PONTANEGRA
ti conheci virgem e selvagem,
quando em menino vinha em picnic
banhar-me em tuas aguas e mergulhar em tuas ondas
para desvendar os teus mistérios
depois crescestes e tornastes mocinha
ficastes mais cobiçada e procurada por muitos que
só querem a aventura de um momento
e eu, para te desvendar melhor vim morar junto a ti
e fostes crescendo sempre bela
apesar dos aventureiros e daqueles que só te usam
nunca perdestes o viço e a beleza de tuas tardes
eternamente doiradas.
Ai veio o progresso e apagaram o teu luar
que cobria na noite todas as juras de amor
que te sussurrava.
E como se não bastasse
Querem te ferir de morte
Com cinco MENIR
Em cima da careca que ti simboliza.
E da vista que é teu cartão.
Sei que não pedistes isto
e ti estrupam e enxovalham
quando o que queres é só mais atenção
e mais praças com banquinhos e um violão
para ti namorar.
CHORO POR TI MINHA NEGRA
João da Mata Costa
Morador antigo de Ponta-Negra
ti conheci virgem e selvagem,
quando em menino vinha em picnic
banhar-me em tuas aguas e mergulhar em tuas ondas
para desvendar os teus mistérios
depois crescestes e tornastes mocinha
ficastes mais cobiçada e procurada por muitos que
só querem a aventura de um momento
e eu, para te desvendar melhor vim morar junto a ti
e fostes crescendo sempre bela
apesar dos aventureiros e daqueles que só te usam
nunca perdestes o viço e a beleza de tuas tardes
eternamente doiradas.
Ai veio o progresso e apagaram o teu luar
que cobria na noite todas as juras de amor
que te sussurrava.
E como se não bastasse
Querem te ferir de morte
Com cinco MENIR
Em cima da careca que ti simboliza.
E da vista que é teu cartão.
Sei que não pedistes isto
e ti estrupam e enxovalham
quando o que queres é só mais atenção
e mais praças com banquinhos e um violão
para ti namorar.
CHORO POR TI MINHA NEGRA
João da Mata Costa
Morador antigo de Ponta-Negra
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