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Correio da Tarde - 17/03/08 :: ENTREVISTA RICARDO ABREU || O MERCADO IMOBILIÁRIO RECLAMA DE BARRIGA CHEIA

"Demora para aprovar projetos e falta de financiamentos prejudicam mercado local"

Foto: Divulgação


Desde novembro do ano passado a Brasil Brokers, maior empresa de intermediação e consultoria imobiliária do País, tem uma subsidiária no Rio Grande do Norte. É a Abreu Imóveis, do empresário e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), Ricardo Abreu. O grupo é formado por 21 empresas de destaque em seus respectivos mercados e são 4.508 corretores e cerca de 590 pontos de vendas espalhados por todo o Brasil.

Aqui, a Abreu é uma das líderes. Conta com mais de setenta funcionários e 45 corretores e, até novembro do ano passado, contava com um VGV (Valor Geral de Venda) a lançar de aproximadamente R$ 7,08 bilhões, representativos de 33.655 unidades imobiliárias, sendo que R$ 4,46 bilhões deverão ser lançados até o ano de 2009.

>>> Sim, é real a demora na análise de projetos pela Semurb, mas temos que considerar que o órgão está defasado em relação ao volume de novos negócios e em ano eleitoral sabemos que não há como contratar. Os construtores terão que ter paciência e NÓS da comunidade atenção redobrada para não deixar passar pereceres superficiais. Antes a demora na aprovação de mega projetos que realizar um serviço 'nas coxas' que pode prejudicar o bom desenvolvimento da cidade.

Agora, o principal objetivo da empresa é abrir mais escritórios em diversos pontos da cidade para atender a estrutura que a Brasil Brokers pede. Além de acompanhar o ritmo do boom imobiliário que se instalou no Rio Grande do Norte. "Mesmo com os lançamentos já existentes, a perspectiva é que ao longo de 2008 e 2009 muitos outros lançamentos surjam na cidade", destacou. Sobre este e outros assuntos, Ricardo Abreu conversou com o CORREIO DA TARDE. Eis a entrevista:

Correio da Tarde: A Abreu Imóveis é agora representante local da Brasil Brokers. Qual é a estratégia de desenvolvimento da empresa no RN?

Ricardo Abreu: Abrir mais escritórios em diversos pontos da cidade para atender a estrutura que a Brasil Brokers quer que a Abreu tenha no Rio Grande do Norte. Esses escritórios serão estruturados para funcionar com todos os serviços que a Abreu oferece hoje - compra, venda e locação de imóveis, assessoria condominial, planejamento imobiliário, assessoria jurídica, assessoria internacional e assessoria de marketing.

Qual o diferencial da Brasil Brokers em relação a outras empresas do setor?

A Brasil Brokers atua em âmbito nacional, com ações na Bolsa de Valores, e possui penetração nas cinco regiões do Brasil. São mais de 4.500 corretores de imóveis e cerca de 590 pontos de venda em todo o país. Isso forma uma sinergia de venda forte no Brasil, e faz com que todas as empresas do Grupo troquem informações e transformem isso em melhoria nos serviços oferecidos a seus clientes.

Sobre a quantidade de novos empreendimentos imobiliários lançados no RN. Como o senhor avalia esse cenário atual?

Mesmo com esses lançamentos, a perspectiva é que ao longo de 2008 e 2009, muitos outros lançamentos surjam na nossa cidade. Ainda faltam ofertas de produtos com novas tecnologias em Natal e Grande Natal, que ainda não foram feitas. O mercado ainda tem muito o que crescer, não só em primeiras moradias, mas também nas chamadas segunda residência e empreendimentos comerciais.

Algumas pessoas criticam esse boom imobiliário local, dizendo que esses empreendimentos só são para os estrangeiros e os muito ricos. Qual a sua opinião?

Hoje em todo o Rio Grande do Norte existem muitos empreendimentos focados para o mercado internacional, mas Natal está tendo lançamentos voltados para o mercado local, criando novas condições de pagamento para imóveis. Atualmente, os empreendimentos oferecem parcelas fixas, juros baixos, financiamentos em até 25 anos, o que possibilita a entrada no mercado de pessoas que antes não tinham condições de comprar seu próprio imóvel.

Quais os maiores empecilhos para um maior desenvolvimento do mercado imobiliário?

O mercado imobiliário é prejudicado pela falta de financiamentos, que não chegam à Natal. As empresas daqui não têm conseguido captar esses financiamentos junto aos bancos. Com a chegada das grandes empresas e incorporadoras nacionais, esses financiamentos estão começando a acontecer, o que será muito positivo para o setor.

Outro ponto que prejudica o crescimento é a lentidão nas aprovações de novos projetos pelo poder público. O mercado anda numa velocidade bem à frente do que a infra-estrutura atual pode atender para agilizar os processos e liberar a incorporação dos empreendimentos.

Quais as suas dicas para quem busca realizar o sonho da casa própria?

Primeiramente, procurar uma imobiliária local em que a pessoa tenha confiança e trabalhar com um corretor que possua registro no CRECI. Na hora de adquirir imóveis, em caso de lançamentos, só comprar os empreendimentos que já tiverem registro de incorporação. Para imóveis prontos, fazer escritura e registrar em cartório no ato da compra, não confiando em nenhum contrato de gaveta.

Um dos maiores eventos do setor imobiliário terminou ontem em Natal. Quais as oportunidades em negócios oferecidas no 7º Salão Imobilário?

O setor está muito bem representado no Salão Imobiliário, que a cada ano cresce, deixando o Centro de Convenções pequeno para o porte do evento. Somos o segundo maior salão voltado para o mercado no país, e a expectativa é que mais de 30.000 pessoas visitem, o que nos faz esperar fazer bons negócios até este domingo.

No estande da Abreu, foram expostos dois importantes produtos que são o Porto do Alto, condomínio de apartamentos com dois quartos (1 suíte) no bairro de Monte Belo, que possui um complexo de lazer digno dos melhores clubes e outras vantagens; e o Jacumã Beach Resort, projeto da incorporadora Paraísos do Brasil, que é o primeiro resort lançado no litoral potiguar e que já possui todas as licenças necessárias para construção, atendendo todas as exigências legais e ambientais. O Jacumã estima investir cerca de R$200 milhões na sua construção e é formado por cinco condomínios de uso misto (apart hotel e residencial), com 821 unidades, distribuídos entre apartamentos e bangalôs, uma novidade no mercado que têm atraído muitos investidores.

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