Esse é um anúncio real de uma construtora/imobiliária natalense.
Não importa o nome da empresa, o que importa é a agressão.

Tem outras empresas construindo outros prédios na área, ou seja, não temos que ter nada contra essa ou aquela pessoa jurídica, nossa luta é a favor da preservação da praia e do Morro, da beleza da cidade, da auto-estima do natalense, do deslumbramento do turista, do alívio ecológico.

Nessas horas podemos apenas apelar para o bom senso e consciência do empresário. O pior é pensar na possibilidades de clientes locais interessados nesse despautério achando que está levando vantagem. Gentem, acorda! É um tiro no pé da economia da cidade, tem muito lugar para se construir ainda não precisa ser ali.

Será que você cliente e ele empresário tem netos? Pensam em ter?

Já pensou futuras gerações olharem para o Morro do Careca espremido por paredões?

Não sei se fico com raiva, se choro, se saio na rua gritando contra essa agressão ao meu direito de cidadão de poder decidir se quero ou não destruir a principal beleza natural do meu bairro, da cidade, e uma das três praias mais vendidas para o turista pelo poder público.

As outras são: ao Norte as dunas de Jenipabu (com 'J' mesmo, nosso jota que já estava com o índio quando o português ancorou por aqui), e as falésias de Pipa ao Sul.

Imaginem a boa imagem da empresa se voltasse atrás em favor do futuro. Todas elas. Tipo: "Já tenho bastante dinheiro, minha família vive bem, quero agora entrar para história como o cidadão que protegeu - 'forever' - o Morro do Careca, em Ponta Negra. Quem sabe batizam praças e ruas com meu nome. Meus descendentes vão se orgulhar de mim e por séculos Natal continuará sendo bela com minha ajuda!!".

Pense num cara 10 esse empresário: responsável, ético, respeitador.

Tenho certeza que iria dar preferência para essas imobiliárias na hora de fechar um negócio, ser um cliente fiel. Sem dúvida a repercussão positiva seria bem mais lucrativa que 15 andares de padrão B+. Faça 5 andares com padrão A+++, cobre caro, lucre o mesmo tanto e deixe todo mundo feliz.

Ah, só para constar: o projeto está 'aprovado' na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo da Prefeitura do Natal (SEMURB). Precisamos de explicações. O bairro não tem infra-estrutura para suportar essa invasão descabida da terra.