Proprietários querem indenização maior
O problema da área edificante de Ponta Negra, que vem se prolongando há quase 30 anos, não parece estar perto de ter uma solução. Isso porque as propostas feitas pela Prefeitura não estão agradando aos proprietários do lotes, que acreditam que a análise deveria ser por lote e não pelas quadras como tem sido feito. Outro fator de discordância é quanto às indenizações, que estariam abaixo do valor pretendido pelos donos dos terrenos.
Em reunião, ontem, com representantes das quadras 5, 6, 7 e 8, no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), poucos proprietários compareceram.
Segundo ressalta a chefe de planejamento e meio ambiente da Secretaria Municipal de Urbanismo (Semurb), Florésia Pessoa, foi feito um levantamento ontem dos terrenos para serem feitas análises que determinarão a regulamentação. "Os terrenos são diferentes uns dos outros, mas não podemos ficar sem definições padrões", disse.
Segundo Florésia, as conversas estão sendo feitas com o objetivo de negociar, para que só, então, sejam estabelecidas as normas. "O clima está de consenso, mas é claro que cada proprietário quer ganhar". De acordo com a arquiteta, na sub-zona 3, estas quadras não vão poder ter construções, e as edificações que tiverem, vão ter que sair. O cálculo da Prefeitura para as indenizações é de R$163 por metro quadrado.
O proprietário do lote 99, Iaperi Araújo, que é proprietário desde 1979, diz que não tem a intenção de construir e que a área deve mesmo ser preservada, sendo construída uma área de lazer. "Mas a indenização que eles estão querendo oferecer não é a metade do preço estipulada pelos corretores imobiliários", reclama. Para ele, o valor de R$ 130 mil para o terreno de 800 m² é pequeno.
Maurício Soares, representante do proprietário dos lotes 97 e 98, exige uma definição da Prefeitura. "A gente não pode construir, nem vender, mas eles cobram o IPTU", critica. A escritura é de 1962 e o valor oferecido para o representante não é justo. "Eles só querem pagar 10% do que vale realmente".
A intenção de proibir a construção, segundo Florésia, é de preservar a imagem do cartão postal da Praia de Ponta Negra e também de não prejudicar a infra-estrutura do bairro. Nos terrenos desapropriados devem ser construídas áreas de lazer, como um mirante e um centro comercial.
A Semurb ficou de avaliar regras individuais para cada uma das quadras da Sub-zona 3, idéia levantada por proprietários.
Este foi o segundo encontro que o Município promoveu com os proprietários de terrenos naquela região.
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