Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

.: Matéria publicada na Tribuna do Norte (terça, 26)

Moradores realizam mobilização contra espigões

Anna Ruth - Repórter
Foto: Aléx Régis

MORRO DO CARECA - Edifícios vão trazer problemas para a área

Os moradores do bairro de Ponta Negra estão se organizando em duas “frentes” para tentar evitar a construção de condomínios verticais na Vila de Ponta Negra. Revoltados pela construção de espigões que irão impedir a visão do Morro do Careca e pelo fato de estarem legalizados, já que a área não tem controle de gabarito, um grupo de moradores está fazendo uma dupla mobilização: tentar encontrar uma brecha legal para proibir a construção e conscientizar as pessoas para o crime ambiental que essas obras promoverão.

"A promotora Gilka da Mata está fazendo uma avaliação das autorizações concedidas pela SEMURB. Estamos também estudando uma lei de 1987, que poderá proibir essas construções”, comentou Yuno Silva, um dos coordenadores da mobilização.

Os coordenadores do movimento já começaram a campanha “Eu não sou palhaço”. A estratégia é fazer panfletagem em transporte coletivo, bares e restaurantes alertando as pessoas para o crime ambiental que a construção dos empreendimentos promoverá em Ponta Negra. Numa tentativa de chamar a atenção para o discurso, a abordagem é feita com o grupo usando nariz de palhaço.

Mas o trabalho não será encerrado aí. Está marcada para o próximo dia 6 ("mudou para quinta, dia 5" - SOS) uma reunião com os moradores da Vila de Ponta Negra. “Queremos fazer a mobilização da comunidade local”, destacou.

A problemática das construções que impedirão a visão do Morro do Careca foi enfocada na edição do último sábado na TRIBUNA DO NORTE. Do quarteirão localizado entre as ruas José Bragança e Morro do Careca serão erguidos três empreendimentos de 15 andares. Inclusive, dois já estão em fase de construção com licença ambiental e alvará para construção concedidos pela SEMURB. O terceiro edifício está com o projeto sendo analisado pelo órgão municipal.

O problema também envolve uma questão jurídica. A rua José Bragança é o limite entre a zona especial de interesse turístico e a região não adensável da Vila de Ponta Negra. Na prática, o que fica na margem esquerda (ao lado da praia) tem controle de gabarito. No entanto, os terrenos que estão na margem direita não têm qualquer limite de altura. A “pressa” dos construtores em aprovar os projetos é que com o novo Plano Diretor, que está para ser votado na Câmara Municipal, à margem direita passa a ser considerada Área Especial de Interesse Social. Com isso, os imóveis não poderão ter mais do que dois pavimentos.

1 comentários:

Yuno Silva disse...

Reunião em nova data: dia 5 de outubro, uma quinta, lá no Centro Comunitário da Vila (praça da igreja católica).

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.