Presidente do Creci fala em respeito a lei
Questionado pelo Diário de Natal sobre a representação formalizada pelo Ministério Público (MP), o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), Waldemir Bezerra disse que o ‘‘MP tem que cumprir o seu papel, ou seja, se foi provocado pelo cidadão, deve investigar se ocorrem irregularidades. Porém estou tranquilo quanto ao cuidado que tomamos para não incorrer em nenhum crime e a Semurb já deixou claro que não há problema em se construir onde pretendemos’’.
Bezerra ainda criticou a atuação da imprensa no caso. ‘‘Não sei como a imprensa foi dar respaldo a opiniões inescrupulosas a respeito de quem investe, está gerando empregos e valorizando a região. Foi agradar a meia dúzia de xiitas e anarquistas. Sou representante de uma entidade fiscalizadora. Não iríamos construir uma obra de 30 milhões de reais se não estivéssemos totalmente respaldados pela legislação. Não sou maluco’’.
No momento da conversa por telefone, Bezerra estava em João Pessoa e comentou que quando voltasse a Natal iria convidar a imprensa para apresentar melhor o projeto. ‘‘Dessa forma, os jornalistas terão a verdadeira dimensão dos prédios’’, concluiu.
4 comentários:
Que cara-de-pau este Bezerra (mais um dos...). Ele acha q só por termos opiniões diversas qt ao empreendimento q levará desenvolvimento para a conta dele, somos considerados radicais, anarquistas ou fundamentalistas, nas palavras dele. Me pergunto qual será a vantagem de ter obras como essa, gostaria mesmo de saber qual o retorno para a população??? Este Bezerra é um demagogo!
Segue comentário enviado ao Diário do Leitor:
Espigões na Vila de Ponta Negra
Interessante de analisar a opinião do Presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), senhor Valdemir Bezerra, quando diz que a imprensa "foi agradar a meia dúzia de xiitas e anarquistas", estando em oposição "de quem investe, está gerando empregos e valorizando a região". Quer dizer que quem tem opinião diferente da dele é fundamentalista e radical? Acho que ele trocou os lados... E quanto a localização dos prédios, será valorizado a região ou o empreendimento? Pois é, o senhor Bezerra ainda comenta que não construiria uma obra de 30 milhões de reais se não estivesse respaldado, pois, em suas palavras, "não sou maluco". Quando entra em jogo uma problemática com diversas opiniões, configura-se toda a complexidade que a constitui. O poder público tem de considerar a decisão que atenderá ao maior número de pessoas interessadas, tendo para isto ética e discernimento. Para os cidadãos que acompanham o caso e estão preocupados quanto a nossa qualidade de vida, visitem o blog www.sospontanegra.blogspot.com e participem divulgando. Força e persistência, pois também não somos malucos.
Abel Araújo Nunes de Carvalho
Graduando em Turismo pela UFRN
Valeu Abel, eu nem quis comentar o teor da declaração para evitar diz-que-me-diz, mas também não acredito em valorização da área e sim degradação. Não acho que gerar renda deve estar acima do bem estar social coletivo, não me acho um xiita inescrupuloso e anarquista por estar alertando a cidade para o caso (que é bem real!!).
Vamos à luta e que eles publiquem no Diário do Leitor. abração
Chega a ser triste ler essa reportagem. Não é o valor da obra e nem sua regularidade burocrática que está em jogo, mas a coerência do plano diretor.O impacto ambiental dessa obra é enormemente desproporcional aos benefícios dados a coletividade. E isso é tão evidente que preocupa a população em geral e os setores ligados ao turismo, não só aqueles que se identificam com as questões ambientais. A aprovação dessa obra só demonstra que o plano diretor atual é falho (e pro isso mesmo foi revisto). As pessoas só estão fazendo o seu dever: alertar para a falha e tentar evitar que danos tão desproporcionais sejam deixados de lado pelo benefíco econômico de poucos...
Parabéns pela iniciativa e boa sorta hj em PN!
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