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Matéria publicada no Correio da Tarde (terça, 26/9)

Saneamento não vai suportar novos prédios

Karla Larissa - Repórter

Mais do que a visão, Arsban e MP estão preocupados com o saneamento
A estrutura de saneamento básico da Vila de Ponta Negra já não é mais suficiente para demanda do bairro e pode piorar com a chegada de novos prédios. A Agência Reguladora de Saneamento Básico de Natal (Arsban) mostra preocupação com o crescimento do bairro e com a saturação do sistema, que foi feito para cerca de 10 anos, mas na metade do prazo já não comporta a vazão. A promotoria do Meio Ambiente está analisando o processo para verificar se existe impacto ambiental.

"Existe uma saturação no sistema de saneamento básico de Ponta Negra", avisa o presidente da Arsban, Urbano Medeiros. Ele está preocupado com o crescimento do bairro e com os impactos que podem ser gerados. Sobre os novos prédios que estão sendo construídos nas proximidades do Morro do Careca, Urbano diz que para que as obras não venham causar mais problemas ao sistema é preciso fazer uma revisão.

Segundo Urbano, a Arsban irá intervir para que se busque uma alternativa para aliviar o impacto. "É preciso que se dê um destino aos esgotos que vão ser gerados" e acrescenta que a Caern, que é a concessionária responsável, já está tomando as providências.

A opinião do presidente da Associação dos Moradores de Ponta Negra, Onofre Gomes, é de que os empreendimentos em construção, além de acabar com a visão da paisagem, vão trazer muitos problemas para o bairro, que não tem infra-estrutura para tamanho crescimento. Ele prevê prejuízos, em termos de esgotamento sanitário, transporte, além de aumentar problemas com as drogas.

Para Onofre, a liberação das obras pela Semurb não deveria ter sido feita. "Eles deviam esperar o novo plano diretor ou a Prefeitura não sabe que vai trazer prejuízos?", questiona e diz: "Se fosse uma obra de pobre tinha sido embargada". Ele destaca que participou da reunião do Conselho de Planejamento Urbano do Município de Natal (Conplam), mas não teve as opiniões respeitadas.

A promotora do Meio Ambiente, Gilka da Mata, solicitou uma cópia do processo à Semurb e está analisando o caso. Para Gilka, por mais que as obras estejam de acordo com a legislação urbanística é preciso que sejam estudados os possíveis impactos ambientais. Caso ela veja que há prejuízo ao Meio Ambiente, fará uma recomendação à Semurb. E se o problema persistir, dará entrada a um processo judicial.

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