DIÁRIO DE NATAL - 09/jul/2009
por Rafael Duarte
Quando morava em Ponta Negra, a dona de casa Vânia da Silva tinha praia, padaria, farmácia, mercado, escola e posto de saúde à disposição dela, do marido e dos dois filhos. A casa era simples, de um quarto, mas abrigava a turma toda.
Desde o dia 30 de junho, no entanto, a vida dela e mais 50 famílias que moravam nas ruas Brisa do Mar e Curimatã, no conjunto Alagamar, em Ponta Negra, mudou. Autorizada pela Justiça, a prefeitura demoliu, há quatro anos e meio, todos os barracos irregulares da área. Na época, a comunidade foi distribuída em casas alugadas pelo município até que se concluíssem obras de um conjunto habitacional. Parte do problema foi resolvido.
As casas, de alvenaria com dois quartos, sala, banheiro e cozinha começaram a ser entregues na semana passada no conjunto Miramangue, no bairro Planalto II, Zona Oeste. Mas não há infra-estrutura na região. A impressão é de que as famílias conquistaram o sonho da casa própria pela metade.
O acesso é por uma estrada de terra e areia fofa. A parada de ônibus mais próxima está a 15 minutos. Não há escola, posto de saúde, delegacia e mercado. A maioria das crianças está sem aula. O caminhão do lixo não passa.
Alguns improvisaram bodegas para abastecer a comunidade e ganhar dinheiro. "A gente vende o básico. No dia em que chegamos não tinha nem luz, mas a morada é boa porque, apesar de longe, a casa é nossa", disse a comerciante Ednalva Pereira de Oliveira. "Morar aqui é bom porque a casa é da gente, mas falta escola e posto de saúde. Às oito da noite tranco tudo, coloco as crianças para dentro", completou a mulher citada no começo da matéria. A reportagem entrou em contato com a Semsur para falar dos problemas da comunidade, mas não recebeu resposta.
>>> Comentário pertinente: É isso que chamam de progresso? Tá mais pra 'pogresso'! Pergunto - E os prédios que foram erguidos na Vila de Ponta Negra trouxeram algum benefício para a comunidade? Ou só aumentou o trânsito, o lixo, a necessidade de saneamento, a expulsão de pessoas da comunidade para bairros distantes e a diminuição de cobertura vegetal?? Garanto que a opção 2 é a verdadeira, pois nem os comerciantes sentiram a presença dos tais condôminos.
Desde o dia 30 de junho, no entanto, a vida dela e mais 50 famílias que moravam nas ruas Brisa do Mar e Curimatã, no conjunto Alagamar, em Ponta Negra, mudou. Autorizada pela Justiça, a prefeitura demoliu, há quatro anos e meio, todos os barracos irregulares da área. Na época, a comunidade foi distribuída em casas alugadas pelo município até que se concluíssem obras de um conjunto habitacional. Parte do problema foi resolvido.
As casas, de alvenaria com dois quartos, sala, banheiro e cozinha começaram a ser entregues na semana passada no conjunto Miramangue, no bairro Planalto II, Zona Oeste. Mas não há infra-estrutura na região. A impressão é de que as famílias conquistaram o sonho da casa própria pela metade.
O acesso é por uma estrada de terra e areia fofa. A parada de ônibus mais próxima está a 15 minutos. Não há escola, posto de saúde, delegacia e mercado. A maioria das crianças está sem aula. O caminhão do lixo não passa.
Alguns improvisaram bodegas para abastecer a comunidade e ganhar dinheiro. "A gente vende o básico. No dia em que chegamos não tinha nem luz, mas a morada é boa porque, apesar de longe, a casa é nossa", disse a comerciante Ednalva Pereira de Oliveira. "Morar aqui é bom porque a casa é da gente, mas falta escola e posto de saúde. Às oito da noite tranco tudo, coloco as crianças para dentro", completou a mulher citada no começo da matéria. A reportagem entrou em contato com a Semsur para falar dos problemas da comunidade, mas não recebeu resposta.
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