P posto que em ti meus olhos pousam, nas belas
O ondas bordadas, escarcéu de espumas brancas
N na canção que ouço, danço no soprar das velas
T tatuando suas negras lousas, o verso que evocas...
“A Princesinha do Nordeste” por ti conto mazelas...
N nas ondas deste mar que fito as velas e jangadas
E entre peixes e pesqueiras ecoas minhas alvoradas
G griz no ocaso horizonte, delíquios amanheceres,
R raios de sol enlevados despertam canções e seres
A aragem embalando sentires, a desenhar os dizeres...
M minha alma a flutuar seu mar, ávida por ti querer,
I ir ao encontro das fantasias em epopéias, escrever.
N nos babados de seu vestido, infanta de meu viver,
H harmonia de meus sentidos, a valsar dentro do ser
A amante das tempestades, procelas o meu descrever...
I içam os mastros as velas, ao vento vôo bradando,
N nas ondas desse mar, sôfrega ao vê-la morrendo!
S sórdidos sábios, assinam Leis e carimbam lamentos,
P por onde rolam tocos, decanto rolando em prantos.
I iscas sangrando peixes, os sargaços vão perecendo,
R ruge a aragem o mau cheiro, carpindo sentimentos,
A acamando a maresia, amargura-me vê-la falecendo...
C contesto a sujeira, que banha areia de excrementos.
A amam a ti todos dizem, as conchas no pélago vendo,
O outorgam-lhe “Princesa” ousando tirar-lhe o reino...
Deth Haak
“A Poetisa dos Ventos”
17/ 3/2006
SPVA: Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN
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