construção dos espigões de Ponta Negra. O atual presidente da entidade, Adalberto Pessoa de Carvalho, diz que a categoria está extremamente satisfeita com a possibilidade de reavaliação desses e de outros projetos. “Está se resgatando dois, três, quatro anos de atrasos nesses processos de licenciamento”, avalia.

Para o também secretário de Infraestrutura do Estado, a nova administração municipal tem mostrado avanços significativos no diálogo com a iniciativa privada, mas sobretudo com a população. “Essa parceria com a comunidade é fundamental, pois os interesses dos empresários têm de se entrosar com os da sociedade”, avalia Adalberto Carvalho.

Um bom exemplo dessa prática seria a assinatura, na última quinta-feira, do projeto de mudanças viárias no entorno do Midway Mall, em uma parceria do shopping com a prefeitura. “É coisas como essa que a nossa categoria e toda coletividade querem ver. Não é só ficar colocando a culpa na administração, mas cada um assumir que a culpa dos problemas também é nossa”, afirma.

O presidente do Crea ressalta que as medidas adotadas pela Semurb, de reavaliação das licenças dos empreendimentos, traz um novo alento para o setor da construção civil, inclusive retomando a situação de legalidade, pondo fim à insegurança jurídica da qual os empresários vinham reclamando nos últimos anos. “E temos consciência de que só pode haver circulação de capital, de dinheiro, com a contribuição da iniciativa privada”, enfatiza.

A Semurb vem realizando um mutirão no qual já foram analisados, em apenas cinco dias, o licenciamento de 400 processos pendentes da administração anterior. Ao todo, outros 600 pedidos de licença estariam pendentes, alguns há mais de dois anos.

Micarla não pensa em liberar espigões

A prefeita de Natal Micarla de Sousa, através da Secretaria Municipal de Comunicação Social, declarou à Tribuna do Norte que a Prefeitura do Natal não tem qualquer intenção de ordenar a retomada das obras nos chamados espigões da Praia de Ponta Negra. “Nós temos posição definida em relação aos projetos de Ponta Negra. Não pretendemos autorizar a retomada. O que admitimos é dialogar com as construtoras e negociar algum tipo de indenização”, afirmou a chefe do executivo municipal, lembrando que, enquanto deputada estadual, atuou e lutou contra a construção dos empreendimentos.

Sobre a possibilidade de permitir a readequação de plantas de projetos em tramitação na Semurb - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Micarla confirmou que tal medida fará parte de um plano de incentivo à construção civil, que será anunciado nos próximos dias, e contemplará ainda medidas de incentivo de ordem tributária, como ampliação do parcelamento de tributos municipais. “Estamos avaliando a melhor maneira de incentivar mercado neste momento de crise. A Prefeitura incentivará empresas que priorizam o desenvolvimento de uma economia sustentável, um meio ambiente equilibrado e a efetiva justiça social”, declarou a prefeita.

Na última quinta-feira, a prefeita de Natal visitou o VIII Salão Imobiliário de Natal e conversou com empresários do setor, antecipando o anúncio do plano de medidas que serão apresentadas na próxima semana, para beneficiar a construção civil e o mercado imobiliário da cidade. “Serão medidas que incentivarão a parte construtiva de imóveis já licenciados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) ou em processo de licenciamento, assim como também incentivos para o pagamento de impostos”, explicou a chefe do executivo municipal.

.: Ordenação no crescimento de Ponta Negra não saiu do papel [jul/08]

TRIBUNA DO NORTE - 10/jul/2009

URBANISMO - Moradores de Ponta Negra mostraram que é possível mudar a realidade de onde se mora

N
o próximo dia 20 (julho de 2008), o Plano Diretor de Natal completará exatamente um ano de vigência. E nesta data se encerrarão os 12 meses estipulados pelo próprio PDN para a elaboração do Plano Setorial de Ponta Negra, que até agora não está pronto. Esse instrumento é uma das peças de organização da cidade mais importantes a serem trabalhadas pelo próximo prefeito da capital e pode vir a abranger diversos bairros da cidade. Porém, precisa antes ser colocado em prática no bairro para o qual a idéia foi concebida.

“Temos muitas coisas urgentes a serem resolvidas e a demora na elaboração desse plano é claro que nos preocupa”, afirma a professora Maria das Neves Valentim, moradora de Ponta Negra. Ela foi uma das participantes ativas da discussão do Plano Diretor de Natal e conseguiu, junto com a comunidade, incluir no PDN dois artigos que tratam especificamente do Plano Setorial do bairro, incluindo o que estipulou o prazo de 12 meses.

Passado o primeiro ano de validade do Plano Diretor, nem esse prazo nem outros dois foram cumpridos. “A lei previa dois meses para a revisão da Zona de Especial Interesse Turístico (ZET-1 – próxima à orla) e seis meses para regulamentar a Área de Especial Interesse Social (Aeis) da Vila de Ponta Negra, mas isso também não ocorreu”, lamenta o arquiteto da UFRN, Heitor Andrade, que presta assessoria técnica aos moradores de Ponta Negra.

Ele ressalta que o plano setorial é de fundamental importância, uma vez que pode servir não só para detalhar e especificar as regras de ocupação a serem adotadas em Ponta Negra, através de um zoneamento, como também discutir as obras de infra-estrutura a serem desenvolvidas no bairro. “Hoje, a comunidade vive incomodada com vários problemas que podem se agravar ainda mais, como é o caso da especulação imobiliária, a verticalização, o maior adensamento, as questões viárias, de saneamento, drenagem”, lista.

Até a aprovação do plano setorial, como determinado no PDN, ficam valendo para os conjuntos Ponta Negra e Alagamar as regras aplicadas às áreas de adensamento básico, as mais rígidas, com proibição de remembramento dos lotes e de construções acima de quatro pavimentos. Contudo, essas regras transitórias não tranqüilizam de todo os representantes da comunidade. “Temos notícia de que há mais de 100 projetos já aprovados, ainda pelas regras do plano antigo, a serem erguidos no bairro. Isso tem de ser avaliado, porque pode vir a dobrar a população atual (estimada em 35 mil pessoas) em menos de cinco anos”, teme Heitor Andrade.

Ele considera fundamental a adoção de regras rígidas, para que se reverta o atual processo de “descaracterização” do bairro. “Ponta Negra sempre foi uma área tipicamente residencial e familiar e a comunidade quer que continue assim”, destaca.

População cobra elaboração de Plano Setorial

A Semurb incluiu o Plano Setorial de Ponta Negra no convênio assinado com o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), que prevê a elaboração não só desse estudo, mas de vários outros previstos no Plano Diretor de Natal, até junho de 2009. Porém, a população do bairro critica a falta de informações a respeito. “Entramos em contato diversas vezes com a Prefeitura e não recebemos nenhuma resposta sobre como estava essa situação”, lamenta Maria das Neves.

Ela e outros habitantes do bairro se reúnem semanalmente para discutir os problemas e soluções para Ponta Negra. O grupo aguarda com ansiedade pelo momento de pôr no papel as propostas que vêm sendo debatidas na comunidade. “Temos o apoio do Departamento de Arquitetura da UFRN e ainda teremos a ajuda de uma geógrafa”, ressalta a moradora, lembrando que não será por falta de análises técnicas que o plano deixará de existir.

“Nevinha”, como é mais conhecida, enfatiza a preocupação dos moradores com a verticalização do bairro e também com a “expulsão” dos antigos habitantes, principalmente pela chegada de turistas, sobretudo estrangeiros. “O que nos dá certa segurança é que o plano prevê a participação da comunidade na sua elaboração e não vamos deixar de participar porque há coisas urgentes a serem resolvidas, como a questão da drenagem e do saneamento”, afirma.

Ela lembra que Ponta Negra é carente de infra-estrutura capaz de suportar a chegada dos empreendimentos previstos. “Até as ruas são estreitas e o trânsito já está virando um caos”, descreve. A isso se somam os interesses dos moradores da área mais carente, a Vila de Ponta Negra. Para Maria das Neves, é fundamental que a Aeis seja regulamentada o quanto antes para que a população da vila possa se beneficiar da melhoria em suas condições de vida. “Essa comunidade hoje não tem nada, precisa de tudo. Necessita ser melhor assistida”.

Plano setorial é uma das metas da Semurb

O exemplo de Ponta Negra, se bem sucedido, poderá ser ampliado e abranger toda Natal. Isso porque a criação dos planos setoriais está prevista no Plano Diretor da cidade e é uma das metas da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).

O arquiteto Heitor Andrade (UFRN) considera positiva a possibilidade de diversos bairros estabelecerem normas específicas, adaptadas às suas peculiaridades.“A mobilização dos moradores de Ponta Negra, desde a época da discussão do PDN, é uma mostra de que a população organizada pode mudar a sua realidade”, elogia o profissional. Segundo ele, essa mesma mobilização será fundamental durante as próximas revisões do PDN, evitando que as conquistas recentes não venham a ser perdidas.

“É claro que sempre haverá pressão, principalmente de parte do setor imobiliário, mas no caso de Ponta Negra estou certo que a população tem todo interesse em evitar um adensamento maior”, ressalta.

Ele lembra que caberá ao novo prefeito contribuir para o crescimento sustentável.

Zona Norte luta para ser ouvida sobre adensamento

Enquanto em Ponta Negra os moradores lutam para pôr em prática as conquistas já obtidas no papel pela comunidade, do outro lado da capital a preocupação ainda é com a necessidade da população ser ouvida.

A zona Norte de Natal vive a incerteza quanto ao coeficiente de adensamento que irá vigorar na região, se mais restritivo como determinou uma liminar da Justiça, ou mais liberal como aprovou a Câmara Municipal, aguardando pela chance de se pronunciar.

“É preciso que o futuro prefeito seja sensível à opinião do povo e debata conosco, através de regras mais participativas”, defende o presidente da Associação dos Comerciantes e Profissionais Liberais da Zona Norte, Janilson Campos. Ele considera viável a ampliação do coeficiente de adensamento, desde que não prejudique a qualidade de vida dos moradores, mas considera que o fundamental é mesmo a tomada de decisões baseada no interesse e na opinião dos moradores locais.

Até hoje o empresário lamenta que os primeiros investimentos que aportaram na região não incluam o comércio local, nem mesmo sejam acessíveis às condições de renda dos habitantes da zona Norte. “Mesmo assim, acho que uma maior liberalidade (no coeficiente de adensamento) talvez traga mais investimentos”, avalia, sem esquecer que ao mesmo tempo é preciso incrementar a infra-estrutura, principalmente com a melhoria da malha viária.

“Infelizmente, apesar de a Prefeitura ter ouvido as comunidades nos últimos anos, quando se começa a investir não se dá prioridade ao que a população pediu. O mesmo vale para as demais esferas do governo. Falta sensibilidade ao poder público como um todo para ouvir quem realmente vive aqui e que sabe quais são os grandes problemas a serem enfrentados”, critica Campos.

>>> Comentário pertinente: O tempo passa, o tempo voa... e nem água do Plano Setorial de Ponta Negra até agora - dois anos depois. NÓS, da comunidade, nos debruçamos em torno do assunto, demos andamento, apresentamos propostas e sugestões e nada! Será que os políticos estão interessados em organizar a ocupação urbana na cidade, ou quanto mais desorganizado estiver 'melhor'?!

.: Morre o mestre dos Congos de Calçola [junho/09]

TRIBUNA DO NORTE - 07/jun/2009

O Rio Grande do Norte perdeu mais um de seus mestres da cultura popular. Na manhã de ontem, José dos Santos Correia, o mestre Correia do grupo de congos de Ponta Negra, faleceu no Natal Hospital Center após complicações advindas de um Acidente Vascular Cerebral. A família do mestre Correia reclama de falta de assistência no Walfredo Gurgel, hospital onde ele foi atendido primeiramente.

A filha de mestre Correia, Célia Correia, contou que o pai deu entrada no Walfredo Gurgel no dia 26 de maio e esperou vários dias até que realizassem os exames necessários. “Essa foi a pior parte, mas também faltou remédio para ele. O medicamento era dado fora do horário”, reclama. Após o AVC, foi diagnosticado uma pneumonia e um edema no pulmão do mestre Correia.

Um dos filhos de Seu Zé Correia, Magno, reclama ainda da falta de informações dentro do Walfredo Gurgel. “Eles diagnosticaram os problemas, mas não avisaram a família. Nós teríamos tentado transferi-lo há mais tempo”, lamenta Magno Correia. A família Correia está revoltada com a falta de assistência no Walfredo Gurgel.

Segundo o produtor cultural do Grupo Congos e Calçolas, Yuno Silva, o trabalho de mestre Correia será levado adiante. “O grupo é grande e com certeza iremos continuar. Estamos trabalhando para inserir o Grupo nos editais de cultura”, encerra.

.: Copa 2014: Natal apresenta projeto de mobilidade urbana para o Governo Federal

PORTAL COPA 2014 - 17/set/2009
Respórter: George Fernades

Cidade irá pedir R$ 400 mi para a construção de quatro corredores com terminais no estádio da Copa

Os secretários Dâmocles Trinta (Infraestrutura do Estado) e Kelps Lima (Mobilidade Urbana de Natal), integrantes da comissão potiguar que viajou à Brasília no início da semana para discutir com o governo federal e BNDES detalhes da linha de crédito para a construção da Arena das Dunas, permaneceram na capital depois do encontro desta terça-feira com outro propósito: negociar o repasse de recursos junto ao governo federal, através do Ministério das Cidades, para um projeto de infraestrutura e mobilidade urbana de Natal para a Copa 2014.

De acordo com Fernando Fernandes, secretário de Turismo do Estado e presidente do Comitê para a Copa em Natal, governo e prefeitura vão tentar alocar recursos da ordem de R$ 400 milhões - dos R$ 5 bilhões que o governo federal diz ter para financiar projetos de infraestrutura das cidades-sedes - para viabilizar quatro projetos estruturantes referentes a mobilidade urbana da cidade.

“O projeto que os secretários vão apresentar ao pessoal do Ministério das Cidades foi subdividido em quatro eixos e deve ser orçado em torno de R$ 400 milhões. São quatro corredores. Um trecho que liga o Aeroporto Augusto Severo (Parnamirim) ao estádio; outro que liga a Rodoviária ao estádio; um liga os hotéis de Ponta Negra e da Via Costeira ao estádio e o outro do Aeroporto de São Gonçalo (que ainda está sendo construído) ao estádio”, explicou Fernando Fernandes.

.: Com falta de investimento estrangeiro, imobiliárias fecham em Ponta Negra [jan/09]

TRIBUNA DO NORTE - 29/jan/2009
Foto: Júnior Santos

PREJUÍZOS - Waldemir diz que desaceleração causou fechamento de imobiliárias


Com a fuga dos investimentos estrangeiros no Rio Grande do Norte, após o início da crise econômica mundial, o cenário do mercado de imóveis no bairro de Ponta Negra começa a mudar. Um dos locais preferidos para a instalação de escritórios de empresas do setor, a Avenida Erivan França hoje é exemplo de como as imobiliárias - que tinham como foco os investidores internacionais – sofrem com a recessão em outros países.

O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci RN), Waldemir Bezerra, explica que não há números que demonstrem a dimensão dos baques que as imobiliárias estão sentindo. Porém, ele confirma que as empresas estão realmente baixando suas portas, saindo do mercado ou procurando outros pontos de comercialização.

“Uma vez que a crise tirou os investidores internacionais do estado, os escritórios perderam seus clientes. Os negócios em Ponta Negra diminuíram sensivelmente e, no ano passado, as imobiliárias com foco no mercado internacional amargaram um prejuízo muito grande”, declara.

A falta de dados sobre a quantidade de empresas fechadas nos últimos meses se deve ao fato de que muitas delas encerram suas atividades mas não dão baixa na documentação junto ao Creci. Bezerra acredita que somente em abril o órgão poderá estimar um número já que, até março, está sendo cobrada a anuidade do conselho. “Geralmente, descobrimos que as empresas realmente fecharam quando elas não pagam ou a correspondência para pagamento retorna”, explica.

Waldemir Bezerra avalia o cenário com preocupação já que o Rio Grande do Norte, em especial Natal, tem se tornado cada vez mais um destino de segunda residência. “Há quem faça uma leitura que este mercado vai voltar a crescer na Europa ainda este ano. Isso é muito importante para nós já que sabemos que a queda dos investimentos ocorreu porque outros países entraram em recessão e os estrangeiros ficaram mais cautelosos”.

Mudança

O empresário Fred Salsa era um dos sócios da imobiliária Euro que ficava localizada na orla da praia mais famosa de Natal. Porém, depois de aproximadamente cinco anos na área a sociedade terminou e ele, atualmente, se prepara para abrir um novo escritório em Petrópolis.

A imobiliária Imocapital, como será chamado o novo empreendimento de Salsa, foge do foco de Ponta Negra, mercado que já está fraco segundo o empresário. “O movimento estrangeiro caiu bastante nos últimos anos. Continuo com clientes naquela região, mas preferi abrir o escritório em Petrópolis”.

Segundo Fred Salsa, cerca de 60% das vendas realizadas pela Euro eram fruto de investimentos de estrangeiros. O público era variado incluindo espanhóis, noruegueses, italianos e portugueses. A imobiliária foi uma das primeiras a abrir na Erivan França e, de acordo com Fred, após o seu fechamento muitos negócios do mesmo segmento também começaram a deixar a região.

>>> Comentário pertinente: A atual situação [crítica] do mercado imobiliário e os [contínuos] baixos índices no fluxo turístico, refletem a estratégia depreciativa adotada pela especulação imobiliária e a maneira equivocada como foi direcionado o turismo na capital potiguar. A relação é de exploradores e explorados, em vez de parceiros! Formou-se uma bolha ilusória e frágil de prosperidade, comprovando a necessidade de um crescimento urbano responsável e antenado com as características culturais e históricas da cidade.

.: Investidores não querem construir em Ponta Negra [março/09]

TRIBUNA DO NORTE - 11/mar/2009
Foto: João Maria Alves


IMÓVEIS - Ofertas de imóveis para vender é alta e construtoras adiam planos

Um dos bairros preferidos dos investidores estrangeiros, Ponta Negra registra a maior seca de negócios de sua história recente. São centenas de placas anunciando venda espalhadas por ruas como a Jorge Fernandes, homenagem ao potiguar considerado um dos precursores da poesia moderna no Brasil. Ali, em apenas um quarteirão, é possível contar cinco placas de “vende-se”.

Elas anunciam casas de padrão, escondidas por muros altos. Para o vendedor de água mineral e gás João Marcelo Pereira, há seis anos estabelecido na rua, essa quantidade de imóveis à venda só prova uma coisa: a falta de interessados é grande. “Tinha casa aqui na rua que só foi vendida no ano passado porque o proprietário reduziu o valor pela metade”, diz ele.

O diretor para o RN da construtora pernambucana Moura Dubeux, Alvamar Barbosa Jr, conta que recebeu na semana passada proposta para assumir uma obra já licenciada de um prédio de apartamentos de 55 metros em Ponta Negra e nem sentou para conversar. “Se fosse há oito meses não pensaríamos um segundo antes de aceitar, mas agora...” - completa Alvamar.

Ele esteve à frente de uma série de lançamentos simultâneos promovidos pela Moura Dubeux em Natal. Nenhum em Ponta Negra. “Quando chegamos à cidade já sabíamos que Ponta Negra estava fora do que queríamos do mercado – bairros que fossem disputados pelos habitantes locais”, diz.

Salimo Abdul, investidor português com dois projetos em curso em Ponta Negra, diz que a situação de quem colocou euros no bairro é dramática. “Está tudo parado, não se vende nada”, diz Salimo, conhecido entre os amigos pela sinceridade. A situação é tão grave, segundo explica, que outros investidores europeus estão colocando seus empreendimentos em nome de pessoas jurídicas de terceiros só para não perder o licenciamento das obras.

“Há estrangeiros desonestos fazendo propostas espúrias pelos imóveis em construção para levar vantagem”, denuncia Salimo. Para ele, o problema todo se resume a uma questão de identidade cultural. “O natalense não se vê mais morando em Ponta Negra, não tem mais identidade com o bairro”, comenta.

O espanhol Pasquale Brandalise, da incorporadora Albra, faz parte de uma geração de investidores que transferiu todas as suas operações para os bairros do Centro. E, em nenhum momento, considerou construir em Ponta Negra. “Passei dois anos aqui estudando os melhores bairros para investir”, explica ele. “E vimos que Ponta Negra não poderia estar em nossos planos se quiséssemos atingir o natalense”, reconhece.

Hoje, segundo fontes do setor imobiliário, entre 300 a 500 projetos já licenciados em Ponta Negra paralisados por falta de interesse por parte dos incorporadores. A maioria deles são flats que acomodariam uma demanda de turistas europeus em férias.

Kalazans promete reduzir prazo

O secretário municipal de Urbanismo, Kalazans Bezerra, disse ontem tudo que os empresários da construção civil queriam ouvir. A partir de março, todos as análises de grandes empreendimentos, que duravam até mais de três anos, serão concluídos em apenas 60 dias a partir de junho. E que a análise para os licenciamentos de residências serão concluídos em 24 horas a partir de uma estrutura descentralizada, com bases físicas nas Zonas Norte e Sul de Natal.

Kalazans foi mais longe. Prometeu que em 15 dias tornará pública a viabilidade dos licenciamentos já concluídos poderem ter sua tipologia alterada sem prejuízo de perda da licença. “Desde que não fira o meio ambiente e a legislação, acho possível esse tipo de alteração”, declarou o secretário. Kalazans disse que até o final deste mês pretende zerar os 600 licenciamentos pendentes da administração anterior. “Depois disso, vamos examinar os passos seguintes a serem dados”, adiantou.

Entre esses passos, segundo ele, está a possibilidade de parcelamento de tributos municipais que incidem sobre as construtoras e são pagos à vista.

.: Manifesto de repúdio às medidas anunciadas pelo Presidente do IDEMA

No dia 20 de setembro (ontem/domingo), na edição especial do Som da Mata [foto] no Bosque dos Namorados, na véspera do início da primavera, quando as árvores vão se encher de flor, fomos surpreendidos com um discurso do Presidente do IDEMA, Sr. Marco Aurélio Martins de Almeida, onde ele apresentou algumas idéias a serem implementadas no Parque, sem revelar em nome de quem estava falando e se havia feito alguma consulta prévia aos usuários do Parque.

A primeira das grandes inovações seria a [1] sonorização de todo o espaço com caixas acústicas, poupando àqueles que querem ouvir música de levar um som de ouvido enquanto caminham.

O Presidente do IDEMA estava discursando num shopping center ou numa reserva ambiental? Ou será que aos ouvidos dele o canto dos pássaros ou o murmúrio das folhas ao vento é monótono ou tedioso demais para merecer a atenção daqueles que freqüentam o Parque?

Não seria uma surpresa se os próximos passos fossem asfaltar todo o parque, evitando a poeira e a areia nos caminhos e trilhas e a instalação de uma redoma de vidro livrando o caminhante dos insetos e dos pingos da chuva...

Outra idéia brilhante apresentada seria [2] edificar um teatro fechado, moderno, equipado com ar condicionado no Parque, para o conforto dos visitantes. Quantas árvores seriam derrubadas para a construção desse teatro? E o que viria depois: uma pista de motocross ou um estádio de futebol?

O Presidente do IDEMA está falando em nome da defesa do meio ambiente ou dos construtores que querem transformar os últimos resquícios de verde em cimento armado? O que é melhor para o natalense: respirar o ar que é exalado naturalmente pelas árvores ou o que é produzido artificialmente por uma máquina movida a energia elétrica? As pessoas se sentiriam mais confortáveis ouvindo o som da mata em contato com a Natureza ou encaixotadas num teatro de concreto?

Nós manifestamos o nosso total repúdio a iniciativas como essas cujo propósito é descaracterizar o Parque e privar os natalenses de um dos últimos recantos ainda relativamente livres da depredação de todos aqueles que perderam a sensibilidade para as coisas belas da vida e que não apreciam a convivência e o contato harmonioso com a Natureza.

Natal-RN, 20 de setembro de 2009

Se você concordar com essas palavras, repasse...
[e-mail recebido e devidamente multiplicado!]

.: Cinco grupos de Cultura Popular da Vila de Ponta Negra são premiados em edital da Fundação José Augusto

Resultado do Prêmio Cornélio Campina

Mestre Sebastião Matias e Gari
[foto: Maurício Mont
ecinos]

Lista com o nome dos projetos selecionados no edital “Prêmio Cornélio Campina de Culturas Populares”. Este concurso teve como objeto a seleção e a premiação de projetos de grupos tradicionais da Cultura Popular do Rio Grande do Norte, em atividade há pelo menos cinco anos.

Por manifestações tradicionais compreendem-se celebrações, rituais, festas e práticas sociais reconhecidas pelas comunidades como parte de seu patrimônio cultural.

O Prêmio homenageia o ex-mestre do Grupo Araruna, Cornélio Campina, criador da Araruna Sociedade de Danças Antigas e Semi-Desaparecidas e falecido em agosto do ano passado.

Os cinco projetos da Vila de Ponta Negra premiados são:

• Boi de Reis Pintadinho
Mestre Pedro Carlos de Lima
Vila d
e Ponta Negra, Natal

[foto: Caubi Matias]








Bambelô Maçariquinho da Praia
Mestre Seb
astião Matias
Vila de Ponta Negra, Natal


[foto: Caubi Matias]






Congos de Calçola
Mestre Pedro Correia
Vila de Ponta Negra, Natal


[foto: Caubi Matias]






Lapinha
Coordenadora Lucimar Ferreira
Vila
de Ponta Negra, Natal

[foto: Caubi Matias]





Rendeiras da Vila
Mestra Maria de Lurdes de Lima
Vila de Ponta Negra, Natal

[foto: Marcone/DN]










# Confira a
relação dos demais grupos selecionados:

. Araruna Associação Dança Antigas e Semi-Desaparecidas (Natal)
. Bambelô da Alegria (São Gonçalo do Amarante)
. Boi Calemba de Mestre Elpídio (Parnamirim)
. Boi Calemba Pintadinho (São Gonçalo do Amarante)
. Boi de Reis de Baile: Os Reis do Oriente (Santa Cruz)
. Boi de Reis de Cuité (Pedro Velho)
. Boi de Reis de Dona Cecília (Extremoz)
. Boi de Reis de Zé Barrá (Murici, Extremoz)
. Boi de Reis Estrela do Oriente (Felipe Camarão, Natal)
. Lampião de Arêz (Arêz)
. Coco de Roda (Extremoz)
. Rabequeiro (Laranjeira do Abdias, São José do Mipibu)
. Dramas – Maria José dos Santos (Maxaranguape)
. Esculturas em Madeiras de Neném de Chicó (Jardim do Seridó)
. Irmandade de São Sebastião (Jardim do Seridó)
. Lapinha de Maxaranguape (Maxaranguape)
. Maneiro Pau de Dr. Severiano
. Pastoril Dona Joaquina (São Gonçalo do Amarante)
. Congos de Calçolas (São Gonçalo do Amarante)
. Rei de Congo do Mestre Dedé (Major Sales)

>>> Comentário pertinente: Anos de tradição e meses de trabalho para elaborar os projetos foram recompensados. NÓS, moradores da Vila de Ponta Negra, estamos certos que só com Cultura, Esporte, Educação, e Qualificação Profissional, mais mobilização voluntária e compromisso coletivo/comunitário, é possível transformar socialmente a realidade do bairro. Defendemos iniciativas políticas em favor da Cultura, e não o contrário.

.: Operação Impacto: Carlos Eduardo justifica destituição de líder na CMN

CORREIO DA TARDE - 17/set/2009

Em depoimento ao juiz da 4ª Vara Criminal, Raimundo Carlyle, nessa manhã, no Fórum Miguel Seara Fagundes, sobre a Operação Impacto, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (foto), explicou o motivo de ter destituído o seu então líder na Casa, Aluísio Machado (PSB), no período da votação do Plano Diretor Natal (PDN).

O ex-prefeito disse que tomou a decisão após ler declarações de Aluísio em jornais, revelando que votaria contra os vetos do executivo ao PDN. “Eu o destituí porque ele assumiu publicamente uma postura contra a minha administração. Com a saída dele, Júnior Rodoviário, que era vice-líder, assumiu a função e passou a representar a minha gestão na Casa”, contou o ex-gestor, em entrevista á imprensa, após o depoimento.

A Operação Impacto investiga indícios de pagamento de propina a vereadores para votarem contra os vetos de Carlos Eduardo às emendas parlamentares ao PDN, em 2007. O ex-prefeito comemorou a decisão judicial que manteve seus vetos, mesmo sendo derrotados na Câmara. “Nossa decisão contou com respaldo popular e foi baseada em termos técnicos”, argumentou.

Sobre como ele poderia ajudar o vereador Edvan Martins (PV) – que assumiu a liderança de sua bancada pouco tempo depois da saída de Machado – nas investigações, Carlos disse que não teve contato com o parlamentar ou advogados dele para falar sobre o assunto. “Não fui consultado por Edvan sobre isso”, limitou-se a dizer o ex-prefeito.

Perguntado se sabia de algum esquema para derrubar seus vetos, o prefeito disse que não. Ele declarou que ficou surpreso com o resultado da votação. “Fiz uma reunião com minha bancada, explicando a importância dos vetos, na qual apresentamos os estudos técnicos e a importância da votação. Infelizmente, eles ouviram, mas optaram por outra decisão”, lamentou.

Com o depoimento de Carlos Eduardo, está concluída a fase de testemunhas. Agora a expectativa é para o depoimento dos 21 réus no processo, previsto para a segunda quinzena de outubro.

.: Natal contabiliza 758 bocas de fumo em apenas 4 bairros

TRIBUNA DO NORTE - 19/jul/2009
Foto: Marcelo Barroso

Equipe da Denarc conseguiu contabilizar as bocas de fumo em quatro bairros de Natal e os número impressionam

Um número que impressiona e que representa bem a aflição dos moradores de Natal. Representa também o poder de alcance dos narcotraficantes, o sofrimento de milhares de famílias e a incapacidade das polícias em minimizar a influência do tráfico de drogas, que tomou conta da cidade. Segundo um levantamento feito pela Delegacia de Narcóticos (Denarc) a partir das denúncias realizadas pela população, em apenas quatro bairros da capital são 758 os pontos de venda de entorpecentes.

A informação foi passada semana passada, pelo delegado Odilon Teodósio, que tem a dura missão de tentar diminuir o comércio de drogas em Natal. “É só para se ter uma ideia de como está o tráfico aqui”, disse o delegado. Foram escolhidos os bairros das Quintas, na zona Oeste, onde há 233 bocas de fumo, Ponta Negra, na zona Sul, com 209 pontos, as Rocas, que tem 164 bocas de fumo e o conjunto Vale Dourado, Zona Norte, onde foram registrados 152 pontos de venda.

A título de comparação, o número de pontos de vendas de drogas nesses quatro bairros é 457,35% maior que o número de escolas da rede municipal de ensino em toda a capital, que é de 136. Se for comparado com o número de unidades básicas de saúde na cidade, que é de 76, o número de bocas d e fumo é 501,47% maior. A grande oferta significa um grande número de usuários, o que, por tabela, quer dizer mais trabalho para a polícia em relação a outros delitos. O tráfico de drogas traz com ele uma série de outros crimes como homicídios, assaltos e furtos, que os dependentes cometem em busca de dinheiro para comprar principalmente crack e maconha.

“A gente vai atrás do traficante grande, porque desses pequenos fica complicado”, explicou o delegado Odilon Teodósio, que essa semana comandou a prisão do ex-policial militar Marcelo Marcondes da Luz, que atuava nas Rocas.

O experiente delegado conta que em Natal algumas delegacias distritais colaboram na prisão de traficantes, também fazendo investigações contra o tráfico. Mas defende que a colaboração poderia ser maior, já que a demanda da Denarc fica pesada demais para o efetivo que é reduzido.

Psicanalista conta o drama dos viciados

Quem trabalha há muitos anos na recuperação de dependentes de drogas percebe claramente como a grande oferta das substâncias atrapalha o tratamento e a vida dos usuários. O psicanalista Stenio Saraiva Barros lida diariamente com essas pessoas e vê o sofrimento delas em tentar se afastar de substâncias que são trazidas até em serviço de motoentrega.

Quando falou com a equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE, Stenio Saraiva havia acabado de atender minutos antes em seu consultório, um viciado em cocaína, que lhe fizera uma revelação. “Esse rapaz acabou de me dizer que vários desses pequenos hotéis no centro da cidade são pontos de venda de drogas. A droga que você quiser é possível encontrar nesses pontos, segundo o meu paciente”, disse o psicanalista.

Segundo Stênio Saraiva, os pacientes que passam pelo consultório dele já relataram do serviço de “disque-droga”, em que o usuário pode fazer o pedido do entorpecente pelo telefone e uma pessoa vai deixar em uma motocicleta, onde ele estiver. “A facilidade é muito grande. Anos atrás havia um ponto de venda em um shopping da cidade. Era só chegar ao estacionamento, ficar um tempo lá que o cara vinha lhe oferecer”, denunciou.

O professor Stenio ressalta a dificuldade criada no tratamento para os dependentes a partir da facilidade com que a droga é encontrada. Segundo ele, o desejo do dependente sempre aparece, e se a droga está próxima, ele pode saciá-lo e alimentar o vício sem qualquer problema.

A disseminação das drogas pelas ruas tem um outro lado tragicamente importante: cada vez pessoas mais novas têm acesso aos entorpecentes. Saraiva lembra que atendeu em uma instituição pública, um menino de seis anos que já usava crack. “Ele chegou lá com um estado de saúde que precisou ir direto para o hospital. Desnutrido, magro, não tinha forças nem para falar. O estado do menino era deplorável . Ele realmente precisava de ajuda para poder largar o vício e a droga que o estava matando”, disse o psicanalista.

Entrevista: Elias Nobre - Delegado-Geral de Polícia Civil

É possível dar conta de tantos pontos de venda?
Olha, o que dificulta nosso trabalho é o varejo do tráfico. A quantidade realmente é grande e se a gente trabalha só no varejo fica difícil. Por isso, a polícia hoje faz um trabalho direto na fonte. É uma questão de prioridade. Atacando os grandes traficantes e prendendo, estamos combatendo indiretamente os pequenos. Não adianta encher os presídios de peixes miúdos e deixar os tubarões do lado de fora. Claro que já fizemos várias prisões com pequenas quantidades de crack, como três ou quatro pedras, mas é preciso atacar o grande.

As drogas estão espalhadas por todos os bairros. O quanto isso dificulta mais, visto que antes ela se concentrava mais na periferia?
Não só em todos os bairros, como em pequenas cidades do interior. Há cidades que até pouco tempo atrás nem se sabia o que era droga, e hoje a gente vê crianças drogadas no meio da rua. Aliás, este é um problema do país inteiro. É um problema não só de polícia, mas principalmente social.

Certamente o tráfico representa uma demanda maior porque acaba relacionado a outros delitos...
Um exemplo é a quantidade de objetos apreendidos na casa de Marcelo (ex-PM preso por tráfico no bairro das Rocas) esta semana. Todos trocados por drogas. Para conseguir a droga o usuário acaba roubando ou furtando. Vemos inclusive pessoas espancando os pais para conseguir dinheiro. Muitas vezes estamos investigando uma quadrilha de traficantes e prendemos pessoas envolvidas em roubo a bancos, de cargas ou grupos de extermínio.

Adianta fazer trabalho policial, sem um outro de prevenção?
Se não houver o cuidado com o lado social, você pode construir uma cadeia por dia, que todas vão encher.

As delegacias distritais têm sido orientadas a fazer o combate ao tráfico, ou somente a Denarc tem feito?
As distritais precisam fazer de tudo. Claro que a Denarc é uma especializada. Mas apesar da competente equipe que temos lá, e o do delegado que considero um dos melhores do Brasil, a demanda realmente é muito grande.

Qual a importância do “Disque-Denúncia” para a polícia?
É a mais importante fonte de informação que temos. Todas as denúncias são checadas pela pessoal da inteligência e investigadas pela delegacia correspondente. É importante que a população continue denunciando, para que nós possamos continuar fazendo as prisões.

.: Promotora e Estado são condenados

TRIBUNA DO NORTE - 09/set/2009

A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte condenou por dois votos contra um, a promotora do Meio Ambiente Rossana Sudário (foto) e o Estado, a pagarem uma multa de R$20 mil à empresa Ecocil, por declarações feitas à mídia em 2005 sobre a construção de um empreendimento na área de Lagoinha.

A decisão fixa uma multa de R$10 mil a ser paga pela promotora e pelo Estado à empresa. A promotora pública pode recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação indenizatória foi motivada após várias entrevistas que a promotora deu a órgãos de comunicação (televisões locais e jornais), alegando que a Ecocil praticara Crime Ambiental ao iniciar as obras do condomínio “Flora Boulevard”.

“A promotora não se limitou a noticiar que o Ministério Público iria investigar a legalidade das licenças, mesmo sabendo que a incorporadora somente agira com base em alvará de construção”, diz o advogado da empresa, Gleydson Oliveira. Para ele, as entrevistas configuram “ilícito absoluto, pois imputaram de forma inverídica a prática de crime ambiental, gerando prejuízos à imagem da empresa”.

O advogado diz ainda que a decisão inédita no Estado é paradigmática, já que explicita que a Constituição Federal impõe um limite para que Promotor Público preste informações à imprensa. “Não é concebível que um Promotor Público faça, em órgãos de imprensa, informações inverídicas com imputações de fatos lesivos à imagem de terceiros, quando era sabido que a Ecocil tinha licença da Prefeitura Municipal”, diz.

Os desembargadores Cláudio Santos e Oswaldo Cruz votaram a favor da reforma na sentença de primeiro grau e dando como procedente o pedido de indenização, contra um voto do desembargador Aderson Silvino.

A promotora Rossana Sudário tomou conhecimento da decisão através da TRIBUNA DO NORTE e disse que só faria declarações após publicação oficial da decisão, que de acordo com a assessoria de comunicação do TJ-RN está prevista para hoje.

Rinaldo Reis, presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Norte, órgão que fará a defesa de Rossana Sudário, lembra que a promotora venceu a ação em primeira instância. “Em segunda instância, a Associação aguarda publicação no Diário da Justiça para formular uma defesa no STJ e, se necessário no próprio Supremo Tribunal Federal. Mas, com certeza, vamos recorrer, tudo vai depender do teor do documento”, adianta.

Memória

A luta entre a construtora Ecocil e o Ministério Público Estadual começou em 03 de janeiro de 2005, quando o Ibama flagrou o descumprimento de um embargo à obra “Flora Boulevard” na Lagoinha, considerada zona de proteção ambiental. Na data, um novo embargo foi declarado e os trabalhos novamente suspensos. A Ecocil argumentou que possuía as licenças necessárias à obra, mas foi notificada sobre a autuação feita pelo Ibama.

Em 20 de janeiro seguinte, a construtora conseguiu liminar que suspendia o embargo do Ibama, mas um dia depois (21), o MP conseguiu nova liminar que paralisava as obras e assegurava suspensão da licença ambiental da empresa. No dia 27 de janeiro a Ecocil conseguiu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) reaver o direito de continuar a obra na Lagoinha.

O presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, determinou a suspensão da liminar concedida pela 4a Vara de Fazenda Pública (que impedia a construção) e determinou que a só a 3a Vara Federal poderia decidir sobre o caso. Em dezembro de 2005, dos 15 desembargadores do TJ, 11 decidiram em julgamento do mérito pela constitucionalidade da lei municipal 228, que autoriza construções na área.

.: Micarla inaugura praça com campo de golfe em Ponta Negra

BLOG TERRITÓRIO LIVRE - 29/ago/2009
por Laurita Arruda


A prefeita Micarla de Sousa inaugurou na tarde desta sexta-feira a Praça Tancredo Neves em Ponta Negra. Evento prestigiado pelos senadores José Agripino e Rosalba Ciarlini, o deputado federal Felipe Maia,

A novidade é que a praça tem um campo de golfe. Segundo o release oficial, é a primeira do Nordeste a contar com esse tipo de ... equipamento. O campo de golfe tem 1.500 m² para a prática das modalidades putting e pitching, para jogadas de curto alcance.

Os diretores da Federação Norte-rio-grandense de Golfe (FNG) entregaram à prefeita uma revista especializada em golfe e uma bola usada na prática do esporte como reconhecimento ao feito.

A praça contou com emenda da deputada Fátima Bezerra no valor de R$ 200 mil. Micarla destacou o fato, mas FB não apareceu desta vez. Mandou o companheiro Adriano Gadelha a representando.

TL COMENTA: Por favor, não me perguntem o que são as modalidades putting ou pitching. Sugiro uma goolgada, pois que o conhecimento da blogueira no esporte é zero. Talvez, como 99% dos natalenses. Ou não. O RN já conta (até) com federação de golfistas. Preparem os tacos, a nova onda em Ponta Negra é jogar... golfe.

>>> Comentário pertinente: Como é que NÓS, simples cidadãos/ãs, vivemos até hoje sem uma obra dessas?! Será mesmo um campo de golfe prioridade social? Justamente nesses momentos de ruas esburacadas, mendigos nas esquinas, crianças morrendo em decorrência do consumo de crack, transporte público deficiente, trânsito, falta de saneamento... ufa! Só gostaria de saber quanto custará para manter a grama sempre verdinha, verdinha!!

.: Após começo 'de brincadeira', Jadson André se firma como talento nacional

Surfista potiguar durante o WQS da Praia Mole/SC

GLOBO ESPORTE - 12/jul/2009
por João Gabriel Rodrigues, de Florianópolis
foto: Diego Freire/ZDL

O WQS seis estrelas da Praia Mole ainda não acabou, mas Jadson André já sai do campeonato como maior vencedor. Independentemente dos resultados do último dia de competição, o surfista potiguar já garantiu a liderança do ranking da divisão de acesso após a etapa e está cada vez mais perto de selar sua passagem para a elite mundial em 2010. Um belo salto para o brasuca, que começou a pegar suas primeiras ondas “de brincadeira” na praia de Ponta Negra, em Natal.

No dia anterior às finais em Florianópolis, Jadson recebeu o GLOBOESPORTE.COM na casa onde está hospedado na cidade. Com a fala rápida e agitada, ele diz que surfou pela primeira vez aos 10 anos, por acaso, ao lado de amigos. Pouco tempo depois, já brilhava nas competições estaduais e chamou atenção de gente como Ademir Kalunga, a quem o surfista considera ser seu padrinho dentro do esporte. Aos poucos, outras pessoas o indicavam, e seu nome passou a ser reconhecido na região. A decisão de sair de casa em busca de melhores condições não demorou muito.

- Eu comecei com 10 anos, de brincadeira, e tinha uns 13 anos quando comecei a levar a sério mesmo o surfe. E eu fui evoluindo devagar, aconteceu naturalmente. Foi dando certo, fui bem em brasileiros e mundiais mirins e acabei me mudando para o Guarujá (litoral paulista) aos 15 anos para poder crescer, né? Foi difícil, deixar pai, mãe, mas eles sabiam que era importante para mim. Em Natal, não tinha muita gente surfando para valer, a maioria levava na brincadeira – disse o surfista, de 19 anos.

Jadson revela que até hoje é muito ligado aos pais. O potiguar conta que muitos de seus objetivos na carreira são em função de sua família.

- Sempre falo com eles, não todo dia, mas quase sempre. É bom escutar a voz da mãe, né? Eu sou um privilegiado por ter pais que me apoiam tanto. Eu tenho um sonho na vida, de ajudar minha família, de dar o melhor para eles.

Campeão mundial amador em 2007, Jadson afirma que foi ali que começou a ganhar confiança para valer no seu talento. Ele confessa que, até então, era difícil se imaginar tão longe.

- Eu tive sorte por chegar ao título do Mundial Amador. E é incrível, né? Porque aqueles ali serão os surfistas que vão estar entre os melhores do mundo em, sei lá, dez anos. Então, te dá confiança. Nos meus planos, eu conseguiria a classificação para o circuito mundial neste ano. No ano passado, quase consegui, mesmo não sendo meu objetivo. Agora, é o meu planejamento e eu estou perto. Quando fui para São Paulo, não pensava tão alto. Mas, quando os resultados foram aparecendo, tracei meus objetivos e vou fazer de tudo para alcançá-los.

Jadson acorda cedo e pega ondas de duas a três vezes todos os dias para treinar. O ritmo forte tem dado certo, e os resultados nos circuitos nacional e internacional comprovam isso. Ele, porém, diz não ser tão conhecido ainda no mundo do surfe. Sem pressa, tudo no seu tempo.

- Cada vez que você se destaca nas competições, as pessoas vão te conhecendo melhor. Não sou tão conhecido ainda, mas tudo bem, não tem problema. Vou crescendo aos poucos. Tenho que passar uma imagem boa. Não quero ser mais um louco no surfe.

Para não ser “mais um louco no surfe”, Jadson afirma que conta com uma boa estrutura montada pela sua equipe. Ele diz que isso é primordial para que possa render sempre bem nas competições e não ficar perdido com tantas viagens ao redor do mundo. Afirma, mais uma vez, ser privilegiado.

- Por causa da estrutura que me criaram, eu me acostumei muito fácil.Nunca tive problemas com fuso, por exemplo. Passo o dia acordado para me acostumar. Tenho uma estrutura muito boa por trás. Nunca fiquei numa roubada. Fico nos melhores lugares e tenho os melhores equipamentos. Sou um privilegiado. Tenho até psicóloga. E tenho de dar os parabéns a ela por me aturar.

Neste domingo, Jadson terá um dos mais experientes surfistas brasileiros pela frente nas quartas de final do WQS em Florianópolis: Neco Padaratz. O potiguar, porém, tem seu objetivo claro na mente.

- Quero vencer aqui para aumentar ainda mais a minha pontuação e chegar ainda mais perto da vaga. Vai ser alucinante disputar o circuito mundial. Não posso relaxar e tenho de evoluir a cada etapa. Faço tudo para alcançar meus objetivos. E espero conseguir alcançar este.

>>> Comentário pertinente: Jadson, legítimo filho da Vila de Ponta Negra, prova que é possível 'escapar de um destino provável' com dedicação e força de vontade. É disso que a galera precisa, de bons exemplos!

.: Natal cai no ranking do saneamento

TRIBUNA DO NORTE - 03/jul/2009

Com um sistema de distribuição que desperdiça 45% da água tratada e não chega a 70 mil pessoas, além de uma rede de coleta de esgoto restrita a 32% da população, Natal ocupa o 50º lugar no ranking nacional do saneamento básico. Os números, divulgados ontem pelo Instituto Trata Brasil (ITB), tiveram como base o Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS) de 79 cidades brasileiras como mais de 300 mil habitantes.

Levando-se em conta apenas o esgotamento sanitário, Natal cai para o 60º lugar, atrás de cidades como Aracaju, Salvador e Campina Grande. E no caso da distribuição de água tratada, ocupa o 47º lugar.

Os dados se referem a 2007, mas são os mais atualizados do momento, segundo o Trata Brasil.
[continua...]

.: População deslocada de Ponta Negra para o Planalto sofre com a falta de estrutura

DIÁRIO DE NATAL - 09/jul/2009
por Rafael Duarte

Quando morava em Ponta Negra, a dona de casa Vânia da Silva tinha praia, padaria, farmácia, mercado, escola e posto de saúde à disposição dela, do marido e dos dois filhos. A casa era simples, de um quarto, mas abrigava a turma toda.

Desde o dia 30 de junho, no entanto, a vida dela e mais 50 famílias que moravam nas ruas Brisa do Mar e Curimatã, no conjunto Alagamar, em Ponta Negra, mudou. Autorizada pela Justiça, a prefeitura demoliu, há quatro anos e meio, todos os barracos irregulares da área. Na época, a comunidade foi distribuída em casas alugadas pelo município até que se concluíssem obras de um conjunto habitacional. Parte do problema foi resolvido.

As casas, de alvenaria com dois quartos, sala, banheiro e cozinha começaram a ser entregues na semana passada no conjunto Miramangue, no bairro Planalto II, Zona Oeste. Mas não há infra-estrutura na região. A impressão é de que as famílias conquistaram o sonho da casa própria pela metade.

O acesso é por uma estrada de terra e areia fofa. A parada de ônibus mais próxima está a 15 minutos. Não há escola, posto de saúde, delegacia e mercado. A maioria das crianças está sem aula. O caminhão do lixo não passa.

Alguns improvisaram bodegas para abastecer a comunidade e ganhar dinheiro. "A gente vende o básico. No dia em que chegamos não tinha nem luz, mas a morada é boa porque, apesar de longe, a casa é nossa", disse a comerciante Ednalva Pereira de Oliveira. "Morar aqui é bom porque a casa é da gente, mas falta escola e posto de saúde. Às oito da noite tranco tudo, coloco as crianças para dentro", completou a mulher citada no começo da matéria. A reportagem entrou em contato com a Semsur para falar dos problemas da comunidade, mas não recebeu resposta.

>>> Comentário pertinente: É isso que chamam de progresso? Tá mais pra 'pogresso'! Pergunto - E os prédios que foram erguidos na Vila de Ponta Negra trouxeram algum benefício para a comunidade? Ou só aumentou o trânsito, o lixo, a necessidade de saneamento, a expulsão de pessoas da comunidade para bairros distantes e a diminuição de cobertura vegetal?? Garanto que a opção 2 é a verdadeira, pois nem os comerciantes sentiram a presença dos tais condôminos.