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Carta de Dimirson Holanda sobre Conplam

Estou fixado naquela idéia do "exaustivamete debatido com todos os segmentos da sociedade organizada". Sou descrente quanto a esta afirmação.

De certo modo aceito sim que as decisões de caráter social muito importantes são ignoradas pelas entidades representativas das comunidades por omissão dos seus dirigentes. Não posso criticar todas as associações comunitárias, mas posso criticar a nossa AMPA por aqui viver e observar que os dirigentes que por aqui passaram não possuíam visão do futuro.

Associações comunitárias, a meu ver, não podem mais ficar isoladas do que acontece nos fóruns sociais promovidos - seja pelo poder público ou entidades não governamentais. Os moradores que voluntariamente aceitam participar de uma diretoria devem trabalhar para levar a entidade ao patamar das grandes discussões de interesse coletivo.

Há uma pluralidade nesse contexto, pois não existe pensamento uniforme. Pensamos e agimos de conformidade com nossos interesses individuais, nossa visão de mundo, uns mais avançados, outros nem tanto, e muitos outros indiferentes a essa trama, a essa enigmática passagem humana no planeta.

Acredito, porém, que o conhecimento pode ser socializado. O conhecimento não deve estar voltado exclusivamente para as vertentes que conduzem ao "sucesso" profissional no sentido de ganhar mais e mais dinheiro. Esse modelo incutido em nossas cabeças quem sabe não seja a raiz de tantos males sociais.

Existem os SÁBIOS E OS SABIDOS.

Os primeiros dão magníficas contribuições às realizações humanas, não são astutos nem arrogantes, enquanto que os sabidos ou sabidões com a posse do saber tornam-se inimigos de todo o conjunto da sociedade.

Ocupam os espaços influentes nas esferas da camada social. Defendem quase sempre os interesses pessoais ou de grupos, e ainda iludem os simples e humildes fazendo-os acreditar que eles estão promovendo o bem estar deles. Esse, por exemplo, tem sido o discurso dos defensores e detentores da grande fatia do mercado imobiliário.

Não pode um cidadão que não é médico participar de um congresso de medicina, pois não acumulou conhecimentos acadêmicos para tal, mas pode levar sua contribuição como sujeito passivo desta ciência dizendo como está sua aplicação.

Não convém convidar um leigo para participar do CONPLAM, porque não tem conhecimento técnico desta ou daquela área, mas esse mesmo leigo sujeito passivo das decisões tomadas pode contribuir na elaboração de decisões porque ele é quem vive ou quem viverá na prática as boas ou más decisões tomadas.

Estas considerações quem sabe não servirão para abrirmos questionamentos neste momento favorável que estamos vivendo para discutir O BAIRRO QUE QUEREMOS, A PONTA NEGRA QUE QUEREMOS.

Atenciosamente,

Dimirson Holanda Cavalcante
Morador e membro da Associação de Moradores de Ponta Negra e Alagamar

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