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Diário de Natal :: NATAL SEDIA CONGRESSO DE DIREITOS HUMANOS

Repórter: Vinícius Menna

Está aberta a terceira edição do Congresso Brasileiro de Direitos Humanos (19 a 21/6), Sociedade e Estado, evento que tem como proposta debater novas perspectivas de políticas públicas de Direitos Humanos, bem como o enfrentamento à violência policial e a educação da sociedade em relação ao assunto. O congresso vai até amanhã, no Hotel Parque da Costeira.

Entre os participantes da mesa de abertura do evento, estiveram presentes os secretários nacional e estadual de Segurança Pública, Ricardo Brisolla Balestreri e Leonardo Arruda, além do comandante geral da Polícia Militar, Coronel Marcondes Pinheiro.

A conferência inicial foi proferida pelo secretário nacional de Segurança Pública. O tema da palestra foi ‘‘Os novos paradigmas que envolvem a Segurança Pública e os Direitos Humanos no país’’. De acordo com Ricardo Balestreri, é preciso que o padrão de policiamento brasileiro seja repensado.

‘‘O sistema de radio-patrulhamento levou a PM a se ausentar das ruas. O que estamos trazendo para o debate é a possibilidade de se trabalhar com a construção das polícias comunitárias. É preciso haver uma maior proximidade da sociedade, devolvendo à polícia a ronda de quarteirão, montada, de motocicleta’’, explicou Balestreri.

Para o secretário nacional de Segurança Pública, o sistema de viatura dá uma impressão falsa de segurança, que não é efetiva. ‘‘Antes de tudo, precisamos de uma polícia preventiva. O problema é que nós viemos de um modelo proveniente da ditadura militar, reativo, que vai até o local depois que o crime aconteceu’’, comentou.

Balestreri afirma ainda que a Polícia Civil também apresenta sérios problemas no atual paradigma. ‘‘O povo tem que ir até a delegacia para registrar a ocorrência de um roubo em sua casa, mas o que deveria ser feito é que a polícia deveria ir até a casa que foi roubada para investigar. É preciso tirar a polícia dessa função de cartório’’, comentou.

Questionado sobre a questão dos presos nas delegacias, situação que impediria o trabalho da Polícia Civil, o secretário concordou que o problema existe, porém defendeu que o lugar dos presos é na cadeia pública e que o sistema que está incorreto ‘‘por definição’’ deve ser modificado.

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