Repórter: Marília Rocha
Foto: Fábio Bezerra
Foto: Fábio Bezerra
Através de caminhadas silenciosas e reuniões com os moradores, pais de crianças viciadas procuram ajuda das autoridades.
Graça Leal
A falta de políticas públicas e atenção nos serviços de saúde voltadas para o combate ao crack foi tema da entrevista do Jornal 96, da 96 FM na manhã desta terça-feira (25) com a coordenadora do Centro de Cultura e Conselho da Vila de Ponta Negra, Graça Leal. Ela conta que o problema das drogas vem piorando e influenciando jovens com menor idade cada dia mais.
“Estamos reunidos para combater o problema das drogas, juntamente com os SOS Ponta Negra, Filhos de Ponta Negra e associações de combate ao trafico na cidade. A realidade de hoje são centenas de crianças fora de creches, dezenas de jovens viciados em crack e quando não tem escolas, nem empregos, precisamos lutar por uma política de saúde publica. Hoje, uma minoria está lutando para impedir, mas mesmo assim não há um hospital público para tratar das crianças viciadas”, explica Graça.
Para ela, a discussão tem que ser maior, com ações concretas, fazendo um trabalho em parcerias com outros órgãos, com a Secretaria de Saúde e associações.
O combate ao trafico, segundo Graça Leal, já sofreu dificuldades em vários setores, inclusive pressões do trafico que domina o bairro, mas mesmo assim, a comunidade está tentando fazer um trabalho de prevenção, juntamente com a 15ª Delegacia e apoio do delegado.
Graça Leal lembrou que atualmente a internação de um paciente custa em média R$ 300, valor alto para a comunidade carente, que representa o maior numero de pessoas viciadas. “Estamos vivendo hoje - a nível nacional - com um sistema de saúde que não é feito para pobres. Hoje, as crianças com oito anos já estão viciadas e por isso temos que discutir essa questão”, afirma.
As reivindicações do centro de cultura são em torno da prevenção ao uso de drogas, incluindo educação de qualidade, direito de ter direito e projetos que incluem o Gabinete de Gestão Integrada e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. “Estamos lutando para que mais crianças sejam beneficiadas. Hoje trabalhamos com 4 escolas e 35 crianças que aprendem a arte dos pescadores, a cultura e o esporte, mas o número ainda é pequeno já que temos na Vila mais de mil crianças”, argumenta.
Durante a entrevista, a coordenadora do projeto alerta aos pais sobre o perigo das drogas. “As pessoas precisam ficar espertas. O crack é como um tsunami, quando chega devasta tudo e é igual para todos. Temos que discutir a questão da internação: o jovem não precisa pedir para ser internado, ele tem que ser internado e pronto porque cada dia é importante para salvar uma vida. Se você não olha no momento exato, não tem retorno”, afirma Graça Leal.
O projeto de combate ao consumo do crack irá ter uma programação cultura no mês de junho, com apresentação do coco de roda no dia 5 de junho e de Cristal e o mestre Pedrinho no dia 06 de junho. “Essa é uma forma de resgatar os nosso jovens”, diz.
A intenção da programação cultural e das caminhadas é que cada bairro se mobilize para que ocorra caminhadas em cada bairro da zona norte, leste, oeste, sul. “Que eles venham para ver a nossa programação e possam ter suas próprias caminhadas silenciosas. O crack é uma luta que podemos vencer”, acredita Graça.
Graça Leal
A falta de políticas públicas e atenção nos serviços de saúde voltadas para o combate ao crack foi tema da entrevista do Jornal 96, da 96 FM na manhã desta terça-feira (25) com a coordenadora do Centro de Cultura e Conselho da Vila de Ponta Negra, Graça Leal. Ela conta que o problema das drogas vem piorando e influenciando jovens com menor idade cada dia mais.
“Estamos reunidos para combater o problema das drogas, juntamente com os SOS Ponta Negra, Filhos de Ponta Negra e associações de combate ao trafico na cidade. A realidade de hoje são centenas de crianças fora de creches, dezenas de jovens viciados em crack e quando não tem escolas, nem empregos, precisamos lutar por uma política de saúde publica. Hoje, uma minoria está lutando para impedir, mas mesmo assim não há um hospital público para tratar das crianças viciadas”, explica Graça.
Para ela, a discussão tem que ser maior, com ações concretas, fazendo um trabalho em parcerias com outros órgãos, com a Secretaria de Saúde e associações.
O combate ao trafico, segundo Graça Leal, já sofreu dificuldades em vários setores, inclusive pressões do trafico que domina o bairro, mas mesmo assim, a comunidade está tentando fazer um trabalho de prevenção, juntamente com a 15ª Delegacia e apoio do delegado.
Graça Leal lembrou que atualmente a internação de um paciente custa em média R$ 300, valor alto para a comunidade carente, que representa o maior numero de pessoas viciadas. “Estamos vivendo hoje - a nível nacional - com um sistema de saúde que não é feito para pobres. Hoje, as crianças com oito anos já estão viciadas e por isso temos que discutir essa questão”, afirma.
As reivindicações do centro de cultura são em torno da prevenção ao uso de drogas, incluindo educação de qualidade, direito de ter direito e projetos que incluem o Gabinete de Gestão Integrada e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. “Estamos lutando para que mais crianças sejam beneficiadas. Hoje trabalhamos com 4 escolas e 35 crianças que aprendem a arte dos pescadores, a cultura e o esporte, mas o número ainda é pequeno já que temos na Vila mais de mil crianças”, argumenta.
Durante a entrevista, a coordenadora do projeto alerta aos pais sobre o perigo das drogas. “As pessoas precisam ficar espertas. O crack é como um tsunami, quando chega devasta tudo e é igual para todos. Temos que discutir a questão da internação: o jovem não precisa pedir para ser internado, ele tem que ser internado e pronto porque cada dia é importante para salvar uma vida. Se você não olha no momento exato, não tem retorno”, afirma Graça Leal.
O projeto de combate ao consumo do crack irá ter uma programação cultura no mês de junho, com apresentação do coco de roda no dia 5 de junho e de Cristal e o mestre Pedrinho no dia 06 de junho. “Essa é uma forma de resgatar os nosso jovens”, diz.
A intenção da programação cultural e das caminhadas é que cada bairro se mobilize para que ocorra caminhadas em cada bairro da zona norte, leste, oeste, sul. “Que eles venham para ver a nossa programação e possam ter suas próprias caminhadas silenciosas. O crack é uma luta que podemos vencer”, acredita Graça.
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