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Ambientalistas criam movimento para proteger a Via Costeira

AMBIENTALISTAS CRIAM MOVIMENTO PARA PROTEGER A VIA COSTEIRA E COBRAR QUE ACESSOS À PRAIA SEJAM ERGUIDOS. NA OPINIÃO DELES, NOVOS HOTEIS NEM PENSAR

REPRESENTANTES DE VÁRIAS entidades reuniram-se ontem à noite na sede do Conselho Comunitário de Ponta Negra para organizarem o movimento "A Via Costeira é nossa", uma reação ao interesse de grupos econômicos em construir mais hotéis naquela região. Ambientalistas planejam uma manifestação no antigo Vale das Cascatas, no dia 18 de agosto. Foi o segundo encontro do grupo. No sábado eles se reuniram em Mãe Luiza e deram os primeiros passos para tentar mobilizar a sociedade no intuito de "manter a Via como um espaço público", ou seja, além dos espaços de proteção ambiental, eles cobram a construção dos acessos à praia, projeto há muito tempo discutido e nunca sequer citado por algum governo. 

Estavam no Conselho Comunitário 26 pessoas, de entidades, como a própria Associação de Moradores de Ponta Negra, a Filhos da Mãe (de Mãe Luiza), Conselho Comunitário de Mãe Luíza, 
ONG Baobá, associações de usuários de bicicleta como a Bicicletada e a Ponta Negra Bike, Associação Amigos da Natureza (Aspoan), S.O.S Ponta Negra e uma advogada do Escritório Popular, projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A principal tese do grupo é que a lei não permite a construção de mais hotéis na Via Costeira e a Advocacia Geral da União (AGU) já estava requerendo os terrenos de volta, já que os empreendedores não usaram eles para os seus projetos. 

Para Marísia Baesse de Oliveira, da Aspoan, a Via Costeira é Área de Proteção Permanente (APP) e desde que ela começou a ser projetada em 1977, foi dado um prazo de 20 anos para que os empreendimentos pudessem ser construídos, inclusive incentivos fiscais foram dados para esse fim. "A Via é uma APP desde 2010, depois de formado um consenso entre o Ibama, o Idema e a Prefeitura de Natal, então ela deve i car somente com os 13 hotéis que já estão lá", falou ela. 

O diretor da ONG Baobá, Haroldo Motta, considera que, caso os hotéis sejam construídos, "irão matar a galinha dos ovos de ouro" do turismo local, ou seja, o cenário paisagístico. Motta também defende o melhor usufruto da Via pelo natalense e não apenas pelo turista. "Natal tem essa capacidade natural de encantar o visitante, mas os gestores públicos devem pensar no apelo anti-stress que o lugar tem para o natalense também", disse ele. Os participantes reforçaram a noção de que "patrimônio paisagístico é patrimônio econômico". 

A maioria deles usa a Via para transitar de carro ou de bicicleta. Questionado se tomava banho de mar naquele trecho, Pedro Baesse, disse que vai raramente, por causa da falta de infraestrutura. "Os acesssos são precários. Há somente duna. Esse é um ponto a ser discutido: precisamos dos acessos construídos", diz ele. 

O "A Via Costeira é nossa" pretende realizar uma manifestação, com panl etagem e, talvez uma apresentação musical, no antigo Vale das Cascatas, no sábado, dia 18 de agosto. "É um pontapé para transformar o Vale das Cascatas em uma concha acústica, já que nossa cultura está abandonada", afirmou a poeta Deth Haak, uma conhecida articuladora do movimento S.O.S. Ponta Negra, que se opôs, em 2007 à construção de prédios no entorno do Morro do Careca.

Os participantes também estão organizando uma atuação mais forte nas redes sociais e já possuem página no Facebook. Além disso, articulam o envolvimento de outras instituições na querela, como o Ministério Público Federal, o Congresso Nacional, além do próprio Ibama. A reunião seguinte acontece na próxima segunda-feira, na sede da Associação de Moradores de Ponta Negra. 

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